segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O AMOR DE MANGAS ARREGAÇADAS

5 de Setembro

"E, chamando Jesus os Seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho." Mateus 15:32

Certo dia, a minha mulher e eu estávamos sentados na sala da nossa casa quando uma rolinha, que entrara pela porta das traseiras, voava desesperadamente de um lado para o outro, sem encontrar saída. Quando ficou exausta, pousou no peitoril da janela, diante do vidro fechado. Foi quando me dirigi para ela. Eu olhava para ela e ela olhava para mim, como se estivesse a dizer: "Confio em ti".
Peguei-lhe na minha mão, acariciei a sua cabecinha e mais uma vez ela dirigiu-me o seu meigo olhar. Depois de lhe ter dado alguns momentos para que a rolinha recuperasse as suas energias, soltei-a. Ao vê-la voar feliz, fiquei a pensar: Ser compassivo é sempre bom para quem recebe e para quem pratica uma boa acção.
Jesus foi e é o grande Mestre da Compaixão. Aliás, Ele não praticava a compaixão de forma esporádica, mas como estilo de vida. Essa era a Sua maneira de ser. Comentando o modo como Jesus dedicava atenção até a coisas aparentemente insignificantes, Ellen White escreveu: "Aquele cuja palavra poderosa sustinha os mundos, detinha-se para avaliar um pássaro ferido. Nada havia para Ele indigno da Sua atenção, coisa alguma a que desdenhasse prestar auxílio." - O Desejado de Todas as Nações, pág. 74.
Para Jesus, a compaixão era o amor de mangas arregaçadas, agindo em favor dos desprotegidos e necessitados físicos ou espirituais. Ele estava sempre pronto a alimentar os famintos, a acariciar as crianças, a aconselhar os adultos, a curar os doentes e até a ressuscitar os mortos. A Sua compaixão era muito ampla; pois, além de dedicar a Sua atenção àqueles que no imediato foram o alvo das Suas acções de amor, extrapolou o tempo e o espaço e tem atingido também a nossa vida com a Sua salvação.
Ao contemplarmos todos os actos de amor e misericórdia de Jesus, confrontando-os com a realidade de que Ele era o Criador de todas as coisas e que Se deixou humilhar como servo; padecendo a morte mais humilhante - a morte de cruz - para nos salvar; exclamamos como Paulo: "O amor de Cristo nos constrange." II Coríntios 5:14.
Que o amor de Jesus nos constranja e nos inspire a sermos também compassivos e amorosos como Ele foi, e tem sido connosco.