terça-feira, 26 de julho de 2011

ORAÇÃO: UM ACTO DE FÉ OU UMA ROTINA?

26 de Julho

"Ó, Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de Ti. Chegue à Tua presença a minha oração, inclina os ouvidos ao meu clamor." Salmo 88:1, 2

Muitas vezes me tenho detido a pensar sobre o avanço do conhecimento humano, que duplicou nos últimos cinco anos, e que duplicará novamente nos próximos três anos. Na área das comunicações, por exemplo, quanta alteração tem havido desde o uso do telégrafo, passando pelo telefone comum, depois o telemóvel, as transmissões via satélite, e agora a rapidez vertiginosa da Internet! Isto é fantástico!
Entretanto, apesar de tantas inovações tecnológicas, como é interessante ter em consideração que a nossa comunicação com Deus continua a ser feita da mesma maneira que nos tempos passados. Ainda é através da oração, por meio da fé. Foi, é, e continuará a ser a maneira mais rápida e segura de nos comunicarmos com Deus. Aliás, não podemos dissociar estas duas palavras - oração e fé. Oração feita sem fé é a mesma coisa que falar num aparelho telefónico desligado; ninguém ouve em lugar nenhum.
Para ter o seu real sentido, a oração deve ser, como disse Ellen White, "o abrir do coração a Deus como a um amigo". É a fé que nos dá a liberdade para termos essa intimidade diante de Deus. Colocamos diante d'Ele o nosso coração, exposto tal qual é. Contamos-Lhe as nossas alegrias, expomos-Lhe a nossa gratidão, as nossas angústias e até os nossos desejos, que carinhosamente guardamos no fundo do coração. Por outro lado, as nossas orações não devem ser rotineiras nem repetitivas. Foi nesse aspecto que Jesus recomendou que nas nossas preces não usássemos vãs repetições. Se Deus condicionasse o atendimento das nossas súplicas ao número de vezes que dizemos a mesma coisa, poderíamos gravar a oração e repeti-la quantas vezes quiséssemos. Embora saibamos que esse método não funciona, o facto é que, por vezes, repetimos as nossas palavras como se fosse uma simples oração armazenada num gravador. Será que nada de novo aconteceu para contarmos ao nosso grande Amigo, Deus?
Experimentemos dar um novo sentido às nossas velhas orações. Deixemos de lado a formalidade, desfrutemos a liberdade que Deus nos dá para conversar intimamente com Ele, como o fazemos com os nossos amigos.