sábado, 31 de dezembro de 2011

O BALANÇO DE FIM DE ANO

31 de Dezembro

"Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo." II Coríntios 5:10

Sempre que nos encontramos diante dos portais de um novo ano, costumamos fazer um balanço geral dos nossos actos no ano que está a terminar. Queremos ver os acertos, para os aperfeiçoar; e os erros, para os evitar no futuro. Colocamos as nossas acções numa balança de dois pratos para ver quais pesaram mais, se as boas ou as más.
Há pessoas que crêem que os juízos de Deus são executados de forma semelhante. Ele colocaria num prato da balança as nossas boas acções: esmolas, bons conselhos, ofertas, dízimos, etc. No outro prato, poria as más: mentiras, roubo, falsidade, indiferença religiosa, adultério, etc. Deus então faria o balanço geral e o que prevalecesse determinaria o nosso destino. Se as boas obras - vida eterna; se as más - morte eterna. Sinto-me muito feliz em dizer que a Bíblia Sagrada não ensina que Deus vai proceder dessa forma. Se assim fosse, todos estaríamos perdidos. Todos somos pecadores e até os nossos pensamentos não costumam ser bons.
A história de Paulo ensina-nos como Deus nos trata. Ele era um homem culto, inteligente e muito sincero na prática da sua religião. Só que estava enganado quanto à fé que professava e as obras que praticava. Um dia encontrou-se com a dura realidade e descobriu o seu erro. Viu que Aquele a quem perseguia, Jesus, era a solução dos seus problemas. Aceitou-O como seu Salvador e tudo mudou na sua vida. Antes era prepotente e perseguidor dos cristãos, agora sentia-se fraco e débil para a nova vida. Foi aí que recebeu uma confortadora resposta de Deus: "Basta que tenhas a Minha ajuda. Pois a Minha força manifesta-se melhor nas fraquezas dos homens." II Coríntios 12:9 (TIC).
Aprendemos duas preciosas lições da experiência de Paulo.
A primeira: As nossas boas obras e boas intenções não nos recomendam para a salvação.
A segunda: As nossas más obras podem levar-nos à perdição.
Mas a graça de Cristo estende-nos o perdão e supre as nossas necessidades, a fim de vivermos com Ele a vida que espera que vivamos. Assim, como diz Paulo: "Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio d'Aquele que nos amou." Romanos 8:37.
Que no Novo Ano a graça de Cristo seja a mola impulsionadora das nossas vitórias!

TIC - Tradução Inter-Confessional

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PLANOS PARA O PRÓXIMO ANO

30 de Dezembro

"Só Eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça, e um futuro cheio de esperança. Sou Eu, o Eterno, quem está falando." Jeremias 29:11

Estamos nos últimos dias do ano, e quão salutar é a prática de elaborar, com antecedência, os planos para a vida no próximo ano. É bom não nos contentarmos com o que já alcançámos, e elaborar planos bem definidos para o crescimento espiritual e também noutras áreas secundárias da vida.
É costume dizer que 'plano é uma linha recta que encurta distâncias'. Quem estabelece planos e se esforça por executá-los são as pessoas mais bem sucedidas. Sucesso e vitória não acontecem por acaso. Para alcançá-los temos que fazer um planeamento de longo alcance, sem nos esquecermos das coisas intermédias e das imediatas.
Ao longo da minha vida tenho visto e conhecido muitas pessoas que estabeleceram bons e elevados planos, e que foram muito persistentes para os alcançar. Entretanto, mesmo ao terem alcançado os seus alvos, sentiam-se criaturas infelizes e frustradas. O sucesso alcançado, embora lhes proporcionasse dinheiro, prosperidade, conforto e até fama, não lhes trouxe paz ao coração. Sentiam na alma um vazio profundo que nada do que tinham e possuíam podia preencher.
Sabe o que é que faltou a estas pessoas? Faltou atender à recomendação de Jesus, quando disse: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino [de Deus] e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6:33.
Vale a pena dar prioridade a Deus nos nossos planos, pois, "os que em todas as coisas consideram Deus como o primeiro, o último e o melhor, são as pessoas mais felizes do mundo. Os sorrisos e o brilho do Sol não lhes desaparecem do semblante. A religião não torna, quem a pratica, grosseiro nem áspero, pouco asseado ou descortês; ao contrário, eleva-o e enobrece-o, refina-lhe o gosto, santifica-lhe o juízo, e habilita-o para a sociedade dos anjos celestiais e para o lar que Jesus foi preparar". - Mensagens aos Jovens, página 38.
Deus tem planos bem definidos para nós. E os nossos para com Ele, quais são?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CICATRIZES

29 de Dezembro

"Se alguém Lhe disser: Que feridas são essas nas Tuas mãos? Responderá Ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos Meus amigos." Zacarias 13:6

Os ferimentos maiores ou menores provocados no nosso corpo deixam sempre as suas marcas. São as cicatrizes. Passado o tempo, terminada a dor, sarada a ferida, ali permanece a cicatriz. Ela lembra-nos que um dia sofremos e que temos de ter todo o cuidado possível para que a triste experiência do passado não se repita.
Creio que será por causa disso que, mesmo no Céu, as cicatrizes nas mãos e nos pés de Jesus permanecerão. Elas terão um duplo significado para nós. Primeiro, lembrar-nos-ão as tristezas e as dores que o pecado legou à humanidade, e que para nos vermos livres dele foi necessário que Jesus fosse "ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades", como escreveu o profeta Isaías.
O segundo significado que deverá ficar patente aos olhos de todos os seres viventes do Universo é que aquelas cicatrizes serão a prova inequívoca do infinito amor que Deus demonstrou por todas as Suas criaturas, através do Seu Filho Jesus.
Ah! O terno amor de Deus não podia suportar ver os Seus filhos perdidos eternamente por causa dos seus pecados. Assim, providenciou a oportunidade aos que desejassem, o terem novamente a vida eterna através da aceitação da morte e sacrifício do Seu Filho Jesus.
As cicatrizes de Jesus também serão para nós uma lembrança eterna e constante de que não vale a pena aventurarmo-nos pelos caminhos da desobediência. Pelo contrário, serão a mais convincente seta indicativa de que compensa viver sempre em constante harmonia com as leis divinas.
Uma carinhosa mãe, ao ter nos braços um filho querido, não fica a recordar os momentos dolorosos pelos quais passou quando o filho nasceu. Assim também as cicatrizes nas mãos e nos pés de Jesus serão para todos nós, Seus filhos, a evidência maior do Seu infinito amor e motivo de alegria e gratidão por parte de todos os remidos. Por toda a eternidade cantaremos e louvaremos a Deus com todas as forças da nossa alma, pelo grande amor de que fomos alvo e que não merecíamos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TOLERÂNCIA

28 de Dezembro

"O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." João 15:12

Ontem comentámos um pouco sobre Colossenses 3:13 ("suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros"), e vimos que precisamos de ter espírito de tolerância para colocar em prática o conselho de Paulo.
Tolerância não significa a aceitação dos erros dos outros, mas a aceitação da pessoa que errou. Quem está em erro é o que mais necessita de uma mão amiga no ombro para acompanhar e guiar os seus passos por um novo e melhor caminho.
Ao sermos tolerantes, muitas vezes temos de fechar os olhos e passar por cima de coisas das quais não gostamos e com as quais não concordamos. Quando o verdadeiro amor de Jesus está no nosso coração, a estratégia do 'ferro e fogo', isto é, o enfrentar, as discussões, as imprecações, as acusações, não dão resultado algum. Não funcionam para mudar pessoas e transformar vidas, mas a tolerância sim.
É interessante lembrar a história da diferença entre a roda de ferro e a roda de borracha. Na aparência, uma roda de ferro parece ser muito mais resistente do que a de borracha. No entanto, na prática a coisa é bem diferente. Ao girar sobre o asfalto ou numa estrada de terra e pedra, a roda de ferro desgasta-se rapidamente por causa da dureza da sua natureza. Isto já não ocorre com a roda de borracha. Tolera as pedras e depressões do caminho e, tendo em vista o alvo a que se propõe chegar, vai em frente e alcança o objectivo. Deus tem sido tolerante com a humanidade há seis mil anos e connosco desde que nascemos. Porque não sermos tolerantes com o próximo?
Ao sermos tolerantes, isto é, ao suportarmos e ao perdoarmos às pessoas, não quer dizer que aceitamos os seus erros. Demonstramos o amor que lhes dedicamos. Aquele amor à semelhança do amor de Jesus, que nos amou quando nós ainda éramos pecadores.
Sempre, em todo o lugar, em todo o tempo e no relacionamento com todas as pessoas, vale a pena sermos agradáveis nas palavras e no trato. Essa maneira simpática e paciente pode preparar um coração para receber e aceitar conselhos. Este é o melhor método para ajudar os que precisam de mudar de rumo na vida.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SUPORTANDO-VOS EM AMOR

27 de Dezembro

"Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrém. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós." Colossenses 3:13

Colossos era uma próspera cidade situada no Sudoeste da Frígia, a apenas 16 km de Laodiceia. Crê-se que no ano 61 d.C., sabendo que por lá tinham passado alguns mestres que tentaram levar os fiéis cristãos a desviar-se pelos caminhos de vãs filosofias, Paulo escreveu aos cristãos colossenses uma carta que agora faz parte do canon sagrado da Palavra de Deus.
É no capítulo 3 dessa carta que encontramos Paulo, com palavras cheias de ternura, animando os crentes a viverem uma vida devotada à santidade e ao amor fraternal: "Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente."
Eis aqui uma pequena regra de conduta importante e inteligente que, uma vez colocada em prática, muito nos ajudará a viver em paz e felicidade, tanto no ambiente do nosso lar como na igreja ou na sociedade das quais fazemos parte.
Para nos suportarmos uns aos outros temos que ser tolerantes, e isso nem sempre é fácil! Normalmente todo o ser humano deseja que os outros sejam como ele é e pensa ser. A realidade nua e crua é que nem sempre nós mesmos somos aquilo que aparentamos e pensamos ser. Pois há muitos que passam a vida toda a iludir-se.
Suportar os outros é aceitá-los como são. Na prática, é seguir o exemplo de Jesus. Como é que Ele age connosco? Primeiro aceita-nos como estamos. Não se importando com a roupa que vestimos, os hábitos que possuímos ou os pecados que praticamos. Depois de estarmos com Ele, aí sim, Ele vai trabalhar carinhosamente no nosso coração. Primeiro, limpa o nosso passado, perdoando-nos completamente. Depois, com amor, vai mudando os nossos hábitos. Quando nos apercebemos, nós que éramos rebeldes e avessos à obediência, passamos a ser filhos dóceis, ovelhas meigas do Seu rebanho.
Quer ter paz e ser feliz? Então procure colocar em prática esta pequena regra que Paulo recomendou aos colossenses: 'Suportar e perdoar' aqueles com quem se relaciona.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

VÓS TODOS SOIS IRMÃOS

26 de Dezembro

"Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos." Mateus 23:8

Nos dias de Jesus, Ele e os Seus discípulos estavam constantemente às voltas com questões que eram apresentadas pelos escribas e fariseus. Estes colocavam-se como autênticos zeladores dos princípios e das normas de conduta que, segundo eles e as suas interpretações, eram as exigências dos escritos de Moisés e dos profetas.
Jesus sabia que aqueles zelosos escribas e fariseus, embora bem-intencionados na aparência, estavam a transformar a religião, que deveria ser algo que viesse trazer alegria, paz e felicidade ao coração, num peso insuportável.
Mas, como gostavam de ser vistos como pessoas importantes! Nas reuniões, sentavam-se nos primeiros lugares. Gostavam de ser distinguidos. Nas praças, alegravam-se quando lhes chamavam rabis - mestres. O evangelista Mateus relata-nos que Jesus, convidando as pessoas para que não fossem como os fariseus, disse: "Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos." Mateus 23:8.
"Vós todos sois irmãos." Ontem foi dia de Natal. Houve muita alegria, troca de presentes e muita festa. E como é bonito saber de pessoas que têm consciência de que não só os que são os filhos dos seus pais são os seus irmãos! Mas que aqueles que estão a dormir nos bancos das praças, nos cantos dos prédios também o são; os que moram debaixo das pontes, que têm a mão estendida solicitando uma moeda ou alguma coisa para comer. São nossos irmãos os que estão presos a uma cama num leito de hospital; são nossos irmãos as pobres vítimas dos seus próprios erros que, apanhados pela justiça, pagam os seus crimes atrás das grades de uma prisão. Sim, todos eles são nossos irmãos.
O Natal já passou. Aproximamo-nos do 1º dia de Janeiro, que é chamado o Dia de Confraternização Universal. Vamos aproveitá-lo para estender os nossos olhares de amor e misericórdia para os outros irmãos que esperam pela nossa acção. Ao lhes darmos alguma coisa, eles não poderão retribuir-nos; porém, um dia Jesus nos dirá: "Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40.

domingo, 25 de dezembro de 2011

DA ÁRVORE DE NATAL PARA A ÁRVORE DA VIDA

25 de Dezembro

"No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas das árvores são para a cura dos povos." Apocalipse 22:2

Adão e Eva viviam num paraíso, cercados de paz, harmonia e felicidade plena. Não havia entre eles doenças e desavenças. A morte não existia, porque nenhuma espécie de mal tinha sido introduzida, até então, no planeta Terra. Sendo uma criatura vinda das mãos de Deus, o homem devia ao Criador, não apenas a gratidão, mas também o reconhecimento do Seu domínio. Assim, a obediência dedicada pela criatura ao seu Senhor e Criador deveria ser um acto de amor e jamais de servidão.
No princípio, Deus colocou no paraíso, bem no meio do Jardim do Éden, uma árvore, como prova de fidelidade e amor. Os homens poderiam comer livremente de qualquer árvore de todo o paraíso. Só não deveriam comer dos frutos daquela única árvore. A obediência à ordem do Criador seria a aceitação, por parte do homem, do domínio do Criador e um acto de amor e reconhecimento. Seria como o filho que obedece ao pai porque lhe dedica muito amor.
Mas porque é que os nossos primeiros pais comeram do fruto proibido? No relacionamento entre Criador e criatura entrou um terceiro personagem chamado Lúcifer, ou Satanás, que insinuou algumas coisas, tais como: Se transgredirem a lei de Deus vão sentir coisas extraordinárias. Os vossos olhos vão abrir-se. Vão ficar a conhecer o bem e o mal, e isso é emocionante! E quanto ao que Deus vos disse que se comerem vão morrer, estejam tranquilos, porque não é verdade, não vão morrer.
Foi assim que os nossos primeiros pais, preferindo rejeitar a autoridade divina, aceitaram a direcção de Satanás para a sua vida. O resultado foi o que conhecemos: a separação de Deus, a dor, os infortúnios e a morte.
No entanto, hoje, no meio de tantas dores e tristezas do mundo em pecado, brilha para nós a preciosa estrela de Belém, Cristo Jesus. Na Sua perfeita obediência a Deus, Ele tomou o nosso lugar na morte a fim de que voltemos a ter a possibilidade de voltar ao paraíso para vivermos a vida de saúde, paz e eterna felicidade, que o Pai sempre quis que tivessémos.
Ao olhar para uma árvore de Natal, veja-se, pela fé em Jesus, a participar da árvore da vida num futuro muito breve.

Entoe também, do fundo do coração, o lindo cântico de gratidão
Give Thanks - Links, 5M. - (Natal)

sábado, 24 de dezembro de 2011

LUZES E ALEGRES MELODIAS... É NATAL!

24 de Dezembro

"Ela dará à luz um filho e Lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles." Mateus 1:21

Estamos na véspera do Natal. Respira-se a atmosfera da linda festa que comemora o nascimento de Jesus. Há cores e luzes por todos os lados. O ar enche-se de belas e alegres melodias, que nos lembram que num passado distante Deus visitou a pequenina cidade de Belém da Judeia. Ali, numa humilde estrebaria, Maria traria à luz um menino que, gerado no seu ventre pelo Espírito Santo, viria a ser o nosso Salvador. O nascimento de Jesus é o facto mais marcante de todos os acontecimentos da História do mundo. Até o nosso calendário valoriza esse facto dividindo a História em duas partes, antes e depois do nascimento de Jesus. E isto é plenamente correcto.
Falando do nascimento de Jesus, a Bíblia diz a respeito de Maria: "Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles." Mateus 1:21. Eis aí a importante missão da vinda de Jesus à Terra: "Salvar o Seu povo dos pecados deles."
Sem Jesus, a humanidade estaria perdida. Só o originador da vida é que poderia resolver a questão da condenação de morte dos seres humanos em face dos seus pecados. Esse facto comove-nos muito. Só mesmo um amor infinito em grandeza poderia motivar um gesto de tão grande magnitude: Um Deus, criador e todo-poderoso, dignar-Se vir ao mundo como se fora uma das Suas criaturas, para viver uma vida pura e exemplar, e por fim selar connosco o Seu pacto de vida mediante a Sua morte. Nós, humanos, que nada somos, não podemos compreender tão grande humilhação. É por isso que damos mil louvores a Deus porque o Seu Filho não Se negou a dar-nos a salvação.
Deixemos que o espírito do Natal tome conta do nosso coração! Que os presentes dados e recebidos nestes dias de alegria e festa possam levar consigo a gratidão sincera de corações reconhecidos, que expressam a Deus o seu louvor e adoração por Jesus, o dom da vida e o nosso Salvador! "Brilhando inda está, brilhando inda está, a estrela de luz, de raro fulgor. Brilhando inda está, brilhando inda está, a estrela a indicar o Deus Salvador". Que a luz vinda de Belém ilumine o nosso coração!

Ouça nos links em 5M. - (Natal) o cântico: Estrela de Luz

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NUTRIR BEM A MENTE

23 de Dezembro

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Filipenses 4:8

No seu livro A Magia de Pensar Grande, David J. Schartz coloca os seguintes pensamentos na página 144:
"Milhões de pessoas vivem a pensar em dietas. Gastamos milhões de dólares em vitaminas, minerais e outros suplementos dietéticos. E todos sabemos porquê. A pesquisa nutricional ensinou-nos que o corpo reflecte a dieta com que é alimentado. A força física, a resistência às doenças, o peso do corpo, e até mesmo o tempo que vivemos, estão intimamente relacionados com o que comemos.
"Da mesma forma a mente também é aquilo de que se alimenta. Claro que o alimento mental não vem em pacotes, e não pode ser comprado nas mercearias. O alimento mental é o ambiente em que vive - todas as pequenas coisas que influenciam o seu consciente e o subconsciente. O tipo de alimento mental que consumimos determina os nossos hábitos, as nossas atitudes, a nossa personalidade. Cada um de nós herdou uma certa capacidade criadora. No entanto, a maneira como a desenvolvemos e a quantidade que dela utilizamos, dependem do alimento mental que ingerimos."
Tanto o corpo como a mente reflectem o alimento de que são nutridos. Como seria bom, nestes dias em que se dá tanto valor à cultura física, que pensassemos também em nutrir e exercitar com sabedoria a nossa mente, alimentando-a com coisas boas. Não vamos permitir que a poluição vinda dos filmes, vídeos e novelas que valorizam e ensinam abertamente a imoralidade, a traição e a violência, se tornem a dieta dos nossos olhos e da nossa alma.
Se desde a queda de Adão e Eva a maldade convive com a humanidade, creio que nestes dias finais da história do pecado parece que ela se está a avolumar de uma forma assustadora. O inimigo de Deus sabe que tem pouco tempo e deseja arrastar o máximo de incautos para o seu lado. Mas diante de grandes batalhas precisamos de ter uma grande preparação. Precisamos de alimentar-nos da Palavra de Deus e de tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável e de boa fama; e deixar de lado, de uma vez por todas, todo o alimento impuro.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PREPARO PARA A VIDA

22 de Dezembro

"Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." II Coríntios 4:18

Começo e fim; calor e frio; seca e enchente; saúde e doença; alegria e tristeza; vida e morte - Deus não nos fez para vivermos no meio destes terríveis contrastes. Foram as contingências do pecado que nos condicionaram a tais coisas.
Sei que boa parte dos leitores desta meditação vivem dias de saúde, paz, alegria; e talvez estejam no período de ascendência e de crescimento físico, intelectual e social; estes são os jovens. Nesse período exuberante da vida tudo é ânimo, entusiasmo e alegria. Óptimo! No entanto, inexoravelmente esse período passa e passa muito rapidamente. E então, nem tudo são flores, risos e alegria. Por isso, é necessária preparação para esses dias futuros.
Há quatro factores muito importantes da nossa preparação para a velhice: Preparar a saúde, a preparação psicológica, a preparação material e financeira e, o mais importante, a preparação espiritual.
Esta última é a mais importante porque nos dá substratos para entendermos com precisão questões como o porquê do sofrimento, da dor e da morte. Ajuda a entender a nossa origem, os propósitos da vida e o nosso destino. É o que não nos deixa a vaguear em conjecturas quanto ao nosso futuro. Pelo contrário, tendo fé e crendo em Jesus Cristo, temos a mesma certeza do apóstolo Paulo, que escreveu esta mensagem aos crentes de Corinto:
"Por isso nunca ficamos desanimados. Ainda que o nosso corpo se vá gastando, o nosso espírito se vai renovando dia a dia. E essa pequena e passageira aflição que sentimos vai trazer-nos uma enorme e eterna glória, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não fixamos a nossa atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. O que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre." II Coríntios 4:16-18 (BLH).
Esta visão correcta do plano de Deus para connosco ajuda-nos a nunca pisarmos terreno movediço ou a tropeçarmos em vãs filosofias.

BLH = A Bíblia na Linguagem de Hoje

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DESTINO E PREDESTINAÇÃO

21 de Dezembro

Assim como nos escolheu, n'Ele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adopção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade." Efésios 1:4 e 5

Destino e predestinação são duas palavras com significados diferentes, mas que estão intimamente ligadas. Destino, segundo o dicionário, "é uma sucessão de factos que podem ou não suceder e que constituem a vida do homem, considerados como resultantes de causas independentes da sua vontade". "É aquilo que acontecerá a alguém." Pode significar também o fim ou objecto para que se reserva ou designa alguma coisa. Neste caso, a ilustração simples é o destino de um transporte público, que seria o seu ponto final.
Temos que admitir que a crendice popular tem influenciado, e muito, para o dicionário chegar a dizer que destino é aquilo que acontece independentemente da nossa vontade. Por essa razão dizem: "Pobre fulano. Morreu de cancro do pulmão, mas esse era o seu destino e tinha chegado a sua hora."
E é exactamente neste ponto que a crença do destino se une à crença da predestinação. "Tinha chegado a hora dele." Muitos há que, sem pararem para pensar um pouco no que dizem e no que imaginam, acham que Deus estabelece todas as coisas que acontecem na nossa vida. Isto é, nascemos neste mundo tendo todo o roteiro da vida já preestabelecido por Deus. No entanto, basta que arrazoemos um pouquinho só, para percebermos que a predestinação não tem consistência nessa maneira de entender.
Se uma pessoa fuma durante vinte anos ou adopta um estilo de vida que mina a saúde, será Deus o responsável por estabelecer a maneira e o dia da sua morte? Não seria mais correcto dizer que foi a própria pessoa quem escolheu o seu destino?
A boa notícia que encontramos na Bíblia é que existe uma única predestinação. Somos predestinados para sermos adoptados como filhos de Deus e termos acesso à vida eterna. O apóstolo Paulo diz que Deus "nos predestinou para Ele, para a adopção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade". Efésios 1:5.
A predestinação bíblica é, no entanto, electiva. Deus predestinou todos para a salvação; porém, só serão salvos os que se elegerem, em Cristo, para terem esse destino.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A GOTA DE ORVALHO

20 de Dezembro

"E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." Apocalipse 21:4

Numa casa em que morei alguns anos, tínhamos algumas roseiras que produziam lindas flores. Gosto de apreciar as flores, e as rosas encantam-me pela sua beleza e perfume. Certo dia, de manhã, deliciei-me com o lindo quadro que contemplei. Sobre a aveludada pétala de uma rosa que desabrochava havia uma gota cristalina do orvalho que ali se formara durante a noite. Os raios do sol da manhã incidiam sobre a gota que, funcionando como prisma, reflectia as cores do arco-íris, proporcionando um quadro magistral aos nossos olhos.
Ao contemplar aquela cena, pensei que poderia muito bem retratar, em miniatura, a história da humanidade. Vivemos num mundo de tristezas, dores e sofrimentos resultantes do pecado. Aquela gota de orvalho poderia muito bem representar as lágrimas que, por vezes, derramamos perante os problemas e tristezas que enfrentamos nos embates da nossa agitada vida.
É verdade que os vestígios do paraíso edénico ainda estão ao nosso redor: A beleza das rosas, com as suas cores e pétalas aveludadas; a família, que no aconchego da sua intimidade, acolhe pais e filhos, propiciando-lhes amor, conforto, amparo e estímulo para as lutas da vida. Mesmo assim as lágrimas existem e continuarão a existir enquanto o pecado dominar o coração humano.
A beleza encantadora dos raios solares incidindo sobre a gota de orvalho recorda-me a grande esperança. Jesus, o fulgurante Sol da Justiça, ao incidir os raios brilhantes da Sua graça sobre as minhas lutas, problemas e tristezas, faz reflectir a grande esperança de que por ocasião da Sua volta à Terra se cumprirá a promessa da total erradicação de todas as fontes de tristeza e de dor. Então haverá música, louvor e gratidão e nunca mais haverá lágrimas!
"Oh! que música! Não há uma nota dissonante. Todas as vozes proclamam: 'Digno é o Cordeiro, que foi morto.' Apocalipse 5:12. Ele vê o penoso trabalho da Sua alma, e fica satisfeito. Pensam que alguém ali desperdiçará tempo para falar das suas provações e terríveis dificuldades? 'Não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.' Isaías 65:17. Deus ... 'lhes enxugará dos olhos toda a lágrima'. Apocalipse 21:4." E. W. - Manuscrito 18, 1894.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A REVELAÇÃO DO CARÁCTER

19 de Dezembro

"Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração." I Samuel 16:7

Quando o profeta Samuel foi até à casa de Jessé para escolher e ungir o novo rei de Israel, o primeiro jovem que lhe foi mostrado foi Eliabe. Era o filho mais velho de Jessé, um jovem alto, forte e de boa aparência. O profeta pensou: Sem dúvida esse moço deverá ser o futuro rei. Mas Deus, que vê além das aparências, tratou de colocar as coisas em ordem na mente do profeta e foi-lhe dizendo: "O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração." E Eliabe foi rejeitado porque Deus olha para o carácter e não para a aparência das pessoas.
Quando adolescente, frequentando o antigo IASP (Instituto Adventista de São Paulo), o professor Artur Dassow, professor de matemática, era muito admirado por todos os alunos. A sua inteligência, aliada à facilidade de se identificar e de se comunicar com os alunos, eram predicados que faziam das suas aulas momentos inesquecíveis de aprendizagem para a vida. Lembro-me de que em certa ocasião, falando sobre o carácter, ele disse: "Carácter é aquilo que somos quando as portas estão fechadas e as luzes apagadas."
As palavras do nosso estimado mestre foram muito bem compreendidas por todos nós. Era exactamente após as luzes serem apagadas, às 21h45, que tinhamos os momentos críticos de disciplina no internato. Durante o dia alguns alunos pareciam ser bem disciplinados, mas quando as luzes se apagavam eles revelavam o seu verdadeiro carácter.
A lição do professor ficou bem gravada e, ao tornar-me jovem e adulto, entendi que as 'portas fechadas e as luzes apagadas', tinham um significado muito mais extenso e profundo. Entendi, também, que Deus não nos vai julgar pelo que aparentamos ser, mas pelo carácter que temos; isto é, por aquilo que realmente somos. Pois a prática de actos de amor e bondade não trarão crédito algum diante de Deus, se no fundo do coração, sob as sombras do pecado, houver adultério, ódio, rancor, mentira, etc...
Deus deseja ver o carácter do Seu Filho Jesus reflectido na nossa vida. "Se olharmos ainda que por um momento para o Sol na sua glória meridiana, ao desviarmos os olhos, em tudo o que olharmos aparecerá a imagem do Sol. O mesmo se dá quando contemplamos Jesus." - Mensagens aos Jovens, pág. 160.

domingo, 18 de dezembro de 2011

PERFEIÇÃO E SANTIDADE

18 de Dezembro

"Portanto, sêde vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." Mateus 5:48

Há pessoas que não entendem. Outras acham impossível atingir o que Deus requer de nós, que é perfeição e também santidade.
Mesmo numa análise rápida e superficial, é fácil concluir que nós, seres humanos, por melhores que sejamos, não seremos nem perfeitos, nem santos. A Bíblia Sagrada, em Romanos 8:23, diz: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus."
Perante o pecado, tudo o que é humano é imperfeito. A imperfeição faz parte da natureza humana. A perfeição e a santidade absolutas deixaram de ser características inerentes, desde que o ser humano caiu no pecado. Os pensamentos não são inteiramente puros, as intenções nem sempre são as melhores e, como resultado, as atitudes, as obras e as acções dos homens também não são perfeitas.
Mas, então, porque é que Deus espera que sejamos perfeitos como Ele?
Antes de mais nada temos que entender que Deus, como um Pai de amor e de bondade, jamais pediria aos Seus filhos alguma coisa impossível de realizar. É um facto mais do que reconhecido que, por nós mesmos, somos incapazes de ser santos e perfeitos. É exactamente aqui que entra a fé. Somos levados a reconhecer a nossa imperfeição. Nos registos celestiais, Deus substitui todas as nossas dívidas pelo crédito da vida pura, justa e perfeita do Seu Filho. Ele aceita a perfeição e a santidade de Jesus. Assim, tornamo-nos santos e perfeitos.
É verdade que ainda somos humanos e falhamos. Somos como uma criança recém-nascida que inicia o crescimento. No livro Parábolas de Jesus, Ellen White comenta sobre isso: "Em cada estágio do desenvolvimento da vida podemos ser perfeitos." - pág. 65.
Isto quer dizer que não iremos ficar de braços cruzados, confiando na perfeição e santidade de Jesus. Não! lremos seguir os Seus passos, sabendo que perfeição e santidade não são o ponto final de chegada aqui neste mundo, mas o caminho. Esse caminho é Jesus. Mediante o pedido de perdão por deslizes cometidos, a justiça de Cristo é-nos comunicada para mantermos a vida santa e perfeita. Isto é um acto de fé da nossa parte, e de graça da parte de Deus. Essa é a dinâmica do amor divino!

sábado, 17 de dezembro de 2011

ENVELHECER COMO AS PALMEIRAS

17 de Dezembro

"Em ti, Senhor, me refugio, não seja eu jamais envergonhado. ... Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares." Salmo 71:1 e 9

O Salmo 71, além de apresentar palavras de louvor e gratidão a Deus (ele diz: "Em Ti tenho-me apoiado desde o meu nascimento; do ventre materno Tu me tiraste, Tu és motivo para os meus louvores constantemente"), David também faz uma comovente súplica em favor dos dias do entardecer e do ocaso da sua vida - a velhice: "Não me desampares."
Creio que todos podemos facilmente entender o porquê da sua fervorosa súplica. Aqueles que já viveram os bons e agitados anos da vida, ao terem de enfrentar a decrepitude com a perda da energia, do entusiasmo e até da vontade, são, muitas vezes, levados ao isolamento e à solidão.
Ao sentirem-se sós, tudo ao seu redor lhes parece hostil. As gerações mais jovens necessitam de cuidar do seu trabalho, da sua vida, e não lhes resta tempo para estarem com eles. Por outro lado, eles, os idosos, agora têm tempo, mas não têm ânimo e energia para novos projectos e ocupações. A mente divaga entre as reminiscências do passado, as preocupações do presente e as incertezas do futuro. Por isso, o salmista clamou a Deus: "Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares."
A minha palavra de reflexão de hoje vai primeiramente para si, que está a viver os dias de exuberância na saúde, nas energias e na disposição para os embates da vida. Dê hoje aos idosos, sejam da sua família ou não, toda a atenção, carinho e amor que vai querer receber quando lá chegar. Lembre-se: os dias passam bem depressa, e, se deseja chegar ao entardecer da vida com equilíbrio mental, com bem-estar físico, espiritual e financeiro, precisa de se preparar desde agora.
E você, querido amigo ou amiga, que já viveu longos anos, agradeça a Deus os anos vividos e ponha n'Ele toda a sua confiança. Anime-se, e ainda estabeleça metas e projectos que desafiem as suas energias e a sua força de vontade. Lembre-se de que em cada fase da vida nós podemos descobrir as coisas bonitas que nos motivam a viver alegres e confiantes em Deus. Que sejamos como as palmeiras que envelhecem mas crescem sempre!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PROVAI E VEDE

16 de Dezembro

"Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que n'Ele se refugia." Salmo 34:8

Se fizermos um balanço bem criterioso das coisas boas e más que acontecem na nossa vida, não tenho dúvida de que os bons acontecimentos sobrepujarão os maus. No entanto, se porventura isso não for assim na sua vida, alguma coisa especial precisa de ser considerada.
Veja só, vamos começar por lançar um olhar panorâmico para dentro de nós mesmos. Temos o privilégio de ser distinguidos dos animais, com um cérebro que nos dá a capacidade de raciocínio. Elaboramos cálculos, falamos e comunicamos entre nós de forma oral e escrita, vivemos o presente e planeamos o futuro. Isto tudo é algo de extraordinário e fantástico!
O milagre da vida renova-se em nós a cada pulsar do coração e cada vez que os pulmões se enchem de ar. Temos um laboratório no corpo, que transforma o ar, a água e os alimentos que ingerimos em energia e elementos úteis ao nosso metabolismo.
E depois, olhamos para fora e vemos a natureza pródiga que, no seu maravilhoso ciclo das estações, faz a semente brotar e a planta crescer e dar frutos para a nossa alimentação. E o mais maravilhoso é que faz tudo isso com graça e beleza enchendo o mundo de matizes, os mais variados, que encantam os nossos olhos. Houve uma mente superior que planeou e fez tudo isso para nós. E essa foi a mente criadora de Deus.
Pode ser que, lá no fundo do seu coração, esteja a questionar: "E as catástrofes, os acidentes, as doenças, as tristezas, as dores, as incompreensões e a morte?"
No Seu amor, Deus já tem solução para esses problemas. Eles existem por causa do pecado e Deus oferece-nos gratuitamente o Seu Filho para nos livrar do pecado e nos dar garantia de uma nova vida sem problemas. No plano divino, o restabelecimento final da saúde, da paz, da felicidade e da vida eterna do ser humano está prestes a concretizar-se. Será em breve, por ocasião da volta de Jesus.
Por isso David escreveu: "Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que n'Ele se refugia." Salmo 34:8.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O GRANDE TESOURO

15 de Dezembro

"O reino dos Céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra." Mateus 13:45, 46

Há algum tempo li a curiosa história de um pescador que, quando estava a pescar nas margens de uma lagoa, reparou em algo que brilhava. Por curiosidade, foi ver de que se tratava. Escavando com cuidado, descobriu que estava ali um pote de barro cheio de moedas antigas, com quase duzentos anos.
Aquelas centenas de moedas não valiam uma grande fortuna, mas se fossem vendidas para coleccionadores, sem dúvida, dariam ao feliz pescador um bom dinheiro. A história do pescador trouxe-me à lembrança as parábolas do tesouro escondido (Mateus 13:44) e da pérola de grande valor, apresentadas por Jesus aos Seus discípulos. Em ambos os casos, isto é, na parábola do tesouro que foi descoberto por um homem num campo que não lhe pertencia, como a de alguém que estava a pôr à venda uma pérola de grande valor, a nota predominante é o facto de os interessados em ter o tesouro, ou a pérola, venderem tudo o que possuíam a fim de terem os meios para adquirir o terreno onde estava o tesouro ou para comprar a pérola.
Jesus comparou o tesouro escondido e a pérola de grande valor ao reino dos Céus. Jesus queria dizer que compensa fazer tudo o que for necessário para adquirir o grande tesouro da Salvação. Alguns dizem que isto é um sacrifício, mas para os que têm como objectivo alcançar a eternidade e adquirir a maior fortuna que é a Salvação, nada do que Deus pede é um sacrifício. Tudo é feito com fé e amor.
Na realidade, o reino dos Céus é-nos oferecido gratuitamente pela graça de Cristo. Apenas precisamos de ter fé e aceitar o plano que Deus estabeleceu para nos salvar. Isto implica crer em Jesus e aceitar o Seu sacrifício como sendo o preço que Ele pagou para nos dar a fortuna da Vida Eterna.
O que é que mais espera Jesus da nossa parte? Unicamente o nosso amor. Amor que motive e substitua a desobediência, que no princípio expulsou Adão e Eva do paraíso, pela obediência sustentada pela Sua graça. Só assim seremos conduzidos de volta ao Lar Edénico.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O DONO FAZ A DIFERENÇA

14 de Dezembro

"Acaso não sabeis que o vosso corpo é o santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" I Coríntios 6:19

Não importa o carro, a casa, a máquina de lavar, a loja, ou mesmo um coração, o dono faz sempre a diferença.
Lembro-me de quando morava numa casa em que o vizinho era muito descuidado com a sua propriedade. A pintura da casa era velha e desbotada, as telhas eram sujas e quebradas, o portão, enferrujado e torto, e aquilo que um dia fora jardim, era um matagal com gatos e cachorros esfaimados vagueando de um lado para o outro.
Um certo dia, tudo começou a mudar. O telhado foi reparado e limpo, as paredes foram pintadas, as janelas, as portas e o portão foram reformados, o mato foi removido do jardim, um novo relvado foi plantado e lindas flores começaram a desabrochar. Era bom ver aquela transformação! O que fez a diferença? Simplesmente o novo dono da casa.
Com a vida dos seres humanos ocorre a mesma coisa. O 'dono' faz a diferença. No princípio, fomos criados por Deus e era desejo do Criador que tivéssemos uma vida linda, perfeita, feliz e eterna. O nosso corpo não deveria ter problemas de saúde e deveria ser belo em todos os aspectos. Ao deixar-se dominar pelo pecado, no entanto, o ser humano passou para as mãos de outro dono, Satanás, que tudo degenerou. O problema teve o seu início no coração (na mente) do homem, ao não utilizar com sabedoria a liberdade que o Criador lhe concedera. E, como do coração "procedem as saídas da vida" (Provérbios 4:23), com o pecado vieram todas as coisas más que tanto deformam o carácter e a vida dos seres humanos, levando-os até à morte.
A situação dos seres humanos, embora seja triste por causa do domínio do pecado, não é desesperadora. O Autor e Criador da nossa vida tem a solução. Ele dispôs-Se a comprar-nos e, para isso, pagou com o sacrifício do Seu próprio Filho. A Morte que merecíamos, Ele tomou-a para Si, a fim de que pudesse partilhar connosco a Vida que a Ele pertencia.
Como é bom deixar de viver sob a escravidão do pecado para viver sob a liberdade que Cristo nos concede mediante o Seu sacrifício! Paulo então recomenda-nos: "Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." I Coríntios 6:20.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PALAVRAS E ACTOS PRECIPITADOS

13 de Dezembro

"Convém que vos mantenhais calmos e nada façais precipitadamente." Actos 19:36

Bem poderiam ter sido escritas por Salomão as palavras da nossa meditação de hoje. Mas não. Elas foram pronunciadas pelo escrivão da cidade de Éfeso. Ele não era cristão e por certo seria um pagão. Motivada por Demétrio, que fazia nichos de prata da deusa Diana, a população de Éfeso insurgiu-se contra Paulo e a sua pregação. Durante quase duas horas, a uma só voz gritaram: "Grande é a Diana dos efésios!"
O escrivão da cidade, vendo que as coisas poderiam complicar-se aconselhou a multidão: "Vocês têm razão, mas mantenham a calma e não façam nada precipitadamente." Embora ele tenha errado na sua primeira afirmação, dando razão ao povo, acertou na segunda, pois falar ou agir precipitadamente é sempre um perigo. O que poderia ter acontecido com Paulo se o conselho do escrivão não tivesse sido acatado pela multidão enfurecida? Poderia ter sido ali o fim do seu ministério.
Sobre o falar precipitadamente, alguém disse: "Arrependo-me de muitas coisas que disse; mas raramente me tenho arrependido do que não falei." É nesse aspecto que o velho e sábio ditado é verdadeiro: 'Em boca fechada não entra mosquito'. Assim como nos actos, as palavras precipitadas têm sido a causa de inúmeros problemas nas famílias, nas igrejas, na sociedade, na política e até no relacionamento entre as nações. Corações têm sido feridos, laços conjugais têm sido desfeitos e amigos têm-se afastado. E como é humilhante, como temos visto na política, pessoas virem a público, não para reconhecer em que erraram, mas para se justificarem, dizendo que o que disseram não era bem aquilo que todos ouviram.
Salomão reservou uma dura palavra para os obstinados em falar precipitadamente: "Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele." Provérbios 29:20.
O discípulo João foi apelidado também de 'Filho do Trovão'. Podemos muito bem imaginar como teria sido a sua maneira de agir e de falar antes de receber a influência transformadora do amor de Jesus. Mas depois passou à história bíblica como o discípulo do amor. O poder que transformou João, também pode mudar para melhor o falar e o agir de qualquer pessoa hoje.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O MAIS LINDO RÓTULO

12 de Dezembro

"E, por todo um ano, [Barnabé e Paulo] se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos." Actos 11:26

É lindo! Pela vida que viviam, pelo exemplo que davam na comunidade de Antioquia, pela primeira vez os seguidores de Jesus foram rotulados de cristãos.
Sempre foi muito comum rotularmos as pessoas de acordo com a aparência: Quando pensamos em Zaqueu, logo nos vem à mente: 'baixinho'; Pedro: 'impulsivo', e assim por diante.
Na convivência diária com as pessoas que nos cercam e que nos são mais conhecidas, muitas vezes nos valemos dos 'rótulos' para caracterizar algumas delas. O interessante é que esses rótulos nem sempre são a expressão fiel da realidade. Às vezes são aplicados unicamente por causa de um acontecimento isolado do passado. Por exemplo: alguém teve a desdita de esquecer de pagar uma conta. Pronto! Para alguns essa pessoa já está rotulada de 'caloteiro'.
Por outro lado, como é lindo ver pessoas que passaram a ser conhecidas e rotuladas com distinção, por causa da vida que vivem e do exemplo que dão. Conheci uma senhora cujo nome era o mais comum, mas a sua vida era invulgar. Onde houvesse alguém carente ou necessitado, lá estava ela para ajudar. Não importava onde, nem como. Para ela, havia sempre uma maneira de auxiliar. Assim, por ser a mãe dos necessitados, carinhosamente todos a chamavam 'mamã Maria'.
Que honra para os seguidores de Jesus em Antioquia! O seu exemplo ao aceitarem e viverem a nova fé, embora estivessem cercados por praticantes dos costumes pagãos, emergiu como límpido lírio no meio do pântano e ali "foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos".
Vale a pena reflectir um pouco. Por que rótulo somos conhecidos na rua em que moramos, na escola em que estudamos, no supermercado onde compramos, no lugar onde trabalhamos? Quando nos vêem, eles lembram-se de que somos seguidores de Cristo? Que somos Cristãos? E que ansiamos pela Sua segunda vinda?

domingo, 11 de dezembro de 2011

MANIFESTANDO GRATIDÃO

11 de Dezembro

"Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo." João 12:3

A cena era de festa e alegria. Jesus estava numa ceia em Betânia, na casa de Simão, que fora leproso. Ali também estavam Lázaro e as suas irmãs: Marta, que como sempre ajudava a servir, e Maria.
No meio da festa, de repente, a casa é invadida por um suave e finíssimo aroma. Maria, que acabara de derramar o perfume em Jesus, tenta passar despercebida, mas é impossível, pois a agradável fragrância do perfume denuncia o seu gesto. Pretendera, como gratidão, oferecer a Jesus o que de melhor podia fazer, pois não era pouco o que Ele tinha feito por ela e pelo seu irmão Lázaro.
Maria não conseguiu manter a gratidão da sua alma dentro do seu peito. Aliás, gratidão escondida e não exteriorizada é ingratidão. Maria possuía no seu coração dois grandes motivos para ser grata a Jesus.
O primeiro foi o perdão e o reconhecimento que obtivera de Jesus quando fora levada à Sua presença e acusada de pecadora, por causa da sua vida dissoluta. Sem apoiar os erros que ela tinha praticado, Ele pediu que os que estivessem sem pecado lhe atirassem a primeira pedra. O perdão e a aceitação de Jesus, tinham mudado o rumo da sua vida. Agora vivia para a família, vivia para ser obediente a Deus.
O segundo motivo era a vida do seu próprio irmão. Jesus tinha-o ressuscitado. Por isso, todo o sacrifício que fizesse para exteriorizar a sua gratidão ainda lhe parecia pouco. Os trezentos denários, ou trezentas moedas de prata, que investira para adquirir o perfume e que hoje equivaleriam ao rendimento de trezentos dias de um trabalhador comum, ainda lhe parecia pouco. Nenhum dinheiro poderia pagar todo o bem que Jesus lhes fizera.
Tem motivos para agradecer a Jesus? Tem recebido a grande bênção do perdão dos seus pecados? Então, deixe que a gratidão da sua alma seja extravasada com alegria. Assim como o perfume de Maria encheu toda a casa, que a sua gratidão penetre por todos os lugares do seu lar, da sua igreja e da sua comunidade. Não dê ouvidos aos críticos, que vão dizer que está a fazer uma tolice e a aplicar mal o seu dinheiro. Seja grato e Jesus ficará contente. Ele vai dizer, como disse a Maria: "Tu fizeste uma boa acção!"

sábado, 10 de dezembro de 2011

O GRÃO DE TRIGO

10 de Dezembro

"Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto." João 12:24

Certa ocasião, alguns gregos que tinham ido a Jerusalém procuraram Filipe, discípulo de Jesus, suplicando que os encaminhassem ao Mestre. Filipe juntou-se a André e ambos foram comunicar o desejo dos gregos a Jesus.
As palavras que Jesus lhes disse na ocasião foram memoráveis. De forma concisa e objectiva, através de uma ilustração, apresentou-lhes o propósito da Sua vinda ao mundo; o Seu ministério; a Sua morte, e até o resultado do Seu trabalho, isto é, os Seus frutos. Jesus mencionou o verso bíblico de hoje: "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto."
Jesus queria dizer que Ele, a Semente divina do amor, plantada nesta terra de pecado, deveria morrer para fazer crescer no mundo a planta da Sua graça, através da qual muitos frutos seriam colhidos para a eternidade. Essa foi a grande lição que Jesus deixou aos Seus discípulos e aos gregos que desejavam conhecê-l'O.
No entanto, permita que eu me apegue apenas a esta pequena expressão de Jesus: "Se o grão de trigo não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto", para a aplicar também à nossa vida, tirando algumas lições para o nosso benefício espiritual.
Todo o ser humano, por nascer contaminado pelo pecado, tem no seu coração sementes do orgulho, da vaidade e da presunção. Se continuar com essas sementes vivas na sua vida, mais cedo ou mais tarde elas vão germinar, crescer e produzir os frutos correspondentes, que nos levarão à morte. Por outro lado, pela presença de Jesus no coração e pela fé, o orgulho e a presunção que são exteriorizados através de tantas formas de egoísmo serão mortificados. Então, a semente do amor e da graça, plantada por Jesus, vicejará na nossa vida e de imediato começará a produzir os frutos do Espírito - amor, longanimidade, benignidade, fé, mansidão, domínio próprio - e no futuro próximo o fruto da vida eterna.
Se porventura houver no seu coração alguma sementinha de egoísmo ou alguma filosofia própria que tem impedido que a semente do amor de Jesus brote na sua vida, abra o seu coração e deixe Jesus entrar. Ele transformará o seu coração e dar-lhe-á a paz e a confiança de que a sua vida eterna já está assegurada.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FIDELIDADE À BÍBLIA

9 de Dezembro

"Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." Hebreus 4:12

Nas últimas assembleias mundiais da Igreja Adventista do 7º Dia, achei interessante o sistema de tradução simultânea que se adoptou para que todos os delegados pudessem acompanhar e entender os oradores que se apresentavam. Os tradutores localizavam-se em cabines especiais, e simultaneamente transmitiam a tradução por frequências diferentes em ondas FM de rádio. Os congressistas, com os seus pequenos aparelhos de rádio e fones de ouvido, sintonizavam a sua língua e acompanhavam toda a programação.
Presente numa dessas reuniões mundiais, com mais de duzentos países ali representados, fiquei a pensar: "O que aconteceria se cada tradutor, em vez de traduzir com fidelidade a mensagem do orador, dissesse o que lhe apetecesse?" Seria uma confusão, não é verdade?
Acerca da Bíblia Sagrada, há muitas pessoas que pensam que podem comportar-se como se fossem tradutores com plena liberdade. Lêem uma coisa e transmitem outra. São aquelas que dizem: "A Bíblia diz assim, mas eu acho que é diferente." Dessa forma, torcem o significado do texto bíblico, fazendo com que a Bíblia diga aquilo que eles querem dizer, e não a mensagem pura vinda de Deus, através dos Seus servos, os profetas. Essa prática tem contribuído largamente para ampliar a multiplicação dos credos e filosofias religiosas no mundo.
Ao ler a Bíblia, precisamos de deixar que ela se explique a si mesma. E o profeta Isaías sugere um bom método de estudo e pesquisa. Não ficarmos presos a um texto isolado, sem o entendermos. Ele diz: "Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali." Isaías 28:10.
Cumpre-nos, sim, pedir a iluminação do Espírito Santo quando abrirmos a Palavra de Deus para ler. Então, veremos que a luz do entendimento brilhará na nossa mente. Sentiremos, pela nossa própria experiência, que ao buscarmos com sinceridade conhecer a vontade de Deus para a nossa vida, "a vereda dos justos [será] como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Provérbios 4:18.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TEMPO PARA OS FILHOS

8 de Dezembro

"Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados." Colossenses 3:21

Creio que não existe coisa que mais irrite um filho do que ser órfão de pai vivo. Sim, não estranhe o que acabo de afirmar! Acompanhe esta pequena história:
Após um dia muito atarefado no escritório da empresa, o pai desfrutava de alguns momentos de descontracção. Sentado confortavelmente no sofá da sala, lia o jornal do dia. Naquele instante, entra em cena o filho pré-adolescente. Chegando por trás toca-lhe nos ombros e diz: "Papá, papá!"
O pai, sem tirar os olhos do jornal, responde: "O que queres filho, quanto é que queres?" O rapazinho disse então: "Papá, eu não quero dinheiro, quero-te a ti!"
Diálogos semelhantes poderiam ser multiplicados através das formas mais variadas, revelando sempre uma mesma verdade: Há inúmeros lares em que o pai, a mãe ou ambos andam tão atarefados na corrida diária em busca do sucesso financeiro ou profissional, que não têm tempo para dedicar aos filhos. E muitos pensam que atendendo às suas solicitações de dinheiro, já estão a resolver os seus problemas.
"Papá, eu não quero dinheiro, eu quero-te a ti!" Este é o clamor de muitos filhos. Temos que entender que não existe tempo mais bem empregue por um pai ou uma mãe do que aquele que dedica a um filho. Para atender a esse clamor, quão importante é que haja planeamento e força de vontade da parte dos pais para dar prioridade à atenção que os filhos merecem.
Digo planeamento porque os pais deveriam colocar no seu programa diário algum tempo dedicado especialmente para os filhos. Isso deveria ser algo tão importante e sagrado como o compromisso que se tem com o trabalho. Neste aspecto, é bom lembrar que a qualidade do tempo que se dedica aos filhos é mais importante do que a quantidade.
Há que se ter também, além de planos para dedicar tempo aos filhos, persistência para os cumprir. Nunca é tarde demais para dedicar tempo, amor e carinho aos filhos. Eles vão retribuir-nos no tempo certo tudo o que investirmos neles. Eles saberão reconhecer que lhes demos aquilo que dinheiro algum pode comprar - amor.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

DECISÃO X INDECISÃO

7 de Dezembro

"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu." I Reis 18:21

A figura usada por Elias para representar a indecisão do seu povo em seguir Deus foi bastante forte. Ele tinha razão, pois poucas coisas podem ocasionar maiores problemas ou prejuízos a alguém do que a falta de vontade ou de coragem para tomar uma decisão.
Se nos negócios ou na vida profissional a indecisão pode representar perdas de ganho ou prejuízo, em se tratando de escolhas espirituais as implicações são muito sérias, pois podem levar à perda da vida eterna.
Conta-se que certo homem, perante as necessidades que se abateram sobre o país onde tinha nascido, viu-se obrigado a ir para outro país para sobreviver. Aconteceu que estando nessa nova terra, os dois países entraram em guerra. Agora o pobre homem estava diante de um terrível dilema: Qual dos dois países iria ele defender?
Um lado era muito importante para ele porque era o seu torrão natal. Como qualquer um de nós, ele amava muito o seu país. Mas o outro lado era exactamente o país que tinha aberto os braços para o acolher justamente quando mais necessitava.
Que dilema! Quão difícil era tomar uma decisão. Foi então que teve uma ideia, que achou que seria genial. Fez uma roupa especial. A camisa tinha as cores de um país e as calças as cores da bandeira do outro país. Resultado: Ao sair de casa foi metralhado pelos adeptos dos dois países. Cada um atirou sobre as cores do outro.
Em se tratando de decisão espiritual não existe neutralidade. Não pode posicionar-se em cima do muro e dizer que não é a favor nem contra. Jesus mesmo disse: "Quem não é por Mim é contra Mim; e quem Comigo não ajunta, espalha." Mateus 12:30.
É muito significativo o que Jesus dizia a todos: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue; dia a dia tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por Minha causa, esse a salvará." Lucas 9:23, 24.
Para tomar decisões importantes precisamos de ter coragem. Mas vale a pena, especialmente se a decisão redundar em vida eterna.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ANSIEDADES E ANGÚSTIAS

6 de Dezembro

"Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hebreus 7 :25

Vivemos num mundo tão complicado, que são inúmeros os motivos que nos podem levar a ser envolvidos por preocupações. Estas, ao se somarem, acabam por nos atirar para o fundo do poço das ansiedades e angústias. E como é difícil uma pessoa sair desse poço!
Os motivos das preocupações vêm das mais variadas fontes: trabalho, doenças, estudos, filhos, dívidas, problemas no lar e, por vezes, o mais sério: alguns fracassos espirituais.
Ao analisarmos com isenção de ânimo a situação, chegamos à conclusão de que todo aquele que se encontra no fundo do poço, no meio de ansiedades e angústias, está ansioso por encontrar alguém que compreenda a sua situação e lhe possa estender a mão, ajudando-o a livrar-se dos seus problemas.
Os que confiam em Deus sabem que Jesus pode muito bem ajudá-los. Ele já passou por momentos piores e mais difíceis do que os que, por vezes, enfrentamos. Sem que Ele merecesse foi traído, sofreu injúrias, foi açoitado, cuspiram-Lhe no rosto, colocaram na Sua cabeça uma coroa de espinhos e, por fim, foi condenado à morte. Cravaram-n'O na cruz com pregos que lhe furaram as mãos e os pés. E, no meio de todas essas angustiosas dores, ainda conseguiu exclamar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem." Depois foi morto, é verdade, mas a Sua morte é para nós hoje o penhor da nossa vitória e da libertação das nossas angústias.
Esse mesmo Jesus que morreu e ressuscitou, hoje está no Céu. Está junto ao trono de Deus, à direita do Pai, pronto para realizar o Seu importante trabalho de intercessão por nós. O verso de hoje, extraído da carta aos Hebreus, diz que não existe causa perdida para os que se chegam a Deus através de Jesus Cristo, o Intercessor. Este facto emerge com mais força e importância para nós, dado que Jesus já passou pelas nossas angústias. Ele compreende as nossas dores e aflições.
Por isso, pelo amor que Deus tem pelo Seu Filho, que intercede por nós, e pelo infinito amor que Ele também tem revelado pelos seres humanos, o profeta Isaías escreveu: "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o Seu ouvido, para não poder ouvir." Isaías 59:1.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A BELA ARTE DE SER CRISTÃO

5 de Dezembro

"O que ama a pureza do coração e tem graça nos seus lábios terá por amigo o Rei." Provérbios 22:11

Ser cristão - isto é, ser um seguidor fiel e sincero de Cristo - é uma das experiências mais lindas e dignas que o homem pode experimentar. No entanto, nestes dias em que vivemos, quando os valores éticos e morais aceites pela sociedade passam por transformações e até inversões radicais, confesso que não é nada fácil seguir as pegadas de Jesus. Hoje a sociedade, como numa avalanche, posiciona-se em direcção oposta a muitos ensinos e recomendações propostos por Jesus.
Pensemos, por exemplo, na castidade para os solteiros e na fidelidade matrimonial para os casados. Eis aí um assunto considerado ultrapassado pelo mundo. No entanto, os que criticam e desdenham da firme posição dos fiéis cristãos não podem negar que há entre estes um alto índice de felicidade, e um baixíssimo, e quase inexistente, índice de Sida e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Convenhamos, só estes dois factores já seriam o suficiente para se dizer que é uma bênção ser um bom cristão.
Compreendemos que não é nada fácil nadar contra a corrente. Pior ainda quando as ondas dos novos costumes são divulgadas com tanta impetuosidade pelos fartos meios de comunicação dos nossos dias. O bombardeio é feito por todos os lados, valorizando a infidelidade, a esperteza, a mentira e a deslealdade. Com isto, lançam-se por terra as boas virtudes, que são o sustentáculo de uma sociedade saudável e feliz.
Pelo amor que tem a si mesmo, à sua família e ao seu Deus, convido-o a destemidamente posicionar-se ao lado de Jesus. Sei muito bem que isto é uma decisão heróica e difícil, mas é altamente compensadora. Para aqueles que têm visão curta e limitada e que vêem apenas o hoje, isto parecerá uma perda e restrições. Mas aqueles que se preocupam também com o amanhã e a eternidade estão a investir no melhor negócio que pode haver. Hoje poderá surgir alguma tribulação, mas o amanhã será a glória, a alegria e a eterna felicidade.
Muito em breve o Rei de todo o Universo vai estar diante dos portais da eternidade para dar as boas-vindas aos Seus amigos, aqueles que se mantiveram puros, fiéis aos Seus ensinos e que foram gentis e corteses para com o próximo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

DA DERROTA À VITÓRIA

4 de Dezembro

"Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se Comigo no Meu trono, assim como também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:21

Há inúmeras pessoas que em face de um revés na vida desanimam e voltam à vala comum dos conformados e que, sem entusiasmo, não aspiram mais coisa alguma na vida. Por outro lado, o mundo também está repleto de exemplos de pessoas que aproveitaram os incidentes para iniciarem uma nova vida vitoriosa e útil.
Foi no dia 15 de Março de 1945, em plena Segunda Guerra Mundial, que W. Calvin Williams caminhava perto de um tanque de guerra, na França, quando este bateu numa mina e a explosão fez com que ele ficasse permanentemente cego.
Para ele, seria normal e cómodo pensar: "Agora sou um cego. É dever do governo e da sociedade manter-me." Entretanto, isso não impediu que Williams prosseguisse no seu objectivo de se tornar um pastor e conselheiro. Fez o seu curso de Teologia com distinção e chegou a dizer que a cegueira era até uma vantagem para a sua vocação. "Jamais julgarei pela aparência. A minha cegueira ajudar-me-á a que nunca me afaste de alguém por causa do seu aspecto. Desejo ser o tipo de indivíduo que, ao ser procurado pelos outros, lhes inspire um sentimento de confiança e segurança para que falem com franqueza."
Que magnífico exemplo vivo de como uma dura e cruel adversidade pode transformar-se em vitória, não é verdade?
Vejamos agora a preciosa recomendação que Ellen G. White nos deixou: "Se cometestes erros, podeis alcançar a vitoria discernindo tais erros e considerando-os como sinais de advertência para habilitar-vos a evitar a sua repetição. Não é necessário dizer-vos que isso transformará a vossa derrota em vitória, desapontando o inimigo e honrando o vosso Redentor, a quem pertenceis." - Fundamentos da Educação Cristã, pág. 249.
Que em vez de ficarmos cabisbaixos, lamentando-nos por algum erro ou problema no qual nos envolvemos, procuremos tirar lições, ideias, conseguir, talvez, um subsídio para iniciar então novos caminhos para a vitória. Por mais emaranhada que esteja uma vida, não existe nó que Deus não desate; por mais duro e manchado que esteja um coração, Jesus tem poder para transformar, purificar e embelezar essa vida com a Sua graça.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A FORMATURA UNIVERSAL

3 de Dezembro

"E todas as nações serão reunidas na Sua presença, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas." Mateus 25:32

Em todos os fins de ano as cerimónias de formatura repetem-se. Os formandos são só sorrisos. São a exteriorização da alegria que transborda da sua alma pela vitória alcançada. Os pais não conseguem esconder aquele sentimento de orgulho e alívio. Orgulho, porque o filho conseguiu ultrapassar com sucesso mais uma etapa na vida. Alívio, porque a vitória significa o fim de pesadas despesas com a educação. Da parte dos professores e directores, percebe-se a satisfação de uma tarefa concluída, acompanhada de um místico sentimento de nostalgia pela despedida de alguém que, depois de anos de convivência, parte para os embates da vida.
Os aprovados estão ali com a vitória assegurada e com mil expectativas de uma nova vida por começar. Os reprovados, pesarosos e tristes, amargam na alma o peso das oportunidades desperdiçadas. Nuvens negras escurecem o seu futuro e barram-lhes o caminho da vida.
Deus também está a realizar os Seus testes com a humanidade, a fim de saber quem será aprovado para a vida eterna. Para ilustrar essa escolha que Deus está a fazer, Jesus usou a figura da selecção de ovelhas de um rebanho: "Quando vier o Filho do homem na Sua majestade e todos os anjos com Ele, então, Se assentará no trono da Sua glória; e todas as nações serão reunidas na Sua presença, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas." Mateus 25:31, 32.
O teste que Deus usa para aprovação é simples e objectivo. Em João 17:3 Jesus disse: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Os que aceitarem Cristo como o seu Salvador pessoal e Deus como o único Deus verdadeiro serão colocados à direita e aprovados para a vida eterna.
Embora o processo de escolha seja simples na sua forma, ele é maravilhoso, nobre e importantíssimo na sua prática. Implica aceitar para a nossa vida a liderança divina, que deverá nortear todos os nossos actos.
Preparemo-nos para a maior formatura de todo o Universo. Será a nossa graduação para a vida eterna. Aceitemos a liderança de Jesus para a nossa vida aqui, e a aprovação para a eternidade estará assegurada.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PORQUE FALHEI? PODEREI VENCER?

2 de Dezebro

"Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio d'Aquele que nos amou." Romanos 8:37

Porque falhei? Porque não consegui? Creio que estas perguntas já afloraram à nossa mente em muitas ocasiões. Tínhamos feito um firme propósito; mas logo a seguir, quando deveríamos dar novo rumo às coisas, com um comportamento diferente, falhámos. Então o desânimo e o sentimento de impotência tomou conta do nosso coração. Às vezes, prostrados e cabisbaixos, fomos levados a pensar: "Sou um fracassado, não consigo, não tenho forças. Não vai dar!"
Esta questão pode ser ilustrada com as coisas simples e corriqueiras da vida, como por exemplo: a decisão que fizemos de evitar o uso de refeições rápidas com refrigerantes, não recomendáveis para a saúde. Ou decisões mais sérias e importantes, como: fidelidade nos dízimos, regularidade na frequência aos cultos da igreja, ou propósitos tomados no sentido de diariamente nos alimentarmos da Palavra de Deus. Enfim, cada um de nós tem sempre em mente algum desejo de algo que desejaria melhorar na vida, mas que não conseguimos. A seguir vamos ver alguns pontos que servem para os que desejam sair vitoriosos:
Primeiro: Tome a decisão e aja imediatamente. Não pense em estabelecer a sua decisão aos poucos. Não! A resolução tomada deve ser implantada prontamente, senão desgasta-se.
Segundo: Não acaricie secretamente o desejo de voltar atrás. Faça da sua resolução um desejo autêntico, leal e de benefícios conscientes e reais, quer sejam para o seu corpo, para melhorar o seu relacionamento social, profissional ou para a sua vida espiritual. Lembre-se: o seu corpo deve ser controlado pela sua mente, a sua razão - dirigida por princípios e sob a orientação do Espírito de Deus - e não pelos seus gostos e sentimentos.
Terceiro: Use a sua força de vontade e diga para si mesmo: Com o poder de Deus vou vencer!
Deus tem recursos de forças sobrenaturais que estão à nossa disposição, desde que as desejemos e humildemente as busquemos com fé, em oração. Assim, coloque nas mãos de Deus os seus desejos, e Ele, na Sua infinita sabedoria, bondade e amor, vai dar-lhe sempre o melhor. Repita com fé as palavras de Paulo: "Posso todas as coisas n'Aquele que me fortalece." Filipenses 4:13.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PERDOAR E ESQUECER

1 de Dezembro

"Eu, Eu mesmo, sou 0 que apago as tuas transgressões por amor de Mim e dos teus pecados não Me lembro." Isaías 43:25

"Perdoar, até que perdoo, mas esquecer, aí a questão é mais difícil." Já ouvimos essa ou outras frases semelhantes muitas vezes, não é verdade?
Ao sermos injuriados, traídos, maltratados, iludidos, ou tendo recebido qualquer ofensa moral ou física da parte de outra pessoa, temos que admitir que se não é fácil perdoar, é muito mais difícil esquecer. É exactamente nesse ponto que entra a magnanimidade e a grandeza do amor de Deus. Esse bondoso acto divino de apagar os nossos erros e pecados, e deles não mais se lembrar, é de um alcance tão grande que eu o convidaria a deter-se um pouco para pensar no assunto.
Primeiro: O perdão divino traz um enorme alívio ao coração daquele que é perdoado. O sentimento de culpa que lhe provocava um grande peso à consciência, agora cede lugar à alegria e à disposição de viver uma nova vida, sem os espinhos a ferir a consciência pelos erros e pecados do passado.
Segundo: Os erros e pecados do passado são apagados por Deus nos registos celestiais. Uma nova página é aberta para registar as memórias dos bons actos daqueles que passam a ter o nome escrito no livro da vida. E é por isso que Jesus disse que "haverá mais júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento". Lucas 15:7.
Terceiro: Aqueles que vivem ao nosso redor também passam a sentir o impacto da transformação da nossa vida. Recebemos o perdão e mudamos de vida. Agora, o amor de Deus e a graça bondosa do Seu Filho Jesus estão connosco. Somos novas pessoas, dispostas a amar os outros como somos amados por Deus. Transformados pelo amor de Deus, temos disposição de perdoar os que nos ofendem e até de esquecer as suas ofensas.
Que o amor de Deus esteja no nosso coração para nos garantir o perdão dos nossos erros e pecados, e para nos dar forças para perdoar aos que nos ofenderem.