quinta-feira, 26 de maio de 2011

IMITEM-ME

26 de Maio

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo."
I Coríntios 11:1

Há alguns anos, eu fazia uma viagem com o meu filho mais velho, que na ocasião estava em plena adolescência. No meio da viagem parámos num restaurante para almoçar. À mesa, passei o cardápio para as mãos do meu filho e disse-lhe:
- Filho, escolhe o que quiseres.
Depois de correr os olhos por todos os pratos oferecidos pelo restaurante, ele pegou no cardápio e, colocando-o outra vez na minha mão, disse:
- Papá, eu quero o que o papá escolher.
Muitas vezes tenho-me detido a pensar em todo o significado daquela resposta tão simples: 'Eu quero o que o papá escolher'. Implicava plena confiança e total certeza de que a escolha do pai seria a melhor. Em face dessa confiança, o filho não titubeou em imitar o pai.
Que grande responsabilidade têm os pais! Os filhos, quando no período de formação do carácter, revêem-se totalmente no exemplo dos pais. Os seus hábitos religiosos, as palavras que usam na comunicação em família, os gestos, a escolha das comidas e bebidas, o comportamento em geral - tudo o que os pais fazem, passa a ser o melhor, o correcto, e o padrão a ser seguido pelos filhos na vida. Por isso, milhares de bons conselhos de fidelidade a Deus, de bons hábitos alimentares, de pureza de alma, podem ser lançados por terra por um único acto não condizente. O exemplo fala muito mais alto do que todas as palavras de um dicionário inteirinho. Aliás, como já mencionei, as palavras podem até convencer, mas o exemplo arrasta. E para onde temos arrastado os nossos filhos?
Todas as opções e decisões que temos de tomar na vida, na realidade, acabam por se concentrar em apenas duas vertentes: a do bem e a do mal. Se por um lado isto parece simples e fácil para as escolhas e decisões, na prática é tremendamente difícil. Em certas ocasiões, a linha divisória entre o certo e o errado é muito ténue e subtil. Entretanto, para os que procuram fazer a vontade de Deus em tudo, o Espírito Santo ajuda-os a escolherem as melhores opções; e as crianças assimilam isso ao longo da vida.
É nesse aspecto que admiro as palavras de Paulo: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." I Coríntios 11:1. Que tal se os pais pudessem dizer: "Filho, faz o que eu faço, porque o que estou a fazer é exactamente o que Cristo faria se estivesse no meu lugar"?