O EFEITO BUMERANGUE

15 de Janeiro

"Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna."

A palavra bumerangue, pertencente a um dialecto australiano, foi assimilada pela nossa língua para descrever uma arma de arremesso usada pelos indígenas daquele país. Feito de madeira escavada e arqueada, a sua utilização possui uma característica muito peculiar. Ao ser lançado, o bumerangue vai girando rapidamente em torno de si mesmo e, descrevendo uma curva, acaba por voltar a um ponto muito próximo daquele de onde foi atirado.
Por isso, muitas vezes temos caracterizado algumas coisas como sendo de "efeito bumerangue", como por exemplo: os nossos pensamentos e as nossas acções.
Os pensamentos que nutrimos e exteriorizamos a respeito dos outros costumam formar, nas outras pessoas, pensamentos semelhantes acerca de nós mesmos. Assim, quando pensamos positivamente e de forma altruísta acerca dos outros, muito provavelmente eles pensarão de igual forma a nosso respeito.
Quando os nossos pensamentos se transformam em palavras e actos, aí o efeito bumerangue torna-se muito mais visível e preciso. O que semeamos colhemos, com toda a certeza.
Como é importante que nos acostumemos a fazer uso de palavras optimistas e edificantes! As pessoas com quem vivemos e nos relacionamos, não hão-de sentir, apenas, as boas influências dessas palavras, como também reflectirão esse bem-estar sobre nós mesmos. O mesmo ocorre quando praticamos actos de bondade e de amor.
Não nos esqueçamos da grande realidade: se semeamos ventos, colhemos tempestades. Mas se semeamos misericórdia, bondade e amor, colhemos o mesmo, isto é, afecto, carinho, amor e aceitação.
Quão oportuno é o conselho de Paulo aos crentes de Roma! Ele também é muito apropriado para nós: "Quem semeia obras carnais, colhe corrupção; mas, aqueles que se deixam dirigir pelo Espírito de Deus, esses colherão as bênçãos que o Pai tem prometido aos fiéis - a vida eterna."