DIÁLOGO NO LAR

28 de Maio

"Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios." Provérbios 4:24

Há alguns anos, li num jornal um interessante artigo intitulado 'Felicidade Conjugal', escrito por Cílio Bocannera. Ali, ele menciona que um professor da Universidade de Denver, num trabalho apresentado durante uma conferência em Londres para especialistas em terapia conjugal, concluiu que: "A maneira de brigar define o grau de sucesso de um casamento." Isto é, "a táctica que o marido e a mulher usam na hora da discussão, serve como melhor indício de entendimento ou divórcio futuro".
O interessante é que o professor Howard Markman, que estudou cerca de mil casais que costumavam discutir, concluiu que os mais ameaçadores são os que fogem da discussão e que permitem que pequenos tópicos se transformem em enormes disputas. Sabemos que isso é muito comum. Há casais que começam por discordar sobre onde pôr o sabonete, como apertar o tubo da pasta de dentes, e permitem que as discordâncias se avolumem e atinjam outros pontos mais importantes da vida. Por fim, o relacionamento pode acabar não apenas em separação e divórcio, mas até em coisas piores.
E o professor Markman menciona algo que merece séria e profunda reflexão: "Um insulto ou ofensa ao carácter apaga cinco, dez ou às vezes vinte gestos de bondade numa relação."
Perante o preocupante aumento do número de casais que se separam, deixando para trás corações feridos e crianças que terão que crescer num ambiente difícil, com a ausência do amparo, do conselho e da companhia quer do pai quer da mãe, a questão aqui abordada merece muita reflexão.
Como seres racionais e inteligentes que somos, em vez de nos pormos a discutir ou brigar por qualquer coisa, temos que nos lembrar que o diálogo sugere mais do que falar e escutar. É entender e respeitar o ponto de vista da outra pessoa. No entanto, para que a felicidade e a paz sejam mantidas, muitas vezes temos de abdicar da nossa posição, sendo tolerantes, para que o entendimento seja alcançado. Não existe coisa alguma que substitua o efeito positivo de palavras bondosas e gestos de carinho inspirados pelo amor de Deus no nosso coração.