quarta-feira, 6 de abril de 2011

BONDADE GERA BONDADE

6 de Abril

"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Romanos 12:21

Qual é a sua reacção diante de uma pessoa sem domínio próprio e dominada pela ira? Que atitude costuma ter quando depois de ter feito tudo para manter a paz e o entendimento, a outra parte persiste em não dar lugar à compreensão?
Há diversos caminhos para solucionar estas questões. Podemos tentar esquecer a questão, deixando-a de lado e não nos preocupando com os reflexos da decisão tomada e do inimigo que criámos. Isto não é bom para ninguém. Podemos argumentar para tentar convencer a pessoa irritada de que o nosso ponto de vista é correcto. Esta maneira de agir dificilmente dá resultado. As pessoas iradas têm dificuldade em reflectir e analisar os factos sem se deixarem envolver pela paixão.
Entretanto, caso não seja possível encontrar o caminho do entendimento, resta-nos o difícil, mas sempre bom caminho da chamada 'segunda milha'. É quando acabamos por fazer mais do que deveríamos, com o objectivo de manter a paz e o entendimento.
Há tempos atrás, por causa de uma construção que estávamos a fazer, o velho muro de um vizinho caiu. Assegurámos-lhe que o construiríamos novamente. E assim fizemos. Só que o fizemos com o uso adequado de cimento e ferro para que o muro tivesse segurança. Tempos depois, recebemos uma comunicação de que deveríamos comparecer perante o juiz por causa da reclamação do vizinho de que não tínhamos feito o muro como era antes.
Fomos com todos os dados técnicos e com fotos do velho e do novo muro. O juiz ouviu e viu tudo atentamente. Depois, virou-se para o queixoso e admirado perguntou-lhe: "O que mais é que o senhor quer?" Ao que o homem, um tanto embaraçado, respondeu: "Se for feita mais uma cinta de cimento em cima do muro, eu fico contente." Sem esperar, respondemos: "Não há problema algum, faremos a cinta." Depois da audiência, o juiz virou-se para o nosso vizinho e disse-lhe: "Já que o senhor será vizinho do Sr. Rodolpho, porque não aproveita para ser da religião dele?" A minha mulher, dirigindo-se ao juiz, acrescentou: "Doutor, aproveite o senhor também para ser da nossa igreja." Assim, saímos todos a sorrir da reunião. Hoje temos um bom vizinho.
A bondade e o entendimento podem custar-nos um pouco, mas vale a pena!