terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PALAVRAS E ACTOS PRECIPITADOS

13 de Dezembro

"Convém que vos mantenhais calmos e nada façais precipitadamente." Actos 19:36

Bem poderiam ter sido escritas por Salomão as palavras da nossa meditação de hoje. Mas não. Elas foram pronunciadas pelo escrivão da cidade de Éfeso. Ele não era cristão e por certo seria um pagão. Motivada por Demétrio, que fazia nichos de prata da deusa Diana, a população de Éfeso insurgiu-se contra Paulo e a sua pregação. Durante quase duas horas, a uma só voz gritaram: "Grande é a Diana dos efésios!"
O escrivão da cidade, vendo que as coisas poderiam complicar-se aconselhou a multidão: "Vocês têm razão, mas mantenham a calma e não façam nada precipitadamente." Embora ele tenha errado na sua primeira afirmação, dando razão ao povo, acertou na segunda, pois falar ou agir precipitadamente é sempre um perigo. O que poderia ter acontecido com Paulo se o conselho do escrivão não tivesse sido acatado pela multidão enfurecida? Poderia ter sido ali o fim do seu ministério.
Sobre o falar precipitadamente, alguém disse: "Arrependo-me de muitas coisas que disse; mas raramente me tenho arrependido do que não falei." É nesse aspecto que o velho e sábio ditado é verdadeiro: 'Em boca fechada não entra mosquito'. Assim como nos actos, as palavras precipitadas têm sido a causa de inúmeros problemas nas famílias, nas igrejas, na sociedade, na política e até no relacionamento entre as nações. Corações têm sido feridos, laços conjugais têm sido desfeitos e amigos têm-se afastado. E como é humilhante, como temos visto na política, pessoas virem a público, não para reconhecer em que erraram, mas para se justificarem, dizendo que o que disseram não era bem aquilo que todos ouviram.
Salomão reservou uma dura palavra para os obstinados em falar precipitadamente: "Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele." Provérbios 29:20.
O discípulo João foi apelidado também de 'Filho do Trovão'. Podemos muito bem imaginar como teria sido a sua maneira de agir e de falar antes de receber a influência transformadora do amor de Jesus. Mas depois passou à história bíblica como o discípulo do amor. O poder que transformou João, também pode mudar para melhor o falar e o agir de qualquer pessoa hoje.