quarta-feira, 24 de agosto de 2011

QUANDO NÃO HÁ SOLUÇÃO

24 de Agosto

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." Eclesiastes 3:1

Durante alguns anos trabalhei como líder da juventude. Lembro-me de algumas vezes ter falado aos pais colocando-lhes esta pergunta: "Que fazem os nossos jovens quando não têm nada que fazer?" Embora, de início, pareça uma pergunta inócua, na realidade é muito significativa.
O único estado de perfeita e total inoperância é a morte. O morto não pratica obra alguma e todos os seus pensamentos e sentimentos perecem completamente. Mas nós, os vivos, estamos sempre a fazer alguma coisa. E as pessoas bem sucedidas, ou as que desejam alcançar o sucesso, agem sempre tendo em mente objectivos bem definidos. Todas as suas acções contribuem para o seu crescimento espiritual, cultural ou económico, como para o bem-estar da sociedade em que vivem.
A ocupação útil do tempo, além de trazer os benefícios mencionados, proporciona a vantagem de fechar as comportas por onde possam penetrar os maus pensamentos e os maus costumes. O velho e conhecido ditado popular reflecte uma grande e irrefutável verdade:
"A mente desocupada é a oficina de Satanás."
Ter a mente ocupada e praticar boas acções é bom para os jovens, porque funciona como degraus para o seu crescimento constante. É bom para os adultos, para não permitir que a estagnação e a fossilização tomem conta da vida e dos trabalhos que realizam. É bom para os idosos, a fim de não caírem no poço do isolamento, da solidão e da inércia - coisas tão comuns entre os encanecidos e que os leva à solidão.
Tive um colega no colégio que, enquanto esperávamos pelo sinal para o almoço ou jantar, estava sempre com um livro ou caderno na mão, estudando inglês. Ao terminarmos o curso ele falava fluentemente essa língua.
Ao analisarmos as vinte e quatro horas de cada dia vamos perceber que encontramos sempre algum tempo disponível. Vamos aproveitá-lo bem. O tempo é um presente de Deus, e um dia teremos que prestar contas do seu uso. Que o utilizemos com critério e cuidado, mantendo sempre a mente e o corpo ocupados com o que é útil e produtivo.