domingo, 29 de maio de 2011

SEJAMOS GRATOS

29 de Maio

"Os que estão vivos sabem que hão-de morrer, mas os mortos não sabem nada, nem para eles há ainda retribuição, pois a sua lembrança foi esquecida. O seu amor, ódio e inveja pereceram juntamente com eles; e nunca mais terão parte em tudo quanto se faz debaixo do ceu." Eclesiastes 9:5, 6 (Nova Bíblia dos Capuchinhos).

Quando a última e débil respiração é dada; quando o coração bate pela última vez e depois pára, como os nossos sentimentos são totalmente modificados em relação à pessoa falecida! Cessam as desinteligências e discordâncias; as amarguras esvaem-se; as más atenções, as injustiças e os desafectos são perdoados e esquecidos. Os defeitos que antes nos afloravam à mente quando pensávamos naquela pessoa são esquecidos e colocados de lado. A nossa mente começa a encher-se da lembrança das virtudes da pessoa falecida. Então exclamamos:
"Como ele tinha um bom coração! Estava sempre a sorrir, era um optimista. Soube criar os filhos, educando-os decentemente. Era uma boa pessoa. É pena ter falecido!"
No entanto, todas as coisas boas e louvores agora evocados caem em ouvidos que nada mais ouvem e num coração que nada mais sente. "Os que estão vivos sabem que hão-de morrer, mas os mortos não sabem nada, nem para eles há ainda retribuição, pois a sua lembrança foi esquecida. O seu amor, ódio e inveja pereceram juntamente com eles; e nunca mais terão parte em tudo quanto se faz debaixo do ceu." Eclesiastes 9:5, 6.
Creio que nesta altura o prezado leitor ou leitora já sabe e até já está a concordar com as considerações que vamos fazer. Entretanto, para as colocarmos em prática, precisaremos de vencer barreiras e suplantar velhos hábitos.
Vamos expressar toda a nossa gratidão pelas coisas boas, pelas virtudes e pelos pontos positivos das pessoas com quem convivemos enquanto elas podem ouvir e sentir. Sejamos tolerantes, pacientes e perdoadores com relação aos seus pontos débeis e faltas. Não esperemos pela morte para sermos reconhecidos e gratos, porque então será tarde de mais.
"Tragamos agora toda a beleza, amor e bondade que nos for possível, à nossa vida. Sejamos considerados, agradecidos, pacientes e longânimos nas nossas relações uns com os outros" - Mente, Carácter e Personalidade, vol. 2, pág. 503.