segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A PEQUENA MANCHA

17 de Janeiro

"Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7:5

Hoje vamos meditar um pouco sobre a necessidade de fazer uma reflexão a fim de descobrirmos sob que prisma estamos a analisar as pessoas com quem convivemos e nos relacionamos. Sabe porque é que precisamos de fazer essa averiguação? Porque corremos dois riscos perigosos, que estão situados em extremos bem diferentes.
O primeiro é a complacência; ou mais do que isso, a condescendência. Isto ocorre quando fazemos vista grossa diante de comportamentos e atitudes conhecidos e que são considerados errados. Não há a preocupação de alertar e corrigir os que estão no erro. Por outro lado, podemos ser do tipo de pessoas que só vêem os defeitos e as coisas erradas. Só fazemos menção de erros e de problemas, todos os dias, e em todas as horas. Tornamo-nos negativos e pessimistas nas observações que fazemos. Bem sabemos que há uma certa tendência natural dos seres humanos para serem negativos e verem apenas aquilo que julgam ser errado.
Já fiz, algumas vezes, o teste da cartolina branca com grupos de jovens. É muito simples. Coloca-se uma cartolina branca diante do grupo. Com uma caneta faz-se uma pequena mancha na cartolina, e então pergunta-se: "O que é que estão a ver aqui?" A resposta vem com rapidez: "Vemos uma mancha." Ninguém responde: "Estamos a ver uma grande cartolina branca com uma pequenina mancha." A lição é óbvia. Há pessoas que agem exactamente dessa forma no círculo familiar, na igreja ou na sociedade. Não são capazes de ver as coisas boas e positivas nos outros, ou se as vêem não as levam em conta. Destacam apenas as pequeninas manchas. Quantos transtornos esse comportamento tem levado aos lares, à igreja e à sociedade!
Cuidado com os dois extremos, pois ambos são perigosos. Os erros não devem ser tolerados, isto é uma verdade. Entretanto, não nos esqueçamos de que o pecador precisa mais de um braço que o ajude do que de um dedo que o acuse. É preciso muita sabedoria divina para desenvolver atitudes redentoras e agir com prudência, tacto, amor e justiça.