sexta-feira, 3 de junho de 2011

A ARTE DE DIVERGIR

3 de Junho

"Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda... resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém. ... Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos." Actos 15:2, 4

Como agimos com aqueles que discordam da nossa maneira de pensar? De que forma costumamos discordar? Poderemos ter uma reacção positiva ou negativa. Tudo dependerá da forma como agirmos para divergir ao discordar.
Não se esqueça de que qualquer argumentação discordante será sempre recebida com reserva e desconfiança. Assim, para ser bem sucedido na sua posição, comece por mencionar os pontos em que ambos concordam, para depois argumentar a propósito das discordâncias. Não se esqueça, a maneira como falamos é mais importante do que o que dizemos. Não seja contundente na argumentação, pois ganhar um coração é mais importante do que ganhar uma discussão. Há pessoas que têm uma forma de agir tão cuidadosa e cortês, que mesmo quando discordam ou dizem 'não', saímos da sua presença com um sentimento de gratidão pela bondade recebida.
A outra arte é a capacidade de lidar com pessoas que discordam das nossas posições sem perdermos a calma e sem alterarmos a nossa conduta. Sei muito bem que isto não é nada fácil. Às vezes a divergência parece ser ilógica e contrária aos princípios bíblicos. A vontade do nosso 'eu' é de nos colocarmos veementemente em posição contrária. Mas é nesses momentos que temos que nos lembrar que Deus nos fez seres racionais e independentes. Ele dá-nos plena liberdade de pensamento, de consciência e de acção. A sua tolerância para connosco é muito grande. E, se Ele nos dá tal liberdade, temos o dever de respeitar o direito do nosso próximo.
Aliás, os inteligentes e optimistas em vez de se irritarem com ideias divergentes aproveitam-se delas para o crescimento da sua experiência. Ou como disse Saint-Exupéry: "Se você difere de mim não me prejudica, mas enriquece-me."
Sem abdicar dos princípios cristãos, vamos desenvolver a arte de discordar e de ouvir os que discordam de nós com inteligência e elegância. Que as nossas bases morais, espirituais e bíblicas sejam suficientemente sólidas para exercermos uma influência cristã muito positiva junto dos outros. Se assim for, os nossos lares serão mais felizes e a nossa sociedade será melhor.