sábado, 2 de julho de 2011

O INCENTIVO E O ORGULHO

2 de Julho

"Tu, ó rei, rei dos reis, a quem o Deus do Céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória... Tu és a cabeça de ouro." Daniel 2:37, 38

Há certas características da natureza humana que são bem interessantes. Por exemplo, apreciamos receber palavras de ânimo ou reconhecimento. Isto faz-nos bem e estimula-nos. Os pais, professores, líderes e administradores devem desenvolver esse hábito. Se por um lado essa atitude é altamente positiva e útil para o estímulo de filhos, alunos e liderados, por outro lado, estes também precisam de estar precavidos, a fim de não permitirem que o elogio, ou o estímulo, lhes suba à cabeça, desenvolvendo no coração o egoísmo e o orgulho.
Na Bíblia há uma interessante experiência vivida por Daniel e os seus companheiros hebreus na corte do rei Nabucodonosor. O rei tinha tido um sonho e de manhã não se recordava de nada do que tinha sonhado. Mandou chamar os sábios e adivinhos do seu reino para que trouxessem à sua lembrança o que tinha sonhado. Como ninguém conseguia desvendar o mistério do sonho, o rei ordenou que todos os sábios fossem mortos. Ao tomar conhecimento da ordem real, Daniel foi à sua presença e pediu-lhe um tempo para que pudesse explicar o sonho.
Daniel e os seus companheiros oraram a Deus pedindo orientação. Naquela noite, na forma de um sonho, Deus revelou-Se a Daniel, mostrando qual tinha sido o sonho do rei e qual era a interpretação.
Assim, Daniel apresentou-se diante do rei para lhe contar o sonho e a sua interpretação. O rei tinha visto no sonho uma grande estátua com a cabeça de ouro, o peito e os braços de ferro e os pés em barro e ferro. Cada parte do corpo representava um reino e Daniel disse: " Tu és a cabeça de ouro."
Como é a natureza humana! O rei não se contentou em ser apenas a cabeça de ouro. Diz a Bíblia, em Daniel 3:1, que ele mandou construir uma estátua de 27 m de altura por 2, 70 m de largura, toda revestida em ouro, para que todos a adorassem. Talvez pensasse assim: Eu não sou apenas a cabeça de ouro, eu sou toda a estátua. Adorem-me!
É bom incentivar e animar as pessoas com apreciações sinceras e verdadeiras. Entretanto, não permitamos que o elogio nos suba à cabeça, transformando-se em vaidade, egoísmo e orgulho.