domingo, 20 de fevereiro de 2011

OS MOINHOS DIVINOS MOEM FINO

20 de Fevereiro

"Porque Deus há-de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." Eclesiastes 12:14

Muitas vezes temos lido, ou ouvido, de casos em que pessoas inocentes são tidas como culpadas, por crimes que não praticaram. São muitos os factores que têm levado a polícia e a justiça a cometerem esses erros. São as semelhanças físicas, fisionómicas, os interesses pessoais e de grupos envolvidos nos casos; são as coincidências, etc. Por estes motivos e outros, muitas pessoas têm cumprido penas pesadas e perdido boa parte da vida atrás das grades de uma prisão. Por maior que seja a boa vontade dos magistrados, a justiça dos homens estará sempre sujeita à possibilidade de incorrer em algum equívoco. Nós, humanos, estamos sujeitos a errar.
E a justiça divina, como é? Temos alguns ditados populares que falam sobre a justiça divina. Quando alguém se sente injustiçado é comum ouvirmos: "Não faz mal, a justiça de Deus tarda, mas não falha." Lembro-me bem, foi numa aula da Faculdade de Teologia, que o professor Z. J. Schwantes se referiu a um provérbio alemão, que de forma indirecta fala sobre os juízos divinos: "Os moinhos divinos moem devagar, mas moem fino." Isto é, Deus não tem pressa em fazer justiça, mas ao fazê-lo, fá-lo com perfeição.
Aliás, é exactamente isto o que a Escritura Sagrada nos diz em Eclesiastes 12:14 - "Porque Deus há-de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." Para Deus, que é omnisciente, não há possibilidade alguma de cometer erros ou injustiças no juízo que fará com todos os seres humanos.
Este facto tem levado alguns a serem enganados pelo inimigo de Deus. Ellen White escreveu: "Satanás levou o homem a imaginar Deus como um ser cujo principal atributo fosse a justiça severa - um rigoroso juiz, e credor exigente e cruel. Representou o Criador como um ser que espreita desconfiado, procurando discernir os erros e pecados dos homens, para que possa trazer juízos sobre eles. Foi para dissipar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus baixou para viver entre os homens." - Mente, Carácter e Personalidade, vol. 1, pág. 250.
A justiça de Deus é perfeita, assim como também são o Seu amor e a Sua misericórdia. Confiemos n'Ele!