sábado, 30 de abril de 2011

PAZ DE ESPÍRITO

30 de Abril

"Melhor é o pouco, com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação." Provérbios 15:16

Pensemos um pouco sobre estas palavras: trabalho, bens e paz de espírito. São três coisas importantíssimas na vida. Quando, ao longo da nossa existência, conseguimos ter o tabalho que nos satisfaça, que nos dê alegria e prazer, e além do mais o rendimento para a manutenção própria e da família de forma honrada e confortável, então sentimo-nos recompensados.
O difícil é encontrarmos o ponto de equilíbrio entre o trabalho que realizamos, os bens que desejamos e a paz de espírito de que necessitamos. O trabalho em excesso pode trazer consigo não apenas o desgaste físico e mental, mas também o gradual afastamento d'Aquele que nos dá a verdadeira paz. Isto pode ocorrer tanto com os que exercem trabalhos intelectuais e sedentários, como com os outros. Por outro lado, a preocupação com a aquisição de bens como casas, carros, móveis e até mesmo a corrida para acompanhar a moda, pode gerar conflitos interiores e ansiedades que se vão reflectir na instabilidade emocional e no roubo da saúde e da paz espiritual por que tanto ansiamos.
Geralmente a procura dessas coisas mencionadas, acaba por ser algo desenfreado e insaciável. Pois, se não estivermos atentos, nunca nos vamos contentar com o que temos. A palavra inspirada diz: "Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda." Eclesiastes 5:10.
É por isso que o sábio conselho bíblico é muito valioso para cada um de nós nos dias de hoje: "Melhor é uma mão cheia de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e aflição de espírito." Eclesiastes 4:6.
A Bíblia Sagrada não nos ensina a ser displicentes com os bens materiais e connosco mesmos na nossa aparência. A advertência que ela nos traz é no sentido de evitar dar prioridade a essas coisas em detrimento do bem maior que é a paz de espírito, conseguida com uma vida voltada para os interesses eternos, e não para as coisas materiais. Nessa questão, o pouco com Deus é tudo; enquanto que o muito sem Deus poderá não valer nada.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O TELEFONE DE DEUS

29 de Abril

"Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7

Há tempos atrás precisei muito de falar com uma pessoa do Rio de Janeiro. Tentei fazer a ligação telefónica mais de vinte vezes; porém, a linha estava sempre ocupada. Enquanto aguardava a ligação, comecei a folhear uma revista e deparei-me com uma interessante propaganda de um programa de oração, cujo título dizia o seguinte: "O telefone de Deus nunca está ocupado."
Esta pequena frase soou bem forte na minha mente! Os sistemas humanos de comunicação nunca são perfeitos. É verdade que nos últimos anos os sistemas de telecomunicações tiveram aperfeiçoamentos fantásticos. Vieram os satélites, as fibras ópticas, etc. No entanto, quando muitas pessoas ligam ao mesmo tempo para o mesmo número, vem o congestionamento e será difícil a ligação. É maravilhoso e confortador saber que o telefone de Deus nunca está ocupado.
Não importa a hora, não importa o motivo que o leve a ligar para Ele e não importa quantas pessoas naquele mesmo instante estejam a falar com Ele. O telefone de Deus - a oração - nunca está ocupado. Deus está sempre pronto a ouvir e a responder, quer seja o balbuciar de uma pequenina criança ou a prece emocionada de um encanecido ancião.
Se todos os habitantes da Terra desejassem orar a Deus ao mesmo tempo, Ele teria capacidade para ouvir a todos. E o que é mais importante: teria também recursos para atender todos. Sabe porque é que Ele teria essas condições? Primeiro, porque Ele é omnisciente. Conhece tudo, sabe tudo. Segundo, Ele é omnipotente. Isto quer dizer que Ele pode fazer tudo o que desejar.
Isto estimula-me e encoraja-me a valer-me da oportunidade que Deus me dá de falar com Ele em oração! No entanto, para que essa ligação telefónica - a comunicação com Deus através da oração - seja eficaz, é preciso ter fé. Ter fé não é mais do que estar em perfeita sintonia com Deus. Então as suas orações serão ouvidas e atendidas. Ligue para Deus!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PARTILHAR O AMOR

28 de Abril

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mateus 22:39

O amor a Deus cresce à medida que é partilhado. Se não for repartido logo morrerá. É por isso que as actividades em favor do próximo devem ocupar um lugar importante na vida de todo o cristão. E convenhamos, há um número ilimitado de acções com as quais podemos identificar-nos e envolver-nos.
Não basta vivermos uma vida religiosa voltada unicamente para as actividades e reuniões da igreja. Embora isso seja importante, os nossos actos podem acabar por cair na vala do lugar comum e da formalidade. O cristianismo vivido de mangas arregaçadas - isto é, em actividades em favor dos outros - é o argumento mais poderoso do evangelho. Nesse acto há um duplo benefício. São favorecidos quem pratica a boa acção e quem a recebe.
Conta-se a história de um homem que viajava num dia de Inverno. Por causa de uma profunda e abundante neve, ficou entorpecido com o frio. A sua vontade de continuar estava a ser imperceptivelmente minada. Nessa altura ouviu os apelos de outro viajante que estava a morrer de frio. Encontrou-o quase desfalecido. Esfregando-lhe os membros quase enregelados, tentou colocar o pobre homem de pé; porém, ele não tinha forças para se sustentar. Não tendo outra saída, tentou pegar nele. Fez isto suportando o seu peso através de montes de neve que nunca imaginava ser capaz de atravessar. Ao chegar a um lugar seguro, surpreendeu-se ao perceber quão quente estava o seu corpo. Graças a isso, aquecera o pobre homem moribundo, salvando-lhe a vida.
Em todos os lugares podemos encontrar pessoas necessitadas. Na nossa própria comunidade existem aqueles a quem a esperança foi tirada - a esses devemos dar calor. Muitos, devido às frustradas tentativas de vencer, têm perdido até a coragem de lutar - a estes devemos dizer palavras de conforto, ânimo e encorajamento. Há os que têm necessidades físicas e materiais - com estes vamos repartir um pouco do que temos. Existem aqueles cujo coração está aberto à Palavra de Deus - vamos levar-lhes o Pão da Vida.
"O amor é uma planta de origem celeste, e precisa de ser cultivada e nutrida. Corações afectivos, palavras verdadeiras, amáveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar a todos quantos entram na esfera dessa influência." Ellen White.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

SEXO E AMOR

27 de Abril

"Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e a mulher, estavam nus e não se envergonhavam." Génesis 2:24, 25

Adão e Eva viviam num estado de perfeita pureza moral, antes da entrada do pecado no mundo. Não havia na mente deles qualquer preocupação por estarem nus no jardim do Éden. Todavia, a ingenuidade e a pureza cederam lugar à malícia e ao pecado. Com o decorrer dos séculos Satanás tem explorado de tal forma as vis paixões, que recentemente uma psicóloga norte-americana, descrevendo esse facto com palavras simples, mas como um autêntico retrato da sociedade do mundo, disse: "A mulher explora o sexo porque o que ela realmente deseja é o amor, enquanto o homem explora o amor, porque o que ele realmente deseja é o sexo."
É claro que essa declaração não é verdadeira para todas as pessoas. Entretanto, temos que ser sinceros e honestos em reconhecer que ela traduz uma realidade quase universal entre os seres humanos. E como é triste ver o pecado aviltando algo tão belo da natureza humana!
Foi Deus quem criou o homem e a mulher com todas as características distintivas dos dois sexos. No entanto, o ser humano não é um animal como os outros. O homem é racional, inteligente e moral. Ele não é impelido só por instintos como os animais. É regido por princípios morais e por leis que devem nortear a sua conduta.
Quando, no monte Sinai, Deus escreveu o sétimo mandamento: "Não adulterarás", Ele queria dizer exactamente aquilo que qualquer um entende: O relacionamento sexual só deve existir dentro dos limites do matrimónio, entre marido e mulher.
Podemos inventar mil argumentos diferentes. Podemos até racionalizar esta questão alegando questões biológicas, sociológicas, etc. Mesmo assim, qualquer relacionamento sexual fora do casamento entre um homem e uma mulher é transgressão da lei divina, e, consequentemente, pecado.
Nos bons tempos de líder JA (Juventude Adventista), lembro-me do conselho que o meu amigo, Pr Léo Ranzolin, costumava dar aos jovens: "Pureza até ao altar e fidelidade até à morte." Se esse conselho for observado, quantos e quantos males poderão ser evitados!

terça-feira, 26 de abril de 2011

TUDO É DO SENHOR

26 de Abril

"Ao Senhor pertence a Terra e tudo o que ela contém, o mundo e os que nele habitam." Salmo 24:1

Se há alguma coisa que enche os olhos de pais e avós é ver as crianças brincarem com sapatos e roupas como se fossem adultos. Somos até capazes de imaginar o que estará a passar-se pelas suas cabecinhas quando vestem aquelas roupas desajeitadas no exterior, e ainda desfilam andando com ares felizes e elegantes.
No entanto, a brincadeira pode perder toda a elegância num instante quando duas crianças desejam ao mesmo tempo uma peça de roupa, sapatos ou um adorno qualquer. Cada uma quer gritar mais forte do que a outra: "É meu, é meu."
É nesse instante que entra em cena a mãe, que solenemente pergunta: "De quem é essa roupa?" Então, podemos imaginar as crianças entreolhando-se e trocando o semblante rancoroso que tinham antes por um sorriso de reconhecimento. Afrouxando a mão, entregam a peça de roupa à mãe e dizem a uma só voz: "É do papá".
A história dessas crianças traz-nos à lembrança o que acontece constantemente com os adultos em todos os lugares do mundo. No afã de nos cercarmos de conforto, envolvemo-nos numa luta desenfreada, com o objectivo de se ter sempre o máximo e o melhor de tudo. Sob alguns aspectos esse desejo é legítimo, útil e nobre. Foi Deus que colocou em cada ser humano esse desejo de satisfazer as necessidades básicas. No entanto, quando esses desejos ultrapassam as barreiras naturais, excedem os limites e atingem o egoísmo, a vaidade, o luxo e a ostentação, então é sinal de que estamos com problemas. E o que sobra e é esbanjado por alguns, falta para muitos.
Deus recompensa com bens os esforços daqueles que se dedicam e se esmeram nos trabalhos que executam. Que sejamos idóneos e compreensivos e que nunca nos esqueçamos de que tudo pertence a Deus. Somos apenas simples mordomos que administram aquilo que é colocado nas nossas mãos. Que essa lembrança nos leve a olhar com carinho, amor e reconhecimento para todos os bens que Deus nos confiar e que os administremos sabiamente.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

SERÁ QUE NINGUÉM ME AMA?

25 de Abril

"Esperei confiantemente pelo Senhor, Ele Se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro." Salmo 40:1

O rei David, quando mergulhado nos problemas, clamava pela ajuda divina e com plena confiança esperava pelo socorro. Há pessoas que não têm essa fé. Não há muito tempo, ocorreu um dramático e trágico incidente no centro da cidade de Dallas, Texas, EUA. Gritando com todas as forças dos seus pulmões: "Ninguém me ama, ninguém me ama!", Bill Haynes, de 34 anos, caminhou para o meio de um movimentado cruzamento e lançou-se para a frente do tráfego que se aproximava. Pouco antes de ser atingido por um veículo em grande velocidade, ele ergueu a cabeça até à altura do pára-choques. A carrinha lançou-se sobre ele, arrastando-o por uns oito metros, matando-o instantaneamente. O polícia que tomou conta da ocorrência declarou simplesmente ter sido um caso de suicídio.
Não conhecemos as circunstâncias que levaram Bill Haynes a sentir-se tão desesperado que desejasse morrer. Sabemos, porém, que nos nossos dias há muitas pessoas que sentem pesados fardos sobre o coração. Para eles, o céu parece carregado de nuvens negras e ameaçadoras. Não têm alegria, não têm paz, não têm esperança, e a vida parece não ter sentido algum.
Conhece alguém que se sente angustiado e cansado de viver? Aproxime-se dele. Coloque-lhe a mão no ombro. Ouça-o, anime-o, conforte-o e dê-lhe, não apenas a mão, mas a companhia de que tanto necessita. Ele precisa de alguém que o ajude a ter os olhos abertos para poder ver um pouco além das nuvens negras que toldam a sua visão. Tal pessoa precisa de saber que não existe problema insolúvel para Deus. Pois, além de Deus ter nas Suas mãos todo o poder, Ele é amor. E quando o Seu infinito amor move os potentes braços da Sua misericórdia, Ele opera autênticas maravilhas em favor dos necessitados. Entretanto,o necessitado precisa de saber disso e de querer receber a ajuda divina. Deus espera que sejamos a extensão da mão de Jesus para auxiliar essas pessoas.
Mas, se porventura, é você quem está a sentir-me cansado e com o corpo vergado por causa dos problemas e preocupações da vida; se se sente isolado de todos e de tudo, com aquela profunda sensação de que ninguém o ama, quero que nesta hora sinta sobre o seu ombro a mão bondosa e amiga de Jesus. Ouça o que Ele tem para lhe dizer: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28.

domingo, 24 de abril de 2011

SER O PRIMEIRO

24 de Abril

"Então Jesus, chamando-os disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva." Mateus 20:25, 26

Nas suas eficientes aulas sobre motivação, o professor Maurício Góes costumava descrever como o mundo competitivo em que vivemos considera o sucesso: "Devemos procurar ser o primeiro, porque o segundo é o primeiro dos últimos."
Esta afirmação é válida sob vários ângulos. Muitos são capazes de se lembrar de quem foi o primeiro homem a ir à Lua; quem foi o campeão mundial da última taça; mas, quem foi o segundo? O mundo confere glória sempre ao primeiro. Esta é a forma humana de encarar os factos. É a vaidade humana e o egoísmo que motivam este comportamento. Por natureza, somos possessivos, dominantes, e isso impele-nos a procurar o destaque e a querer ser o mais importante.
Quão diferente foi o exemplo deixado por Jesus. Sendo o Criador, Mantenedor e Rei de todo o Universo, despojou-Se de toda a Sua glória para vir ao mundo a fim de mostrar aos seres humanos os verdadeiros valores da vida. Ele disse: "Tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos." Mateus 20:18.
Jesus jamis Se insurgiu contra a ordem, o governo e a hierarquia. Não! O que o Grande Mestre nos quis ensinar foi que quanto maior é a responsabilidade que uma pessoa detém nas suas mãos, maior é o seu dever de servir.
Nos nosso Clubes de Desbravadores há uma filosofia de trabalho que deve orientar os líderes na promoção das actividades com os adolescentes: Evitar a competição e desenvolver em cada criança a ideia de que ela deve competir consigo mesma, desenvolvendo a fraternidade, o companheirismo cristão e o espírito de serviço. Eis aí uma filosofia que serve de inspiração para todos!
Qualquer que seja a responsabilidade que venhamos a ter, como cristãos, deveremos sempre lembrar-nos de que estamos aqui para servir. Há um Ser superior, Deus, a quem teremos de prestar contas um dia. Deixemos que Jesus seja o primeiro na nossa vida.

sábado, 23 de abril de 2011

SEM LENHA, O FOGO APAGA-SE

23 de Abril

"Sem lenha, o fogo apaga-se; e, não havendo maldizente, cessa a contenda." Provérbios 26:20

Creio que quase todas as pessoas, pelo menos uma vez na vida, já brincaram com as pedras de um jogo de dominó. Pode ter sido quando eram crianças ou a brincar com os filhos ou netos. Primeiro colocam-se as pedras em pé, uma atrás da outra, formando uma longa fila. Depois vem aquilo que dá alegria e satisfação às crianças. Com um leve toque derruba-se a primeira pedra, que em cadeia vai derrubando todas as outras sucessivamente.
Há duas maneiras de evitar que as pedras caiam. Não dar o toque inicial, ou então é só tirar um pedra do meio, e a partir daí as outras deixam de bater e cair.
Esta brincadeira ensina-nos uma lição muito preciosa. Um dos maiores problemas das famílias e da sociedade em geral é a maledicência. São aquelas conversinhas fiadas: "Sabes, eu não vi, mas andam por aí a dizer que..." Vulgarmente o povo chama a isso bisbilhotices. Sabemos muito bem o mal que pode ocasionar a uma pessoa a às vezes a toda uma família quando a maledicência se espalha de boca em boca. Pode-se arruinar totalmente uma vida, uma família e até uma igreja.
A tática mais salutar que as pessoas nobres adoptam é: sempre que forem levadas a considerar alguma coisa sobre alguém, se não puderem falar bem, o melhor é não falar nada. É acostumar-se a nunca dar o primeiro toque na pedra do dominó.
A outra prática importante é não passar adiante aquilo que os outros lhe dizem, pois não havendo maldizentes a contenda cessará. É a remoção da pedra de dominó do meio do caminho. As outras permanecem em pé. O sábio Salomão, com muita propriedade, deixou-nos este provérbio: "Sem lenha, o fogo apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda." Provérbios 26:20.
Estas duas atitudes ajudam-nos a mantermos um relacionamento agradável e feliz com todas as pessoas. Alguém disse: "Já me arrependi muitas vezes por coisas que disse e pouquíssimas vezes por aquilo que não disse."

sexta-feira, 22 de abril de 2011

PORQUE É QUE DEUS PERMITE O MAL?

22 de Abril

"Deus, Tu me lançaste na lama, e me tornei semelhante ao pó e à cinza." Job 30:19

O velho e já cansado professor, olhando por cima das grossas lentes dos seus óculos, dizia: "Eu, crer em Deus, como? Fui trazido à existência sem o meu prévio consentimento. Sou obrigado a viver neste mundo hostil e repulsivo. Vivo apenas à espera do dia da morte e sem saber para onde vou depois. Não posso fazer nada para evitar tudo isso!" E disse uma frase que soaria para nós como blasfémia: "Quando Deus criou este mundo miserável não deveria estar em são juízo."
E ainda continuou o velho professor; "E as crianças abandonadas, os que nascem paralíticos, os acidentes, os incêndios, as enchentes, etc.? Se Deus existisse e fosse bom não faria essas coisas." Job, no fundo do poço dos seus sofrimentos, também achava que Deus estava por detrás das suas duras provas.
Pensemos: É Deus responsável pelo abandono de crianças? É Deus responsável pela destruição das florestas e pela poluição dos rios, que acabam por ocasionar cheias, secas, ou quaisquer outros desequilíbrios da Natureza? É Deus responsável por seres humanos que dirigem os seus automóveis a alta velocidade, transgredindo as normas de segurança? É Deus responsável pela cirrose hepática de um indivíduo que ao longo da vida abusou de bebidas alcoólicas? É Deus responsável pelo cancro de um fumador inveterado?
Vamos entender o seguinte: Deus é justo, bom, perfeito e é todo amor. A base do Seu governo universal é o livre arbítrio, com responsabilidade.
Deus não obriga ninguém a zelar pela Natureza, a cuidar dos filhos, a obedecer às leis do trânsito, a cuidar do corpo, etc. Dá-nos plena liberdade para fazermos o que desejarmos. Só que com a liberdade recebemos também a responsabilidade de arcar com as consequências dos actos praticados. Deus não é responsável pelos males que existem no mundo; eles são consequências dos erros humanos.
Este é um facto inexorável do qual não podemos fugir: Colhemos tudo o que semeamos. Semeamos bons hábitos alimentares e de vida, colhemos saúde; semeamos obediência às leis divinas, colhemos harmonia e paz no coração. A escolha é individual e a responsabilidade também. Vamos viver em harmonia com as leis da Natureza e a lei divina dos Dez Mandamentos; então a nossa vida será bem melhor!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ELE AMOU DEMAIS

21 de Abril

"Apareceu então Maria com um frasco de perfume muito caro, feito de nardo puro. Deitou-o sobre os pés de Jesus e depois secou-os com os seus cabelos. E toda a casa ficou a cheirar a perfume." João 12:3

Situada a três quilómetros de Jerusalém, estava a humilde e bucólica aldeia de Betânia. Lendo as luminosas páginas dos evangelhos, descobrimos ser este um dos lugares mais aprazíveis ao Senhor, pois muitas vezes nele encontrou hospitalidade e descanso.
Houve nesta aldeia - conta-nos a narrativa sagrada - uma ceia memorável. Entre os que estavam à mesa, figurava Lázaro que, depois de quatro dias de sepulcro, foi publicamente ressuscitado. Ninguém poderia negar que a sua ressurreição fosse uma realidade. Decorridas já algumas semanas lá estava, entre os comensais, aquele mesmo Lázaro que havia sido declarado morto e sepultado.
Enquanto desfrutavam as alegrias daquela festa, Maria, irmã de Lázaro, penetrou furtivamente, trazendo na sua mão um frasco com um perfume caríssimo. Aquilo era tudo o que ela possuía, como se conclui de um comentário censurador de Judas, um dos que participava da ceia.
Maria quebrou o frasco e com o seu conteúdo ungiu os pés d'Aquele a quem ela tanto amava. Com este gesto generoso, ela deu tudo o que tinha ao Seu Salvador.
No seu livro The Gift of the Magi (O Presente dos Magos), O. Henry conta a história de um casal de americanos. Eles eram muito pobres; pouco possuíam das coisas deste mundo. A esposa, entretanto, possuía longos e sedosos cabelos. Eles eram para ela a sua maior riqueza. E a única coisa que o esposo possuía era um relógio de ouro que havia pertencido ao seu avô.
Os dois amavam-se intensamente. Era a véspera de Natal e Della, a esposa, queria dar um presente especial ao marido. Dirigiu-se a uma loja de perucas e vendeu-lhes todo o seu cabelo, recebendo vinte dólares. Com esta soma comprou uma corrente para o relógio do seu querido esposo.
Enquanto isso, Jim, o marido, decidiu vender o relógio e comprou dois belíssimos ganchos para o cabelo de Della.
À noite, Jim viu que a esposa já não tinha os cabelos longos para usar os ganchos. E ela presenteou-o com uma corrente para o relógio que ele já não possuía. O grande amor que tinham um pelo outro levou-os ao extremo sacrifício... sem pensar no preço.
Maria não calculou o custo do presente representado pelo vaso de alabastro. Foi um gesto extravagante. Mas, extravagante também foi o amor de Jesus revelado no Calvário. Disse alguém que no topo da cruz deveria estar escrita a seguinte legenda:

ELE AMOU DEMAIS

Enoch de Oliveira in Cada Dia com Deus

quarta-feira, 20 de abril de 2011

PEQUENOS INCIDENTES, GRANDES GUERRAS

20 de Abril

"Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor." Cantares de Salomão 2:15

Acabo de ler uma curiosa história que ilustra muito bem que pequenos incidentes podem transformar-se em grandes guerras.
Aconteceu no século XVI, em Itália. Um regimento de soldados de Modena invadiu Bolonha para roubar um balde feito de madeira de carvalho. Durante o ataque, as tropas de Modena mataram muitos habitantes de Bolonha. O Estado Independente de Bolonha mobilizou-se para a guerra, a fim de recuperar o balde de carvalho e a honra do seu povo. Resultado: uma guerra de doze anos, com milhares de vidas perdidas. Modena ganhou a Batalha de Zappolino e ficou com o balde. Hoje, a sechia repita (balde roubado) pode ser vista no campanário de Chirlandina, construído no século XVI e situado atrás de uma moderna catedral.
Esse distante acontecimento é uma autêntica lição para nós. No dia-a-dia da nossa vida muitas vezes acabamos por nos envolver em confusões, encrencas, brigas e profundos desentendimentos por causa de coisas que, na sua origem eram muito insignificantes - pequenas raposinhas.
Lembro-me de certa ocasião, quando fui convidado a ajudar um casal prestes a separar-se. Após um bom diálogo com ambos, cheguei à conclusão de que todo o desentendimento tinha tido origem em coisas tão simples como: a maneira de apertar o tubo da pasta de dentes, o uso de uma caneca que era relíquia do marido, e outras coisas semelhantes.
Quando ouvimos histórias assim, exclamamos: "Que ridículo!" No entanto, quantos de nós, na nossa convivência familiar, ficamos a bater o pé, defendendo posições que, em relação ao todo da vida, não implicariam coisas relevantes. Posicionamo-nos e não queremos voltar atrás. Achamos que não podemos perder terreno. Resultado: luta, disputa e guerra familiar.
É sempre muito salutar lembrar que o bem-estar, a paz e a felicidade no lar valem muito mais do que os nossos caprichos pessoais. Cuidado. Pequenos incidentes podem transformar-se em grandes batalhas!

terça-feira, 19 de abril de 2011

PEDI E RECEBEREIS

19 de Abril

"Até agora nada tendes pedido em Meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa." João 16.24

De início seria bom lembrar que, de uma forma geral nós, seres humanos, somos imediatistas e temos uma visão limitada. Queremos que as coisas sejam visíveis e palpáveis e que aconteçam na base do aqui e agora. Essa maneira de pensar e agir existe em função da transitoriedade da nossa vida. O pecado limitou a nossa existência e obliterou a nossa visão.
Quando elaboramos os nossos planos temos que levar em conta que a nossa existência é de 70, 80 ou 90 anos, para os que são mais longevos. Deus não Se limita ao tempo, Ele é eterno. Por isso, é paciente e longânimo, e espera que os pedidos que Lhe apresentamos estejam, não apenas de acordo com a nossoa maneira limitada de ver as coisas, mas em conformidade com os Seus propósitos e planos eternos para nós.
Talvez seja por isso que algumas pessoas não têm experimentado a completa alegria de ver os seus pedidos respondidos. De uma coisa temos que ter plena certeza: Deus nunca nos deixa sem resposta.
Uma menina brincava com a sua vizinha, quando a certa altura lhe disse: "Sabes que estou a pedir a Deus para Ele me dar uma boneca?" A vizinha olhou para a sua amiguinha com espanto e admiração. Parecia querer dizer: "Será que Deus Se preocupa com coisas tão comuns?" Dias depois, a vizinha perguntou: "Deus já respondeu à tua oração?" Ao que a garotinha respondeu: "Já, sim." "E onde está a boneca?", foi a pergunta imediata da curiosa vizinha. "Deus respondeu à minha oração dizendo que não me vai dar a boneca", foi a resposta da menina.
Deus não costuma fazer por nós aquilo que nós mesmos podemos fazer. Devemos pedir-Lhe que, pelos méritos de Jesus, nos perdoe os pecados e nos dê forças, energia, saúde e discernimento para sermos vencedores na luta renhida contra o mal. Devemos pedir-Lhe o conforto para a nossa alma mediante a presença constante do Espírito Santo no nosso coração, para que Ele nos guie em todo o caminho da verdade. Vivendo em harmonia com Deus, Ele estará em sintonia connosco. Então, os nossos pedidos serão sempre atendidos, pois estarão em conformidade com a Sua vontade e os Seus propósitos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

OS REVESES DA VIDA

18 de Abril

"Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias... entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo." II Coríntios 6:4, 10

Quando olhamos para a experiência vivida por Paulo, sentimos que os reveses pelos quais passamos, tanto em dimensão como em intensidade, parecem já terem sido experimentados por ele. Nos versos 4 e 5 da meditação de hoje, encontramos Paulo a mencionar uma lista das suas difíceis provações: açoites, prisões, infâmia, enganadores, etc.
As forças interiores que Paulo possuía para suportar com coragem essas terríveis provas que lhe vergavam o corpo e lhe magoavam o coração vinham da graça de Deus. Graça que enchia a sua alma a ponto de poder dizer que, embora essas coisas o ferissem, mesmo assim podia sentir-se alegre. A sua alegria não era por causa dos sofrimentos; mas regozijava-se com os resultados do seu trabalho.
Pensemos um pouco nas nossas experiências diárias. Quão frustrante para uma moça ou um rapaz ter o enxoval prontinho para o casamento, o dia marcado, os convites distribuídos; tudo pronto para o grande dia. Mas repentinamente vem a grande frustração. Pode ser o rompimento do noivado ou um acidente fatal. E eis que os sonhos caem despenhadeiro abaixo. E o que resta são dores, tristezas e profundas decepções. Há inúmeros outros reveses e frustrações que poderíamos citar: o despedimento de um emprego, um concurso não vencido, um ano de estudos perdido, uma amizade não correspondida, um negócio não fechado, uma doença contraída e quantas outras coisas mais...
No fim do século passado, Henrique Fawcett, estudante de Direito, andava com o pai à caça quando um disparo acidental da espingarda lhe vazou ambos os olhos. De início pereceu-lhe que os seus sonhos tinham ruído como um castelo de cartas. Mas, recobrando o ânimo, disse ao pai: "Não se preocupe, pai, a cegueira não interferirá com o meu sucesso na vida." Frequentou a universidade de Cambridge e finalmente entrou no Parlamento. Mais tarde, sendo nomeado Director dos Correios da Inglaterra, notabilizou-se por introduzir os modernos serviços que os correios prestam nos dias de hoje em todo o mundo. Como Paulo, na divulgação do evangelho, Henrique não se deixou vencer pela frustração, mas reuniu forças e tornou-se um vitorioso. Com a graça de Deus, podemos construir plataformas de sucesso a partir dos nossos reveses!

domingo, 17 de abril de 2011

ONDE ESTÁS?

17 de Abril

"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas que testificam de Mim." João 5:39

Há alguns anos, eu estava no alto de um dos maiores edifícios do mundo, o Sears Tower, em Chicago, EUA. Contemplava com os colegas de viagem a beleza da paisagem que se descortinava, os edifícios, os carros, que nas grandes auto-estradas entravam e saíam da grande cidade. Lá do alto começámos a planear o nosso roteiro, pois deveríamos tomar a estrada que nos levaria a Nova Iorque. Achámos que tudo seria simples e fácil.
Após a visita, seguimos o plano elaborado. Não nos preocupámos em pesquisar o bom e preciso mapa que tínhamos connosco e que já tínhamos usado durante toda a viagem. Resultado: Não passaram muitos minutos até darmos conta de que estávamos no caminho errado.
Abraão Lincoln, um dos mais famosos presidentes dos Estados Unidos da América do Norte, certa ocasião disse o seguinte: "Antes que alguém comece uma viagem, deve primeiro saber onde está."
Que grande verdade! Lá no alto do edifício estávamos convencidos de que sabíamos onde estávamos e confiámos que seguir o caminho certo seria fácil. Por isso, não olhámos para o mapa. No entanto, ao enfrentarmos a realidade, descobrimos que não estávamos preparados pois não conhecíamos o caminho certo.
A experiência que vivemos é um boa ilustração do que acontece com muitas pessoas na vida espiritual. Lá do alto da sua própria sabedoria dizem: "Ah, eu sei o caminho! Não preciso de ajuda. O meu sentido de orientação diz-me que o caminho é 'este'. Não preciso de estar sempre a consultar a Bíblia Sagrada." Mas basta enfrentarem os primeiros problemas - uma doença, um desentendimento, o desemprego, a morte de um amigo ou familiar querido - pronto, já se sentem desorientadas e sem saber que rumo seguir.
Abrão Lincoln tinha razão. Primeiro precisamos de saber onde estamos. Todavia, além disso, é necessário ter conhecimento e a orientação bem precisa para seguir o caminho certo. E, tratando-se do caminho para a vida eterna, não restam dúvidas: a Escritura Sagrada é o único 'mapa' em que se pode confiar.

sábado, 16 de abril de 2011

APENAS MARIA

16 de Abril

"Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador." Lucas 1:46, 47

Ela era uma mulher simples, humilde, mas cujo nome foi incrustado na história da humanidade qual jóia de precioso valor. Como era uma pessoa comum e de uma família comum, o seu nome era apenas Maria. Mas passou a ser conhecida como Maria, mãe de Jesus.
Inegavelmente Maria foi agraciada com um dos maiores privilégios concedidos a um ser humano. No seu tempo, as mulheres eram consideradas em segundo plano pela sociedade em geral. No entanto, Deus (que não faz acepção de pessoas) escolheu-a para ser o vaso humano para abrigar Jesus na Sua vinda a este mundo. Gerado pelo Espírito Santo, ali estava Jesus, o Deus homem, no ventre de Maria, para iniciar a Sua caminhada entre os homens. Veio como os seres humanos daquela altura, só que na Sua completa pureza, tal como Adão quando saiu das mãos de Deus. Veio para cumprir a Sua missão, que deveria culminar com o Seu sacrifício na cruz do Calvário.
Uma das mais belas páginas da Bíblia é a que encontramos em Lucas 1:46-55. É o Cântico de Maria, que diz:

"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque atentou na humildade da Sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o Seu nome. A Sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que O temem." Versos 40-45.

Notou bem quais foram as primeiras palavras de Maria? "O meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador." Maria, a mulher escolhida pelos Céus para acolher no seu ventre o Filho de Deus, sentia total dependência e necessidade do Salvador como qualquer outro ser humano. Como descendentes de Adão e Eva e, consequentemente, herdeiros do pecado no mundo, somos todos carentes de salvação que encontramos unicamente no Filho de Deus, Jesus Cristo. Apeguemo-nos a Cristo! Do nosso coração brotarão cânticos de louvor a Deus, como Maria fez.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O FELIZ REENCONTRO

15 de Abril

"E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei para Mim mesmo, para que, onde Eu estiver, estejais vós também." João 14:3

Se há uma coisa que sempre enche o nosso coração de sentimentos de dor e nostalgia são as despedidas. Lembro-me quando pela primeira vez deixei a minha cidade natal para ir estudar em São Paulo. Eu era um juvenil. Ao despedir-me dos meus pais, não posso esquecer-me da primeira vez em que senti aquele nó na garganta; algumas lágrimas deslizaram rosto abaixo. Embora ainda estivesse ali junto dos meus pais, já me sentia a centenas de quilómetros de distância.
Creio que foi também esse místico sentimento que invadiu o coração dos discípulos de Jesus quando, após as Suas últimas recomendações, O viram subir aos Céus. Posso até imaginá-los extasiados, olhando e vendo Jesus a subir no meio das nuvens. Eles têm os olhos humedecidos com as lágrimas. Era a separação de um autêntico Amigo que lhes tinha ensinado o caminho da vida. Amigo que lhes tinha mostrado, na prática, como amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a eles mesmos. Amigo que tinha curado os enfermos, confortado os tristes, animado os desanimados. O único que fora capaz de dar vida aos mortos. Por tudo isso, a separação causava uma tristeza e dor muito profunda no seu coração. E agora, quem supriria todas essas suas necessidades?
Na realidade os discípulos ainda não compreendiam toda a amplitude da missão de Jesus. Até ali, Jesus já tinha completado a Sua parte. Dali em diante queria que os discípulos fizessem a sua. Foi por isso que a Sua última recomendação foi: "Vocês serão Minhas testemunhas." Isto é: "Contem aos outros tudo aquilo que viram e ouviram, a fim de que as pessoas creiam que Eu vim ao mundo para salvar todos os que desejarem."
Dois seres celestiais que acompanhavam de perto a cena interferiram, dizendo-lhes: "Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no Céu virá do modo como O vistes subir." Actos 1:11. Creio que só então os discípulos devem ter recordado as palavras de Jesus, quando disse: "Vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também."
As despedidas são tristes, mas os reencontros trazem muita alegria. Por isso, o meu coração deseja ansiosamente pelo mais feliz de todos os reencontros, o reencontro com Jesus!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O CONSOLO DO PERDÃO

14 de Abril

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 6:23

Conta-se que certa ocasião Lutero, o grande reformador, estava na sua cela lamuriando-se: "Ó, os meus pecados, os meus pecados." Nisto, um velho monge que passava por perto, ao ouvir as suas palavras, disse-lhe: "Lutero, eu também já me preocupei muito com os meus pecados, mas encontrei grande conforto para o meu coração ao repetir várias vezes a frase: 'Eu creio no perdão dos pecados.' Isso encheu a minha alma de consolo e alegria."
Uma consciência culpada pelo peso de algum pecado praticado é algo que magoa e incomoda. É como uma pedra dentro do sapato. A cada passo, a cada momento, lembramo-nos de que ela está ali. E, pior ainda, ela vai causando ferimentos que, se não forem tratados, podem ter graves consequências. Assim também acontece com o pecado. Sendo praticado, permanece na consciência e a convivência com ele infecta o nosso carácter. E a Bíblia Sagrada diz que a infecção espiritual do pecado, inevitavelmente, leva o ser humano à morte. Em Romanos 6:23 o apóstolo Paulo diz-nos: "Porque o salário do pecado é a morte."
Damos mil graças a Deus porque a história do ser humano em pecado não precisa, necessariamente, de terminar na morte. Na parte final do mesmo versículo bíblico, mencionado acima, vemos a justiça divina aliando-se à Sua misericórdia e ao Seu amor infinito: "Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor."
A única maneira de nos vermos livres da culpa dos pecados é mediante a confissão dos mesmos e o recebimento do perdão. E, é só Jesus que nos pode dizer com plena segurança: "Perdoados são os teus pecados." Ele já os pagou com o Seu sacrifício na cruz do Calvário.
Por isso, cada um de nós pode tomar para si as palavras do velho monge quando se dirigiu a Lutero: "Eu creio no perdão dos pecados. Isso enche a minha alma de consolo e alegria."

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O CAMINHO NÃO TERMINA AQUI

13 de Abril

"Senhor, tem misericórdia de nós; em Ti temos esperado; sê Tu o nosso braço manhã após manhã e a nossa salvação no tempo da angústia." Isaías 33:2

Mesmo as pessoas mais optimistas sabem que, de vez em quando, envolvemo-nos em situações em que as nuvens escuras parecem cobrir o céu, o sol se recusa a brilhar, e a estrada da nossa vida parece chegar diante de um precipício, ou a um beco sem saída.
Esse quadro pode ser representado por uma doença aparentemente incurável, por um emprego perdido, por um lar prestes a desfazer-se, ou um noivado rompido nas vésperas do casamento. São inúmeros os motivos que nos podem levar a ter o coração a transbordar de tristeza e dor. Não desesperemos. Há sempre uma saída para qualquer problema.
Lembro-me bem da história que ouvi quando ainda era menino. Um camião ia do Paraná para São Paulo e o motorista levava na cabine uma senhora. A viagem era demorada e cansativa devido às muitas curvas e buracos da estrada de terra. Vencida pelo cansaço, a senhora adormeceu. A certa altura da viagem, no solavanco de um buraco, ela acordou. Ao abrir os olhos, vê unicamente o precipício e a mata. Pensando ser o fim da estrada, apavorada, abriu a porta do camião e lançou-se no vazio escuro da estrada. Era uma curva fechada e ela acabou por ser colhida pelas rodas traseira do camião. Que triste fim para uma pessoa que, além de dormir, não conhecia a estrada por onde viajava.
A Bíblia Sagrada é o mapa que nos orienta de maneira bem clara e segura, dizendo-nos onde estamos e para onde vamos. Ela também nos traz a resposta certa para os nossos porquês. Foi por isso que o salmista David nos disse que: "Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e luz, para o meu caminho." Salmo 119:105. Essa luz mantém-nos despertos e seguros ao longo da nossa jornada.
Assim, sob quaisquer circunstâncias, nunca devemos perder a esperança, pois o Senhor é sempre misericordioso para com os Seus filhos. O Seu poderoso braço de amor está a todo o instante estendido, pronto para prestar auxílio e livramento ou acompanhamento e consolo nas nossas angústias. Não nos esqueçamos: a estrada da vida pode ter solavancos e curvas perigosas, mas o nosso caminho não termina aqui.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O ARCO-ÍRIS

12 de Abril

"Disse Deus: Este é o sinal da Minha aliança que faço entre Mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações." Génesis 9:12

Há algum tempo, ao ler a Adventist Review, deparei-me com uma preciosidade de pensamento proferido por Geneva Hanson, de Santa Helena, Califórnia. Ela dizia o seguinte: "Quando olho para Jesus, através das minhas lágrimas vejo o Seu arco-íris."
O cristão que vive uma vida de comunhão e intimidade com Jesus procura manter sempre o olhar fixo n'Ele. Os desejos, os ideais e a vontade de Jesus para connosco, pelo facto de O contemplarmos e O amarmos, acabam por ser também os nossos desejos, os nossos ideais e a nossa vontade. Por outras palavras, identificamo-nos intimamente com Ele.
Isso não quer dizer que neste mundo o cristão vai viver num paraíso de saúde, paz e plena felicidade. Não! Por estar neste mundo de pecado, ele enfrenta os problemas, dificuldades, doenças e incompreensões como qualquer outro ser humano. As suas lágrimas, dores e tristezas poderão ser semelhantes às de qualquer outra pessoa. No entanto, há uma diferença importante. O cristão que mantém o olhar em Jesus vê o arco-íris, através das suas lágrimas.
Logo após o dilúvio, Noé e a família viram o arco-íris ao saírem da arca, embora contemplassem um mundo arrasado pela catástrofe. Era a grande promessa divina e a certeza de não haver mais nenhum dilúvio mundial. Representava a salvação para a raça humana.
O arco-íris é formado pela incidência da luz solar nas pequeninas gotas de água das nuvens. Por causa da refracção surgem as belas cores que para nós podem ter profundos significados: o verde - a esperança da salvação; o vermelho - o sacrifício e o amor de Jesus para nos salvar; o amarelo - a riqueza da graça de Cristo; o azul - lembra-nos de que a lealdade que Deus nos devota espera pela reciprocidade da nossa parte; a cor violeta - a humildade que Deus espera que tenhamos, para reconhecermos as nossas faltas e a total dependência d'Ele. Assim, quando a luz do amor de Jesus incide sobre as lágrimas do nosso sofrimento, podemos ver o arco-íris nas Suas promessas.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

NÃO MATARÁS

11 de Abril

"Não matarás." Êxodo 20:13

Moisés, o grande líder do povo de Deus, descia o monte Sinai trazendo nas mãos as duas tábuas de pedra, onde estavam escritos os Dez Mandamentos. Podemos imaginar a emoção que enchia o coração daquele líder. Trazia agora, de forma escrita, a lei que já estava no seu coração.
Ao gravar na pedra as letras da mais perfeita lei, o Criador queria mostrar à humanidade, não apenas a importância dos Seus preceitos, como também, a sua perenidade.
O sexto mandamento diz em apenas duas palavras: "Não matarás." Ao lermos estas palavras, logo afloram à nossa mente imagens de violência, uma faca afiada, um punhal, um revólver. Admitimos que essa é a letra da lei, entretanto, o espírito desse mandamento é algo muito mais profundo e mais vasto.
Pergunto: Não estaria transgredindo o espírito da lei o patrão que se nega a pagar aos seus empregados um salário compatível com a manutenção da vida da sua família? Da mesma forma, não estaria transgredindo o mandamento o pai que consome uma boa parte do seu salário em tabaco, bebidas alcoólicas ou em algum tipo de jogo de sorte ou azar? Não estaria ele a privar os seus filhos de um bom alimento, de uma boa casa, de uma vida melhor?
Sem medo de errar, poderíamos também dizer que transgridem o espírito do sexto mandamento aqueles que sem escrúpulos se deixam envolver pelas malhas da divulgação de factos, reais ou não, da vida alheia, manchando-lhes a reputação. Como cristãos, somos comissionados para ser arautos da verdade, mas nunca divulgadores dos erros do próximo.
Como este mandamento é para toda a humanidade, indistintamente, vemos nele o princípio de reciprocidade. Isto é, o mal que não quero para mim, não devo fazer ou desejar para os outros; e o bem que desejo que os outros me façam, devo eu fazer aos outros. Ou como disse Jesus: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas.." Mateus 7:12.

domingo, 10 de abril de 2011

GRATIDÃO NÃO EXPRESSA É INGRATIDÃO

10 de Abril

"Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?" Lucas 17:17, 18

Certo locutor manteve um programa de rádio como objectivo de conseguir trabalho para pessoas desempregadas. Ele teve o cuidado de fazer a estatística do seu trabalho, e quando atingiu o número de mil empregos conseguidos, notou que apenas dez pessoas tinham voltado para trás para agradecer. Apenas 1% dos favorecidos manifestaram gratidão.
Numa certa aldeia, perto de Samaria, havia dez homens que sofriam do mal de Hansen, que vulgarmente é conhecido como lepra. No tempo de Jesus a lepra era considerada uma doença praticamente incurável, uma maldição. As pessoas com essa doença eram obrigadas a viver isoladas até à morte. Eram humilhadas e não havia esperança para elas.
Entretanto, aqueles dez leprosos tinham ouvido falar de Jesus e das curas maravilhosas que Ele tinha realizado. A chama da esperança da cura brilhou no seu coração. Ao saberem da aproximação de Jesus, imploraram a Sua misericórdia. Jesus ouviu-os e respondeu às suas súplicas. Depois, tendo em atenção as leis da saúde de Israel, pediu-lhes que se apresentassem ao sacerdote, pois ele era o responsável para determinar se uma pessoa estava livre ou não da doença. Diz o relato bíblico que "indo eles, foram purificados".
Quantos voltaram para agradecer a Jesus? Apenas um. E para complicar a história para os que diziam ser do povo de Deus, o único que voltou para dar glória a Deus e agradecer era um estrangeiro, um samaritano.
A lição que emerge da história dos dez leprosos é óbvia: precisamos de desenvolver mais a arte da gratidão. Temos de o fazer nos dois sentidos: gratidão para com Deus e gratidão para com os que nos rodeiam. Motivos para sermos gratos existem aos milhares, precisamos apenas de ter os olhos abertos e o coração reconhecido.
A gratidão a Deus começa quando sentimos o coração a pulsar, e continua ao vermos o pão sobre a mesa e os mil motivos que se sucedem, momento a momento. A gratidão para com o nosso próximo deve vir através do lar que nos acolhe, da apetitosa comida sobre a mesa, da roupa limpinha, das boas notas na escola, do carinho e do afecto que recebemos, etc.
Não nos esqueçamos de que a gratidão promove o amor, ao passo que a ingratidão não expressa é ingratidão.

sábado, 9 de abril de 2011

CRISTO, O ADVOGADO

9 de Abril

"Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo." I João 2:1

Todos nós teremos que comparecer diante do tribunal divino. Os registos dos nossos actos são fidedignos e estão a ser registados pelos anjos de Deus. Haveremos de ser julgados por todas as nossas obras, quer sejam boas ou más.
Até aqui, a história do tribunal divino aparece-nos como algo tétrico e sombrio. Quem se aventuraria a enfrentar as barras desse tribunal, tendo de ser julgado por um Deus que conhece tudo e cuja lei é também santa e justa? Quem se aventuraria a dizer diante do juiz: "Eu tenho sido um cumpridor dos meus deveres. Tenho observado a Tua Lei dos Dez Mandamentos. Portanto, não pode pesar sobre mim nenhuma condenação. Estou tranquilo!"
Na realidade, ninguém tem essa segurança. A Bíblia Sagrada diz-nos que todo o ser humano é pecador. "Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. ... Não há quem faça o bem, não há nem um sequer." Romanos 3:10, 12. Entretanto, com toda a segurança, encontramos também no Livro Sagrado esta mensagem de optimismo e de esperança para todos nós: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo."
Aí está a nossa salvação. Errar todos nós erramos. Pecar, todos nós pecamos. Os registos dos nossos actos são fiéis e verdadeiros, deles não podemos escapar. Então o que temos a fazer é entregar a nossa defesa nas mãos do Advogado que não perde causa alguma: Jesus Cristo. Porque é que Ele não perde causa alguma? Simplesmente porque Ele já pagou a nossa culpa. Para sermos declarados inocentes e libertos da pena, basta que O aceitemos como nosso Salvador e substituto.
Neste momento de reflexão, bom seria verificar se lá no fundo da nossa alma não haverá o registo de algum acto praticado no passado e que agora aflora à mente, trazendo algum sentimento de tristeza e preocupação.
Entregue as suas culpas e preocupações a Jesus. Dirija-se a Ele em pensamento e confesse-lhe os seus pecados, e a paz inundará o seu coração.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"VINDE A MIM"

8 de Abril

"Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28

Ao escrever a meditação de hoje, invade-me o coração um pensamento que muito me preocupa. (Graças ao invento de Gütemberg esta página estará a ser lida por um número muito grande de pessoas.) Cada uma tem as suas alegrias, tristezas, anseios e preocupações. Algumas pessoas estão a enfrentar dificuldades com um filho ou filha que deixou os estudos e não quer saber de nada. Só quer estar na companhia de pessoas duvidosas. Os pais até já desconfiam de que ele ou ela esteja no escuro caminho das drogas. Há sérias preocupações.
Outros há que enfrentam angústias e incertezas perante um ente querido que está a lutar com uma doença conhecida ou não, que persiste em não se curar. Há lares onde o pão escasseia pela falta de trabalho suficiente para a digna manutenção. Pode ser que outros estejam angustiados por causa de um pai alcoólico, ao qual falta força de vontade para vencer a bebida, e quando menos se espera, lá vem ele de volta ao lar, como um farrapo humano, a cair aos pedaços.
Talvez haja alguém que esteja com o coração profundamente ferido porque as suas relações com o marido ou com a mulher vão de mal a pior. Os desentendimentos e as discussões cada vez se avolumam mais e as nuvens negras da separação projectam sombras escuras sobre o seu futuro e o dos filhos.
Pode até acontecer que o seu problema seja totalmente diferente dos que mencionei. Não importa. O que sei é que todos nós, seres humanos, temos sempre algum problema. Alguns têm mais problemas, enquanto que outros têm menos. Alguns têm grandes problemas, enquanto que outros apenas coisas insignificantes. O facto é que neste mundo de pecado todos temos problemas e enfrentamos coisas que nos angustiam. Foi para todos nós que Jesus deixou estas palavras: "No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo: Eu venci o mundo." João 16:33. "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Que encontremos em Jesus o conforto e a força para também sermos vitoriosos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CORAÇÃO ALEGRE

7 de Abril

"O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos." Provérbios 17:22

Todos nós, mais cedo ou mais tarde na vida, acabamos por entender que os nossos pais têm sempre muita coisa boa para nos ensinar. Os meus pais, por exemplo, deixaram-me como maior herança, preciosos ensinamentos que eles exemplificaram com a sua vida. O 'Sr Willes', como era conhecido o meu pai que se chamava Guilherme, viveu 99 anos e 4 meses. Até aos últimos dias da sua vida foi sempre optimista, alegre e muito bem-humorado. Aliás, ele foi a ilustração viva de que: "O coração alegre é um bom remédio."
É interessante como a ciência médica, recentemente, tem vindo a dar muita importância à relação entre o estado de espírito e a saúde. Descobriu-se, por exemplo, que certas glândulas do nosso organismo, ao fabricarem e lançarem as endorfinas em circulação na corrente sanguínea, provocam uma forte reacção em favor tanto da manutenção do bem-estar físico como da cura de muitas doenças. Mas, o que é que faz com que essas glândulas produzam as endorfinas? A resposta é simples e maravilhosa: o bom humor e a alegria.
Quanta sabedoria reside neste antigo provérbio de Salomão, escrito há quase três mil anos: "O coração alegre é um bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos." Está também provado pela ciência médica que as tristezas, o espírito abatido e o pessimismo, sem dúvida alguma, diminuem as defesas do organismo e proporcionam condições favoráveis para as doenças se alojarem. Por outro lado, a gratidão, a alegria e a plena confiança em Deus fazem com que as glândulas produzam endorfinas na quantidade certa e mantêm o organismo saudável e a alma feliz.
Habituemo-nos a praticar o bom humor e a alegria. Contemplemos a beleza dos matizes variados de cada nascer ou pôr do sol. Vamos admirar as flores, vamos sorrir com as crianças, vamos contemplar o arco-íris, vamos ouvir o trinar dos pássaros. A natureza dá-nos inúmeros motivos para nos alegrarmos.
E, mesmo que a vida não nos sorria, olhemos com confiança para as promessas divinas. Elas são a esperança da nossa fé e a certeza do nosso futuro. Continuemos a olhar com confiança para Jesus e vamos alegrar-nos e sorrir. Ele ama-nos!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

BONDADE GERA BONDADE

6 de Abril

"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Romanos 12:21

Qual é a sua reacção diante de uma pessoa sem domínio próprio e dominada pela ira? Que atitude costuma ter quando depois de ter feito tudo para manter a paz e o entendimento, a outra parte persiste em não dar lugar à compreensão?
Há diversos caminhos para solucionar estas questões. Podemos tentar esquecer a questão, deixando-a de lado e não nos preocupando com os reflexos da decisão tomada e do inimigo que criámos. Isto não é bom para ninguém. Podemos argumentar para tentar convencer a pessoa irritada de que o nosso ponto de vista é correcto. Esta maneira de agir dificilmente dá resultado. As pessoas iradas têm dificuldade em reflectir e analisar os factos sem se deixarem envolver pela paixão.
Entretanto, caso não seja possível encontrar o caminho do entendimento, resta-nos o difícil, mas sempre bom caminho da chamada 'segunda milha'. É quando acabamos por fazer mais do que deveríamos, com o objectivo de manter a paz e o entendimento.
Há tempos atrás, por causa de uma construção que estávamos a fazer, o velho muro de um vizinho caiu. Assegurámos-lhe que o construiríamos novamente. E assim fizemos. Só que o fizemos com o uso adequado de cimento e ferro para que o muro tivesse segurança. Tempos depois, recebemos uma comunicação de que deveríamos comparecer perante o juiz por causa da reclamação do vizinho de que não tínhamos feito o muro como era antes.
Fomos com todos os dados técnicos e com fotos do velho e do novo muro. O juiz ouviu e viu tudo atentamente. Depois, virou-se para o queixoso e admirado perguntou-lhe: "O que mais é que o senhor quer?" Ao que o homem, um tanto embaraçado, respondeu: "Se for feita mais uma cinta de cimento em cima do muro, eu fico contente." Sem esperar, respondemos: "Não há problema algum, faremos a cinta." Depois da audiência, o juiz virou-se para o nosso vizinho e disse-lhe: "Já que o senhor será vizinho do Sr. Rodolpho, porque não aproveita para ser da religião dele?" A minha mulher, dirigindo-se ao juiz, acrescentou: "Doutor, aproveite o senhor também para ser da nossa igreja." Assim, saímos todos a sorrir da reunião. Hoje temos um bom vizinho.
A bondade e o entendimento podem custar-nos um pouco, mas vale a pena!

terça-feira, 5 de abril de 2011

A CAPITAL DA FÉ

5 de Abril

"Dai, e dar-se-vos-á." Lucas 6:38

Há na região da Palestina dois mares com características bem diferentes. Um deles é o Mar da Galileia. Situado na região centro-norte, é formado por vários rios que nele desaguam. Nas margens desse mar estava a antiga cidade de Cafarnaum, lugar onde Jesus realizou vários dos Seus milagres. Por isso, alguns estudiosos da Bíblia Sagrada chamam-lhe a 'capital da fé'.
O Mar da Galileia é um grande lago, donde sai o rio Jordão. É um mar de águas ricas, propícias ao desenvolvimento da vida. Nele há abundantes espécies de peixes.
Ao sul da Palestina está o Mar Morto, que é formado por várias correntes de água, sendo a principal a do rio Jordão. Esse mar tem 76 Km de comprimento por 17 de largura, e a sua característica principal é situar-se a cerca de 400 m abaixo do nível do Mediterrâneo. É a maior depressão de toda a Terra. Graças à evaporação favorecida pela alta temperatura e aos ventos da região, o seu nível é mantido. A sua salinidade é de 27 a 32%; ou seja, seis vezes mais que qualquer outro oceano. Embora as suas águas sejam ricas em cloro e magnésio, a vida aquática está totalmente ausente delas. Os peixes levados pelo rio Jordão morrem assim que entram nas suas águas.
Esses dois mares são uma ilustração perfeita das palavras de Jesus, registadas em Lucas 6:38 - "Dai, e dar-se-vos-á."
Do ponto de vista puramente humano e material não existe muita lógica nas palavras de Jesus. Estamos tão acostumados a calcular tudo na base dos dez, dividido por dois, igual a cinco; ou, dez, menos um, igual a nove; que não entendemos como é que para Deus os 'cinco' e os 'nove' restantes são mais valiosos do que os 'dez' que tínhamos. A matemática do amor a Deus e da confiança nos Seus planos para a nossa vida opera verdadeiros milagres; pois é aí que a subtracção e a divisão se tornam multiplicação.
Quando seguimos com fidelidade o plano divino de devolver a Deus a décima parte - ou seja, o dízimo - de todas as nossas rendas, estamos a preparar o terreno do nosso coração para Deus ali semear as sementes das Suas preciosas bênçãos. Da mesma forma, quando repartimos com os necessitados e participamos com amor e entusiasmo dos projectos da Igreja e da Sociedade, o nosso coração transforma-se na 'capital da fé', e ali Jesus opera os Seus milagres.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ÂNIMO

4 de Abril

"Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará." Deuteronómio 31:6

Moisés, com os seus 120 anos, já sabia que não iria conduzir o povo de Israel até entrar na terra prometida. Então, aconselhou Josué (que o deveria substituir), bem como todo o povo, a que fossem fortes, destemidos e entusiastas em prosseguir na conquista da herança prometida.
Nos bons e saudosos anos do meu ministério com os jovens, viajei e participei várias vezes de programas com o Pastor Óder Mello. Com ele aprendi uma preciosa lição de ânimo e optimismo. Uma vez, em pleno Inverno, a noite tinha sido muito fria e, pela manhã, uma fina neblina cobria todo o horizonte. O sol parecia estar com preguiça de aparecer. O aconchego dos cobertores quentes era convidativo para continuar no conforto da agradável posição horizontal. Foi quando ouvi os ruídos característicos de alguém levantando-se da cama. Olhei e vi o colega que, de um salto, se pôs em pé. Olhando para mim, esbracejando, o Pr. Óder exclamou a sorrir: "Estou entusiasmado!"
Para o entusiasta e optimista não existe mau tempo. Chuva, sol, vento, frio, doença ou outras dificuldades, nada é considerado como empecilho, mas sim como um desafio a ser superado. Há uma poesia sobre 'O DESANIMADO', de autor desconhecido, cuja tradução diz o seguinte:
Um obstáculo deparou-se ao desanimado, e ele esfriou;
a estrada parecia muito íngreme, e ele parou.
"Oh, é demasiado difícil", disse o desanimado então;
"vou parar onde estou e não tentar em vão."
Sentou-se à beira da estrada e compôs a sua história
p'ra contar aos homens porque não lhe sorriu a vitória.
Mas a verdade da situação ele não quis admitir.
Nenhuma vez disse: "Trabalho árduo! Não vou desistir!"
Oh, quando vem o confronto e adversa parece a peleja,
não se mime, meu rapaz, quem quer que seja.
Não tenha pena de si, nem remoa as suas dores,
não invente desculpas p'ra contornar os dissabores.
Mas persevere na luta e sorva até ao fim a taça;
não seja um desanimado no que quer que faça!

domingo, 3 de abril de 2011

DINHEIRO NOVAMENTE

3 de Abril

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores." I Timóteo 6:10

Há alguns anos, li numa revista a cómica história de um garimpeiro. Depois de ter ganho muito dinheiro, foi fotografado na rua de uma pequena cidade, a arrastar pelo chão uma valiosa nota amarrada num cordel preso à cintura. Quando lhe perguntavam o porquê da sua atitude, ele respondia: "Antes eu corria atrás do dinheiro, agora é o dinheiro que corre atrás de mim."
Os problemas do dinheiro podem situar-se tanto na sua procura como na sua utilização. O dinheiro foi idealizado inicialmente para substituir o complicado sistema de trocas directas. E, quando está nas nossas mãos, deve representar o fruto do nosso trabalho para nos dar a manutenção e o conforto.
Há pessoas que desejam avidamente ter uma boa casa, carros, viagens memoráveis, todo o conforto e até o luxo que as grandes lojas oferecem. Desejam ainda ter o saldo bancário para satisfazer tudo o que as mentes férteis imaginam. Ora, desejar coisas boas não é errado. O problema é querer essas coisas com pouco ou nenhum esforço e trabalho. É na esteira dessa atitude que podem vir os assaltos, roubos a bancos, sequestros, etc. Para estes, 'o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.'
Mesmo entre os cristãos "pode haver quem esteja sob a reprovação da Palavra de Deus, devido à maneira como adquiriram a sua propriedade e a usam, agindo como se fossem os seus donos e a tivessem criado, sem olhar à glória de Deus, e sem uma oração fervorosa para os orientar na sua aquisição ou no seu uso." Conselhos sobre Mordomia pág. 141.
Pense nisto: O dinheiro compra a diversão, mas não pode dar a felicidade e a paz no coração. O dinheiro pode comprar o remédio, mas não pode dar a saúde. O dinheiro pode adquirir as roupas das melhores marcas e dos mais famosos costureiros, mas não nos pode vestir com as vestes brancas da justiça de Cristo. O dinheiro pode comprar os melhores pacotes de viagem, mas não pode levar ninguém para o Céu; pelo contrário, muitos poderão perder o Céu por causa dele. Tenhamos cuidado e usemo-lo com sabedoria!

sábado, 2 de abril de 2011

O SÁBIO USO DO DINHEIRO

2 de Abril

"Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas moedas correspondentes a um quadrante. E, (Jesus) chamando os Seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou na arca do tesouro mais do que o fizeram todos os ofertantes." Marcos 12:42, 43

O exemplo da viúva pobre, que doou apenas duas moedas - ou seja tudo o que tinha - motivou Jesus a referi-la como exemplo quanto ao bom uso do dinheiro. Inspirando-nos no seu exemplo, vamos fazer algumas considerações sobre o bom uso do dinheiro.
Já imaginou como seria complicado o mundo de hoje se não tivéssemos o dinheiro? Convenhamos, a invenção do dinheiro foi genial. Hoje, o dinheiro de papel (cheque) e o de plástico (cartão de crédito), servem para facilitar a vida. Com muita facilidade podemos comprar qualquer coisa em qualquer lugar do mundo!
No entanto, toda essa facilidade tem trazido tremendas dores de cabeça a muita gente; não só a algumas pessoas, mas também aos seus familiares. Refiro-me aos compradores compulsivos. Aqueles que não resistem a qualquer novidade ou oferta especial. Ou ainda àqueles que têm a mania de coleccionar sapatos, blusas, gravatas ou outra coisa qualquer. Compram sem medir as consequências, e quando se dão conta, já estão endividados o que é agravado pelos juros que os endividam ainda mais.
Nada melhor do que adoptar alguns princípios simples que muito nos ajudam a ter a vida financeira em ordem. Antes de tudo, faça o seu orçamento. Veja quanto ganha mensalmente. Veja quais são as suas despesas fixas como renda de casa, alimentação, transportes, educação, etc. E não se esqueça de colocar no orçamento a sua parte para com Deus, com os seus semelhantes e uma poupança mensal.
Decida-se a não gastar antes de ter o dinheiro na mão. Compre sempre a pronto. Procedendo assim, estará a ganhar duplamente: no rendimento da poupança e no desconto que conseguirá na compra. Para conseguir isto é necessário praticar a paciência, a perseverança e o domínio próprio. Mas vale a pena! Seja sábio no uso do dinheiro. Lembre-se, ele poderá ser uma bênção ou um tremendo problema para si. A escolha é sua!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NÃO ANDEIS CUIDADOSOS

1 de Abril

"Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?" Mateus 6:26

Através da janela do escritório, onde trabalhei durante muitos anos, avistava um jardim bem cuidado. Muitas vezes, enquanto pensava na solução de algum problema, o meu olhar repousava sobre o jardim e quase sempre a minha atenção se voltava para os simpáticos passarinhos que por ali estavam.
Como faz bem à alma acompanhar essas pequenas criaturas de Deus e ver o seu comportamento! Estão sempre alegres e saltitantes nos arbustos, relvados e canteiros, à procura de alimento. Não os vemos ansiosos a amontoar alimento para o dia seguinte. Não! Eles confiam que no dia seguinte vão encontrar tudo aquilo de que necessitarem. Não vivem ansiosos.
Temos plena consciência de que a vida dos seres humanos é bem mais complicada do que a dos passarinhos. Ela inclui a educação, o conforto, a tecnologia, a competição, o luxo, a vaidade, etc. Nós complicamos tudo à nossa volta. Mas, apesar disso, e agora mais do que nunca, temos que dar lugar à fé e à confiança em Deus. Caso contrário, acabamos por nos meter num beco sem saída. Vale a pena lembrar as recomendações que Jesus nos deixou:
"Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?" Mateus 6:25, 26.
Deixemos as preocupações e as angústias aos cuidados de Jesus. Façamos a nossa parte cada dia. Façamos tudo conforme as nossas forças e, quanto ao mais, confiemos em Deus.