O TRONO POR UM AMOR

8 de Maio

"Pela fé Moisés... recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus." Hebreus 11:24, 25

O mais extraordinário caso de amor do século XX apaixonou a opinião pública mundial. Eduardo VIII, rei da Inglaterra, responsável pelo maior império do mundo, renunciou ao trono, à coroa, ao poder e à glória para se casar com Wally, uma mulher divorciada. Foi uma decisão que não se harmonizava com o espírito oportunista da época. Era demasiado romântico para ser verdadeiro.
Diferentes motivos foram analisados no esforço de descobrir as razões de Eduardo. Seriam, opinavam alguns, de natureza política: as suas incompatibilidades com a coroa, a sua aversão ao protocolo que lhe impunha a realeza. Wally fora tão somente o pretexto para libertar-se dos pesados encargos, na rotina do ofício de reinar. Quantos julgamentos, quanta condenação veemente, quanta simpatia enternecedora, encontramos nas tentativas de interpretar as razões porque um homem, como Eduardo VIII, decidiu trocar o trono por um amor!
A decisão dramática de Eduardo VIII, traz-nos à mente a emocionante história da vida de Moisés. "Do humilde lar em Gósen, o filho de Joquebede passou ao palácio dos Faraós, à princesa egípcia, e por meio desta veio a ser bem recebido como filho amado e acariciado... Sendo ainda nessa época o Egipto a mais poderosa e mais altamente civilizada das nações, Moisés, como seu provável soberano, era herdeiro das mais altas honras que este mundo podia conferir. A sua escolha, porém, foi mais nobre. Por amor da honra de Deus e livramento do Seu povo, Moisés sacrificou as honras do Egipto." Educação, págs 61, 62.
O trono por um ideal! "Pela fé Moisés... recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus... Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egipto; porque tinha em vista a recompensa."
Exemplo extraordinário de abnegação e renúncia! Em lugar da pompa e dos esplendores da realeza, preferiu o opróbio e a ignomínia de um povo oprimido. A sua notória intimidade com Deus inspirou-o nesta importante decisão. Quão extraordinária foi a obra que realizou em favor do seu povo! Na execução dos seus planos, buscava sempre a presença divina. O segredo do êxito na nossa vida está em irmos, como Moisés, à presença de Deus, antes de executarmos as tarefas que nos forem confiadas.

Enoch de Oliveira in Cada Dia com Deus

(Veja nos links o Coro dos Escravos Hebreus: 6M - Verdi - Nabucco)