quinta-feira, 31 de março de 2011

JESUS NOS LIVRA DA ANGÚSTIA

31 de Março

"Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em Mim tem a vida eterna." João 6:47

Em 1936, Graciliano Ramos, que era director de Instrução Pública de Alagoas, publicou o seu livro intitulado Angústia. Dentre outras coisas, Graciliano descreve as desgraças e misérias vividas nos bairros pobres, becos e vielas das grandes cidades. E faz isto com mestria. A sua palavra fluente e fácil, a sua percepção clara dos factos e a sua profunda imaginação fazem da leitura do seu livro algo até agradável, embora trate um tema tão envolvente e triste.
Angústia! Mas a angústia não é ocasionada unicamente pela pobreza e a falta de recursos materiais. Não sei bem ao certo, mas creio que talvez os que possuem bons recursos, ou aqueles que costumamos dizer que são remediados, nos dias actuais são mais susceptíveis de sofrer dos males da angústia. Estes têm que administrar a vida com um número muito maior de factores stressantes. A inflação, a cotação do dólar, a bolsa de valores, as crises políticas, as guerras, o terrorismo, a segurança própria e da família, a escolha de roupas para a apresentação pessoal, e assim poderíamos continuar a lista de um número quase infindável de itens que angustiam as pessoas.
Há, entretanto, um factor angustiante que atinge em cheio o coração de ricos e de pobres, ignorantes e cultos. E qualquer pessoa que não esteja devidamente preparada poderá sucumbir perante o desespero, quando tiver de o enfrentar. Refiro-me às angustiantes perguntas que afloram ou aflorarão à mente de todas as pessoas. Alguns há que procuram fugir delas, mas não podem fazê-lo por muito tempo. É impossível! As questões são simples e conhecidas: Que será de mim depois da morte? Terei outra vida? Haverá vida eterna? Que preciso de fazer para ter vida eterna?
Não permita que estas perguntas angustiem a sua alma. Jesus é a resposta para todas essas preocupações. Ele mesmo disse: "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em Mim tem a vida eterna." João 6:47. Confie a Jesus todas as suas angústias e preocupações e Ele lhe dará segurança, tranquilidade e paz ao coração. Creia nisto com fé.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A RESSURREIÇÃO

30 de Março

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá." João 11:25

Ontem relembrámos a história da morte de Lázaro e da tristeza revelada por Jesus ao ver o corpo inerte do Seu amigo a descansar no sono da morte. Felizmente a história não termina aí. Vendo a miséria humana e contemplando a tristeza e a dor da família e dos amigos de Lázaro, Jesus comoveu-Se cheio de compaixão. Só que a compaixão de Jesus não é como a nossa compaixão. Às vezes condoemo-nos e entristecemo-nos pela dor, tristeza ou pela miséria de alguém e revelamos uma compaixão estática. Olhamos, vemos, sentimos e muitas vezes nada podemos fazer. Com Jesus não é assim.
Jesus pediu que removessem a pedra da sepultura. E, olhando para o corpo inerte, que já há quatro dias deixara de viver, diz: "Lázaro, vem para fora." As correntes que prendiam Lázaro à morte, e as bactérias, vírus e vermes que consumiam o seu corpo cederam lugar ao poder e à ordem d'Aquele que é a 'Ressurreição e a Vida'. Aquele que, no princípio, soprara nas narinas de um corpo feito do pó da terra, transformando-o numa alma vivente, era quem ordenava a Lázaro para sair da sepultura. E Lázaro simplesmente obedeceu.
Pense na indescritível alegria de Maria e Marta, irmãos de Lázaro, ao poderem abraçar o seu irmão! Fora trazido de volta à vida por Aquele que pouco tempo antes tinha dito: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá."
Como nos enche a alma de alegria o lembrar que o lindo quadro de felicidade de Maria e Marta, abraçando o seu irmão ressuscitado, é apenas uma pequenina miniatura da fantástica e indescritível cena que ocorrerá muito em breve por ocasião da segunda vinda de Jesus à Terra?
O apóstolo Paulo em I Coríntios 15:52 descreve essa cena: "Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados." Inegavelmente, será um momento muito glorioso. Será a vitória final de Jesus sobre as tristezas, dores, doenças, e a morte! Esta certeza conforta-nos e anima-nos na jornada, enquanto aguardamos o grande dia da volta de Jesus.

terça-feira, 29 de março de 2011

JESUS CHOROU POR SI

29 de Março

"Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-Se no espírito e comoveu-Se. E perguntou: Onde o sepultaste? Eles Lhe responderam: Senhor, vem e vê! Jesus chorou." João 11:33-35

João, o discípulo do amor, relata esta história:
Em Betânia, morava uma família composta de três irmãos - Maria, Marta e Lázaro - que eram muito amigos de Jesus.
Certo dia, quando Jesus estava muito distante da casa deles, recebeu a notícia de que Lázaro, o Seu amigo, estava doente. Dois dias depois, Lázaro veio a falecer. Jesus decidiu ir até à Betânia.
Quando estava a chegar à cidade, Marta saiu a correr ao Seu encontro e, demonstrando a fé e confiança que tinha em Jesus, disse: "Senhor, se Tu estivesses aqui, o meu irmão não teria morrido." Jesus então disse-Lhe: " O teu irmão há-de ressuscitar." Ao que Marta acrescentou: "Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia." Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá."
Depois de Se encontrar também com Maria, Jesus olhou para as pessoas a chorar ao Seu redor e o Seu coração de amor comoveu-se ao ver o sofrimento humano. Perguntou onde tinham sepultado o corpo de Lázaro e, ao contemplá-lo, a Bíblia diz: "Jesus chorou."
Ali estava a Divindade em forma humana, contemplando a fragilidade do homem, revelada pela tragédia da dor da separação de um ente querido ceifado pela morte. Ali estava Deus chorando pelas mazelas da dor, da doença, das tristezas e da morte dos seres humanos.
Fomos criados por Deus para viver uma vida exuberante de saúde, paz e felicidade. Foram os pecados e as desobediências dos homens que apagaram ou empalideceram o brilho da nossa existência. "Jesus chorou" por Lázaro, pelas suas irmãs e pelos seus amigos. Jesus também conhece e Se entristece com as nossas angústias e dores. O extremo da nossa dor é a morte. Ele bem sabe disso, pois passou por essa experiência. Agora, Ele está à direita do Pai intercedendo por nós. "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." Hebreus 4:16.

segunda-feira, 28 de março de 2011

VIDA EM ABUNDÂNCIA

28 de Março

"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10

Quando Jesus exerceu o seu ministério na Palestina, por onde quer que fosse enchia de alegria e de esperança e coração do povo que O acompanhava. Aquelas pessoas viviam sob o jugo de dois cativeiros - um civil e outro espiritual. O poder romano dominava com mão de ferro os israelitas, e a tirania do pecado dominante no coração também os fazia escravos do mal.
Com as Suas mensagens de fé e de esperança, Jesus tinha-os despertado do torpor da escravidão. Agora, a chama da esperança de dias melhores ardia no coração deles. O povo começava a divisar um novo e iluminado caminho. Queriam ser livres, independentes. Queriam viver! Jesus fora para eles a grande esperança de uma total mudança de situação.
Todavia, para inúmeras pessoas que não entendiam o carácter espiritual da missão de Jesus, a Sua morte foi um balde de água fria na chama da esperança que bruxuleava no seu coração. Pensavam: Quem é que nos vai alimentar agora? Quem é que vai curar os nossos doentes? Quando é que vai surgir outro líder igual a Ele, capaz de polarizar a atenção de tão grandes multidões? Na verdade, elas não compreenderam a real missão de Jesus! Talvez estivessem mais preocupadas com o jugo político e civil sob o qual viviam do que com a escravidão do pecado que lhes corroía a alma.
Certa ocasião, quando ensinava os Seus discípulos, Jesus tinha dito: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10.
É bom que tenhamos pão para nos alimentar. É bom que tenhamos a cura das nossas doenças. É bom viver num país em que todos tenham trabalho, boa educação nas escolas, bons rendimentos, etc. Enfim, é bom ter uma qualidade de vida digna. No entanto, que valor terá isso tudo se não tivermos nenhuma perspectiva de vida eterna?
É claro que a situação político-económica do país em que vivemos e do mundo interfere na nossa vida e na nossa família. E seríamos ingénuos em pensar de forma diferente. Entretanto, não nos podemos esquecer de que somos do reino de Deus. Assim, por estarmos no mundo, mas não sermos do mundo, não devemos permitir que as preocupações com as coisas terrenas sobrepujem a nossa confiança na direcção divina e na vida eterna que encontramos em Cristo.

domingo, 27 de março de 2011

UMA COISA TE FALTA

27 de Março

"Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude. E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta." Marcos 10:20, 21

A história bíblica diz-nos que certa ocasião, logo após Jesus ter abençoado as crianças que Lhe foram levadas, foi procurado por um jovem rico cuja preocupação era saber o que deveria fazer para conseguir a vida eterna.
A resposta que Jesus lhe deu foi uma abertura a fim de que o jovem pudesse compreender, em toda a sua profundidade, o que significava a salvação. Jesus disse: "Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos." Mateus 19:17. E logo a seguir, Jesus especificou que Se referia aos dez mandamentos - não matarás, não adulterarás, honrar o pai e a mãe, etc.
Por certo o jovem alegrou-se, pois respondeu com convicção: "Tudo isso tenho observado desde a minha juventude." Aí estava a ponta do fio da meada que Jesus queria que aquele jovem colocasse na Sua mão. Jesus acrescentou: "Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; então, vem e segue-Me." Marcos 10:21.
Jesus sabia que os actos exteriores de aparente obediência aos santos mandamentos da Lei de Deus não revelavam o interior do coração daquele jovem. Ele apegava-se aos seus bens e fazia deles o seu Deus. No emaranhado da vida do jovem, Jesus puxou exactamente a linha que foi tocar no fundo do seu coração, no problema que ele guardava escondido. Os seus bens materiais impediam-no de seguir Jesus e ter a vida eterna. E o rapaz, cabisbaixo, retirou-se triste.
'Uma coisa te falta'. Neste momento de reflexão, vamos dar um mergulho bem fundo dentro do nosso próprio coração. Lembremo-nos que, se por uma lado, observar os mandamentos da lei de Deus não nos pode garantir a salvação, por outro lado, a sua transgressão, não confessada e não perdoada, pode levar-nos à perdição. Assim, o que é que deve motivar as nossas acções? Jesus alegra-Se com os que Lhe obedecem e praticam os Seus mandamentos. Porém, essa obediência não deve ser unicamente um acto exterior, mas uma acção impulsionada pelo amor que devotamos Àquele que nos salvou - Jesus Cristo.

sábado, 26 de março de 2011

TER OBJECTIVOS CLAROS NA VIDA

26 de Março

"Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:13, 14

Ter um objectivo é saber para onde ir. É ter um rumo certo. É ter um alvo. Tem-se dito que quem não sabe para onde ir, usa qualquer caminho. Acrescentando, diria que quem não sabe para onde vai, dificilmente chega a algum bom lugar.
Muitos há que pensam que o objectivo é válido unicamente quando se tem em mente a escolha de uma profissão. No entanto, creio que para sermos bem sucedidos na vida é bom que estabeleçamos objectivos, ou metas, em diversas áreas da nossa vida.
Assim, poderíamos ter objectivos íntimos, aqueles que dizem respeito ao nosso coração, a um futuro lar. Existem também os objectivos profissionais, que no caso incluiriam os estudos e toda a preparação necessária para atingirmos, com sucesso, a profissão desejada. Precisamos também de estabelecer metas materiais, como casa, carro e bens. E, o mais importante: os nossos alvos espirituais, que incluiriam não apenas a nossa crença e fé, mas a nossa segurança e a certeza da vida eterna.
Uma vez escolhidos os objectivos, vem a luta constante da vida no afã de os atingir. E isto é a beleza e a grande motivação da vida. O apóstolo Paulo descreveu assim essa jornada para se conseguir a vitória suprema, que é a vida eterna: "Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:13, 14.
Todos os alvos podem ser importantes, mas só os bons alvos espirituais é que poderão conduzir-nos à vida eterna. E quanto ao caminho para chegarmos lá, Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim." João 14:6.

sexta-feira, 25 de março de 2011

SENHOR, SALVA-ME!

25 de Março

"Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Mateus 14:30, 31

Esta experiência vivida por Jesus e pelos Seus discípulos ensina-nos uma preciosíssima lição. Após longas horas a atender a multidão, Jesus recomendara que os discípulos apanhassem o barco e fossem para a outra margem do lago. Tendo despedido a multidão, Jesus subiu ao monte para ficar a sós e orar.
Na tentativa de atravessar o lago, os discípulos encontraram um problema: o vento era contrário e a viagem não rendia. Na quarta vigília da noite - isto é, entre as 4 e 6 horas da madrugada - Jesus dirigiu-se ao encontro deles, caminhando por cima do mar. Ao verem-n'O, os discípulos assustaram-se, pensando tratar-se de um fantasma. Mas Jesus acalma-os dizendo: "Fiquem tranquilos, não temam, sou Eu."
É nesta altura que Pedro entra em cena, dizendo: "Senhor, se és Tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E Ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o." Mateus 14:28-31.
Vamos deter-nos unicamente a comentar um pouco o brado de angústia de Pedro e a acção de Jesus: "Senhor, salva-me." As palavras de Pedro foram poucas, e a resposta de Jesus foi instantânea:
"Estendendo a mão, segurou-o." Não existe nenhum soluço ou brado de angústia que Jesus não conheça e não ouça. Não importa que tipo de problema enfrentamos: se físico, financeiro, espiritual ou de carácter social. Ele está sempre muito perto de qualquer um de nós. Estamos sempre ao alcance da Sua poderosa mão salvadora. Basta que clamemos por socorro, e Ele nos ajudará.
Sente-se perdido e afundando-se no mar da vida? Tem no seu coração algum problema que o angustia? Desenvolva a sua fé e confiança no amor divino. Clame, grite do fundo da sua alma como Pedro o fez: "Senhor, salva-me." Então sentirá a mão amiga de Jesus, levantando-o e dando-lhe a segurança e a paz que só Ele pode dar. Creia no poder de Jesus!

quinta-feira, 24 de março de 2011

QUE QUERES QUE TE FAÇA?

24 de Março

"Então, parou Jesus e mandou que Lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe: Que queres que Eu te faça?" Lucas 18:40, 41

Foi realmente uma bela experiência vivida por Jesus e testemunhada por muitos nas redondezas de Jericó. Jesus estava acompanhado dos Seus doze discípulos e de uma grande multidão. À beira do caminho estava um cego mendigando. Ao se aperceber do burburinho da multidão que se aproximava, ele perguntou aos transeuntes o que era aquilo. E disseram-lhe que era Jesus que vinha pelo caminho acompanhado de muita gente.
O cego já tinha ouvido falar de Jesus, dos Seus ensinos e dos Seus milagres. Naquele instante, acendeu-se no seu coração a chama da esperança de receber a cura para os seus olhos. Com voz alta começa a clamar: "Jesus, Filho de David, tem compaixão de mim." Os transeuntes e os que acompanhavam Jesus repreenderam-no, ordenando-lhe que se calasse. Porém, o cego não se importou com ninguém e continuou a clamar mais alto ainda: "Filho de David, tem compaixão de mim."
Jesus ouviu o seu clamor. Pediu que o trouxessem e perguntou-lhe: "Que queres que te faça?" Ora, Jesus bem sabia o que ele desejava, mas queria a confirmação pelas suas próprias palavras. E o cego disse: "Senhor, que eu torne a ver." E Jesus disse-lhe: "Recupera a tua vista; a tua fé te salvou." E foi assim que aquele homem foi curado e passou a seguir a Jesus.
A experiência vivida pelo cego à beira do caminho de Jericó é uma lição muito preciosa para qualquer um de nós. Pode acontecer que estejamos a viver enclausurados na escuridão da nossa cegueira espiritual tendo a solução do nosso problema bem ao nosso alcance. Precisamos de reconhecer a nossa debilidade e saber que Jesus está bem perto, à espera de ser solicitado para ajudar. Jesus sabe de todas as nossas necessidades, mas não interfere se não o desejarmos. É verdade que ao nosso redor às vezes há pessoas que dizem: "Não ligues a Jesus, deixa-O fora da tua vida. Ele está ocupado com outras coisas mais importantes. Ele não vai preocupar-Se contigo."
Não se importe com essas pessoas. Clame a Jesus. Abra diante d'Ele o seu coração. Então sentirá a Sua voz a dizer-lhe: "Que queres que Eu te faça?" Então receberá a bênção que tanto procura. Tenha fé. Jesus está ao alcance da sua voz. Ele ouve-o. Ele atende-o!

quarta-feira, 23 de março de 2011

SOMOS PRECIOSOS NAS MÃOS DE DEUS

23 de Março

"A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor." Actos 11:21

Mesmo passando por dificuldades, os discípulos que tinham sido dispersos de Jerusalém após o apedrejamento de Estevão, em Antioquia, gozavam da protecção da mão divina. O fogo da provação purificou a sua vida, e o seu testemunho foi poderoso para a conversão de muitos. Ali, pela primeira vez, foram chamados cristãos. Voltava eu de uma semana de oração, que tinha realizado no Instituto Adventista da Transamazónica, quando me encontrei em Belém com um jovem amigo. Disse-me que estava a negociar em ouro. Comprava ouro aos garimpeiros e vendia-o em São Paulo. Mostrou-me o ouro que trazia. Era pouco mais de um quilo. Explicou-me que aquele ouro ainda era impuro e que teria de passar pelo fogo para ser purificado. Depois, teria muito mais valor.
Ao ter nas minhas mãos aquele valioso metal, ainda impuro, fiquei a pensar na consideração que Deus tem para com os seres humanos. É verdade que muitos de nós nos temos degenerado e contaminado por causa da presença do pecado. E isto tem afectado, não apenas o nosso físico, com imperfeições e doenças, mas também o nosso espírito, com a maldade que tem invadido os corações.
No entanto, apesar de todas estas mazelas, somos considerados como ouro diante dos olhos divinos. Ele não nos despreza. Bem sabemos que as insinuações de Satanás para o pecado se aperfeiçoam a cada instante. O pecado apresenta-se diante da sociedade com cores cada vez mais atractivas e menos ofensivas. Muitos se têm deixado deslizar nessas provas. Há uma coisa que todo o pecador precisa de saber: Deus não leva em conta a situação em que nos encontramos no momento, mas sim como poderemos ser no futuro. Pode até ser necessário passarmos por alguma prova de fogo, mas depois seremos mais preciosos à vista de Deus.
Se neste momento está a passar por alguma prova difícil na sua vida, anime-se! Deus ama-o. Tal como o garimpeiro procura o precioso metal em lugares difíceis, sacrificando até a vida para o encontrar, assim também Jesus tem feito tudo para nos ter nas Suas mãos. Você é muito precioso diante dos Seus olhos! É como ouro nas mãos de Deus. Ele deseja que o seu testemunho brilhe diante do mundo.

terça-feira, 22 de março de 2011

O GRANDE CONSOLADOR

22 de Março

"E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco." João 14:16

Sempre que nos separamos de entes queridos sentimos vazios profundos na alma, que nos ocasionam tristeza e dor. Lembro-me, como se fosse hoje, quando me ausentei do meu lar pela primeira vez. Eu tinha um pouco menos de onze anos de idade. Estava a deixar o lar e a minha tão querida cidade natal. Ia estudar em São Paulo, no IAE - Instituto Adventista de Ensino.
Não consigo apagar da memória o último adeus, as últimas luzes da cidade que ficavam para trás, e depois a tremenda sensação de vazio que tomou conta do meu coração. O combóio, serpenteando pelas curvas do caminho, ia deixando apenas fagulhas que rapidamente se apagavam. Ali começava a saudade. O forte nó que se formava na garganta e as lágrimas que humedeciam os olhos, e que teimavam em descer pela face sem que o desejasse, introduziam-me numa nova experiência na vida. Nesse momento, passei a compreender o que era a saudade.
O grande consolo que tinha era receber as tão esperadas cartas que os meus pais me escreviam. Guardo com muito carinho no meu arquivo algumas dessas cartas. Elas eram escritas pelo meu pai, pela minha mãe ou por ambos. Invariavelmente as cartas continham notícias da família, alguns bons conselhos e palavras de ânimo e incentivo. Essas cartas foram muito úteis para mim, pois além de me consolarem, animaram-me muito a prosseguir a carreira estudantil.
Um hino antigo do Hinário Adventista diz: "Da linda Pátria estou mui longe, triste eu estou. Eu tenho de Jesus saudades, quando será que vou?" Foi o pecado que nos separou de Deus, o nosso Criador. Confesso que tenho muita saudade do meu Deus. Sabemos que Jesus veio ao mundo para reatar a nossa ligação com o Pai; entretanto, terminada a Sua missão entre nós, regressou ao Céu. Porém, Ele não nos deixou sós, abandonados. Acompanha-nos com muito interesse na nossa formação espiritual e também deseja que sejamos vitoriosos na vida.
O consolo pela ausência de Jesus vem-nos de duas maneiras: em forma escrita, através da Bíblia Sagrada, e através da presença do Espírito Santo. É o Espírito Santo que aconselha, anima e fortalece cada um de nós na nosso jornada. É Ele que, com voz mansa e suave, fala ao nosso coração e consciência, constrangendo, insistindo e apelando para que não desanimemos, até ao dia em que voltaremos a viver para sempre com Deus. Como é bom receber conforto, consolo e ânimo! Só o Espírito de Deus nos pode dar tudo isso de maneira tão eficaz. Ele é o nosso Consolador!

segunda-feira, 21 de março de 2011

O MUNDO ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS

21 de Março

"Alegrem-se os céus, e a terra exulte; diga-se entre as nações: reina o Senhor." I Crónicas 16:31

Muitas vezes temos ouvido a seguinte expressão: "Se as coisas continuarem como estão, onde vamos parar?" Creio que todas as pessoas honestas e sinceras se preocupam, não apenas com o mundo ao redor, mas também consigo mesmas e com a sua família. Acompanhe esta pequena história:
Certa vez Frederico, o Grande, visitou uma escola pública em Brandemburgo. Era o momento da aula de Geografia, e o imperador perguntou a um menino:
- Onde está situada Brandemburgo?
- Na Prússia - respondeu o menino.
- E onde está a Prússia? - interrogou novamente o imperador.
- Na Alemanha - replicou o menino sem vacilações.
- E a Alemanha?
- Na Europa.
- E a Europa?
- No mundo.
- E o mundo? - foi a última pergunta do imperador.
Depois de um momento de reflexão, o menino respondeu sem vacilar:
- O mundo, Majestade, está nas mãos de Deus.
A criança tinha razão e respondeu ao imperador com muita sabedoria. O mundo está nas mãos de Deus por diversas razões. Foi Ele quem criou não apenas o mundo, mas todo o Universo. É Ele quem o mantém na sua órbita, sustentado pela lei da gravitação universal. Foi Ele quem criou e mantém toda a vida, desde os seres unicelulares até à complexidade dos seres humanos. Deus faz o Sol brilhar, a chuva cair e a semente germinar, florescer e frutificar.
«O mesmo poder que mantém a Natureza opera também no homem. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o átomo dirigem a vida humana. As leis que presidem à acção do coração, regulando o fluxo da corrente da vida no corpo são as leis da Inteligência todo-poderosa, as quais presidem às funções da alma. D'Ele procede toda a vida. ... O invisível acha-se ilustrado pelo visível. Sobre todas as coisas na Terra, desde a mais alta árvore da floresta até ao líquen que se apega ao rochedo, desde o aceano ilimitado até à mais frágil concha na praia, poderão eles contemplar a imagem e inscrição de Deus.» - Educação, págs. 99 e 100.

(Veja nos links: 6M - O MUNDO ESTÁ EM SUAS MÃOS)

domingo, 20 de março de 2011

O CÉU, UMA REALIDADE

20 de Março

"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." Apocalipse 21:1

O Pastor Enoch de Oliveira, que lembramos com saudade, era considerado por muitos, o príncipe dos pregadores adventistas. Legou-nos memoráveis sermões repletos de alimento espiritual, apresentados em linguagem erudita e bela. Entre as suas obras escritas há uma página em que ele descreveu, com cores vivas e a sua fé e esperança, a realidade de um novo Céu. Diz ele: "Há pessoas, que consideram o Céu como um mero estado de espírito ou uma região de sonhos e fantasias. Outros crêem ser um lugar definido na geografia universal onde os espíritos dos mortos se movem tangendo harpas de ouro. Há ainda os que o descrevem como um lugar onde os redimidos voam com asas de ave.
"Estas e outras ideias carentes de fundamento bíblico, são responsáveis por uma crescente indiferença para com a vida futura, considerada agora por muitos como nebulosa, para além dos limites da compreensão humana.
"A Bíblia, entretanto, define o Céu como um lugar. 'Vou preparar-vos lugar', prometeu o Senhor. Com efeito, algures, no espaço infinito, existe um lugar para nós. As hostes celestiais estão a prepará-lo, na expectativa do dia glorioso do segundo advento de Cristo quando, deste planeta em rebelião, os remidos forem levados para o seu lar eterno.
"Mas que espécie de lugar é o Céu? A literatura apocalíptica apresenta-o em linguagem cintilante, e a hinologia cristã exalta-o como uma terra bem-aventurada, onde os redimidos verão concretizadas as suas mais queridas aspirações.
"Numa das suas cartas pastorais o apóstolo Paulo tentou descrevê-lo, porém, confessou as suas limitações nas seguintes palavras: 'Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam' (I Coríntios 2:9). Nem a imaginação mais fértil pode conceber a magnitude e a excelência do que o Eterno está a preparar para os Seus filhos." - Ano 2000 - Angústia ou Esperança?, pág. 272.
Quando Jesus rompeu os laços que O prendiam à morte e voltou à vida pelo Seu próprio poder, tornou-Se o grande penhor da nossa vitória. Através de Jesus, o Céu é uma esperança hoje e uma realidade num futuro bem próximo.

sábado, 19 de março de 2011

RENOVAÇÃO DO ENTENDIMENTO

19 de Março

"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2

De uma forma geral, não gostamos de estar ou de nos relacionar com pessoas acomodadas. Refiro-me às pessoas que se contentam com qualquer coisa e que não aspiram a melhorar, crescer, progredir e aprender coisas novas.
Muitos professores preferem ter como alunos aqueles que às vezes dão um pouco mais de trabalho, mas que sejam de mente aberta e espírito pronto a procurar novos conhecimentos e a ter novas experiências. Entretanto, há pessoas de mente muito ágil e fértil, que em vez de procurarem conhecimentos através da pesquisa útil e sincera, especializam-se na astúcia. Estas gastam muito tempo a pesquisar a Bíblia, outros livros religiosos, os actos de Instituições e a vida das pessoas, para, com manha e até ironia maliciosa, destilarem as suas críticas. Não se valem da busca de novos conhecimentos para o seu crescimento intelectual e espiritual. Em vez de terem a mente renovada e fortalecida, enfraquecem-se. Misturam o bom alimento, que poderia fazer com que crescessem fortes e sadios mental e espiritualmente, com os males do pecado. E o resultado é debilidade espiritual.
Sabemos que Deus é um grande Mestre. Ele deseja sempre o melhor para cada um de nós, tanto para hoje como para o futuro. Sabemos também que Ele anseia que sejamos pessoas que procurem sempre mais e melhores conhecimentos. No Céu e na Nova Terra vamos dar continuidade aos estudos e pesquisas que aqui apenas iniciamos, pois "o Céu é uma escola; o campo dos seus estudos, o Universo; o seu professor, o Ser infinito." - Educação, pág. 301.
É aqui, e através de Jesus, que nos matriculamos na Escola do Além. A preparação é através da renovação do entendimento que se processa quando: orando, meditando, lendo a Palavra de Deus, ouvindo a voz do Espírito Santo, temos a mente esclarecida quanto às novas verdades que despontam com brilho inconfundível. Então, não apenas aceitamos essas novas verdades, como também passamos a praticá-las. É assim que experimentamos "qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."
É esse crescer constante que nos traz a verdadeira paz. É esse crescer constante que agrada ao nosso Deus.

sexta-feira, 18 de março de 2011

DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

18 de Março

"Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Mateus 22:21

Todos os anos, quando chega a época em que as pessoas têm que fazer as suas declarações de rendimento e, consequentemente, fazer o acerto de contas com o governo para pagar o seu imposto ou receber de volta o que foi recolhido a mais, muitos cristãos experimentam os mais variados sentimentos.
Há alguns que sonegam informações de rendimentos para evitar pagar os impostos. Há outros que cumprem as suas obrigações com total fidelidade, mas fazem-no com o coração transbordando de amargura e rancor. Olham para algumas coisas que acontecem aqui, ali ou acolá, que mostram o inadequado uso do dinheiro público, e isto faz com que se sintam revoltados.
Nos dias de Jesus as pessoas também tinham estes sentimentos. Vivendo sob o domínio romano, o povo judeu tinha que pagar os tributos a Roma, mesmo a contra-gosto. Certa ocasião, querendo colocar Jesus numa armadilha, algumas pessoas perguntaram-Lhe: "Dize-nos, pois: Que Te parece? É lícito pagar tributo a Cesar ou não?" Todos conhecemos a clássica resposta de Jesus. Ele tomou uma moeda e perguntou de quem era a efígie que estava na moeda. Eles responderam: "É de César." Jesus então disse: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Mateus 22:17-21.
A autoridade suprema é Deus. Portanto, a nossa lealdade máxima, como cristãos, deve ser para com Ele. Mas o cristão coopera com as autoridades superiores, porque "por Deus são estabelecidas", de acordo com Romanos 13:1 - "Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus." Portanto, os impostos não são contrários à lei de Deus. Se alguém não faz bom uso deles terá que prestar contas à sociedade, à lei do país e, especialmente, a Deus.
O cristão fiel é aquele que cumpre as suas obrigações para com Deus e para com o seu país. Tendo a Deus como seu sócio, é correcto em devolver-Lhe os dízimos de tudo que lhe vem à mão como ganho. Demonstra-Lhe ainda gratidão trazendo para a Sua igreja ofertas voluntárias, segundo as bênçãos recebidas. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." Malaquias 3:10. Quanto às suas obrigações para com o seu pais, é honesto e verdadeiro nas suas declarações de rendimentos e pagamento de impostos. Um cristão que assim procede, não somente atende ao que Cristo lhe pede, mas é uma pessoa feliz e de consciência tranquila.

quinta-feira, 17 de março de 2011

DEUS É O NOSSO REFÚGIO

17 de Março

"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares." Salmo 46:1, 2

Há alguns anos, quando morava no Rio de Janeiro, estava num estabelecimento comercial esperando a minha vez de ser atendido. Ao meu lado estava um jovem marinheiro. Ao conversarmos, dirigimos os nossos pensamentos para a crença na existência de um Deus criador, mantenedor, mas que nos dá total liberdade.
A certa altura da nossa conversa, ele contou-me um episódio interessante vivido por ele, e por vários dos seus colegas numa viagem que ficou memorável. Tranquilamente, o grande navio cruzava o oceano. Nas conversas para passar o tempo, alguns dos seus colegas faziam questão de se vangloriar, dizendo que não criam na existência de Deus. Se existisse Deus, como é que Ele permitiria as guerras, a fome, as crianças abandonadas, os aleijados, as doenças?
E convenhamos que, quando defendemos a ideia de que Deus é amor, realmente nem sempre é fácil responder a estas perguntas!
Mas o marinheiro continuou a contar: "Mais adiante, tivemos que enfrentar uma terrível tempestade. O céu escureceu, o vento soprou forte, a chuva caiu pesadamente e as ondas aos poucos foram-se avolumando até chegar ao ponto da nossa grande embarcação, que antes parecia ser tão forte, se assemelhar a uma pequena casquinha de amendoim atirada de um lado para o outro, para cima e para baixo. Todos temíamos ser engolidos pelas ondas. Todos nos recolhemos. Comecei a orar a Deus e a pedir socorro e protecção. Então pude ver aqueles colegas, que diziam não crer em Deus, ajoelhados e clamando pela protecção divina."
"Passada a tempestade", continuou o marinheiro, "conversei com aqueles colegas e eles disseram: Diante da morte, chegámos à conclusão que Deus existe e que só Ele poderia dar-nos a esperança de vida."
É claro que enquanto a porta da graça estiver aberta, ainda haverá a possibilidade de alguém crer em Deus e aceitar o Seu plano da salvação, mesmo no meio dos turbilhões das provas da vida. Todavia, é muito melhor enfrentar as tempestades tendo a certeza de que "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações."

quarta-feira, 16 de março de 2011

NÃO VÁ NESTE COMBÓIO!

16 de Março

"Porque aos Seus anjos dará ordem a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos." Salmo 91:11

Creio nos anjos porque, ao longo da minha vida, tenho visto e sentido bem de perto a sua actuação em meu favor. Jamais poderei apagar da memória uma experiência que vivi. Era estudante e nas férias trabalhava para pagar os meus estudos. Certo dia deveria fazer uma viagem de combóio. Na estação, comprei o bilhete e, ao chegar diante do portão de entrada da plataforma, já podia ver bem ao longe o combóio a aproximar-se. Naquele instante senti como que uma mão que me afastava do portão e uma voz a dizer-me ao ouvido: "Não vás neste combóio!"
Tentei na minha mente argumentar: "Mas eu preciso de ir agora. Tenho compromissos a cumprir." Mas a voz que me falava à mente era insistente: "Não vás neste combóio!" Acabei por obedecer à voz e nunca me arrependi disso. Aliás, sou eternamente grato porque naquele dia Deus enviou o Seu anjo para me livrar de um acidente com aquele combóio, que ceifou a vida de muitas pessoas.
A actuação dos anjos de Deus é um mistério. Porque é que eles actuam em favor de alguns, enquanto que em favor de outros, aparentemente não o fazem? De igual maneira, porque parecem actuar numa ocasião e noutra não? Hoje não podemos saber todos os propósitos divinos, mas um dia saberemos. Lembremo-nos de que Deus actua no Universo com propósitos infinitos e eternos. Deus não é imediatista, como costumamos ser. Nós vemos apenas o hoje. Deus leva em conta também o amanhã e a eternidade.
Além disso, não podemos esquecer-nos de que Ele rege o Universo tendo como norma para os seres criados o livre arbítrio. Escolhemos os nossos caminhos e as nossas acções, e consequentemente temos que arcar com os efeitos correspondentes das nossas decisões.
A protecção maior que Deus nos quer dar através do ministério dos Seus anjos não é de acidentes e dificuldades materiais e físicas. Deus quer livrar-nos especialmente dos problemas morais e espirituais. Ou, para usar uma expressão muito correcta: Deus deseja livrar-nos do pecado. Os anjos caídos, inimigos de Deus, impelem-nos ao pecado, mas se nos deixarmos conduzir por Deus, os Seus poderosos anjos livrar-nos -ão de todo o mal. Este é o motivo maior, que deve levar-nos a suplicar todos os dias, com fé, ao nosso bondoso Deus para que envie os Seus poderosos anjos para nos proteger.

terça-feira, 15 de março de 2011

BONDADE

15 de Março

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei." Gálatas 5:22, 23.

Inspirado por Deus, Paulo conseguiu expressar o maravilhoso trabalho que o Espírito Santo desenvolve na vida de alguém que se deixa dirigir por Ele, através de uma bonita figura de linguagem. Hoje vamos deter-nos a considerar apenas uma das facetas do fruto do Espírito, a bondade. Um destes dias li alguns pensamentos interessantes sobre a bondade, cujo autor é desconhecido, e que diziam o seguinte:
«Se um homem é bondoso e cortês para os estrangeiros, isto mostra que é cidadão do mundo e que o seu coração não é uma ilha isolada, mas que faz parte de um continente. Se é compassivo para com as aflições dos outros, isto mostra que o seu coração é como a nobre árvore que, mesmo sendo ferida, faz da sua seiva a escorrer um bálsamo. Se perdoa facilmente e não se deixa ofender, mostra que a sua mente está acima de injúrias e que não pode ser alvejado pelos maledicentes. Se é agradecido até por pequenos favores que recebe, então mostra o verdadeiro valor do seu coração. No entanto, acima de tudo, se tem o coração à semelhança do do apóstolo Paulo, que chegou ao ponto de desejar ser um anátema de Cristo a fim de salvar os seus irmãos, isto mostra muito da natureza divina de que foi possuído, e de como está a ser transformado à semelhança de Cristo.»
O exemplo de Paulo, citado nestes pensamentos, traz-nos à lembrança aquele que foi considerado o homem mais manso da Terra, Moisés. Como a mansidão é a irmã gémea da bondade, não tenho dúvida de que Moisés também levaria o troféu da bondade. Para os que seguem as pegadas do meigo Nazareno, a prática da bondade não pode e não deve ser motivada unicamente por 'slogans' de campanhas passageiras com frases que causam impacto, não! Deve ser um estilo de vida, "pois o amor de Cristo nos constrange". II Coríntios 5:14.
A bondade demonstrada para com os desvalidos, quer sejam doentes, pobres, vizinhos, parentes, empregados - não importa quem, onde, porquê - deve ser motivada pelo amor. Amor sincero, profundo e desinteressado, inspirado por Aquele que nos amou primeiro.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A OMNISCIÊNCIA DIVINA

14 de Março

"Porque Deus há-de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más. Eclesiastes 12:44

O General O. M. Mitchel era também um astrónomo e andava sempre com algum instrumento para contemplar o firmamento. Certa ocasião, estando de visita à casa de um dos seus amigos, ele convidou-o a subir ao terraço da casa a fim de contemplar a sua propriedade. Lá no alto, o General instalou um pequeno telescópio que levara consigo e convidou o amigo a olhar através dele. À distância de uns dez quilómetros, ele observou um homem acompanhado de um cão a andar entre as árvores e com uma espingarda.
Viu-o a seguir elevar a arma, atirar e abater um lindo pássaro. O homem não estava tão próximo que pudesse ser visto, no entanto, embora ele nem imaginasse, os seus actos estavam a ser acompanhados por duas pessoas a dez quilómetros de distância.
Um dos atributos divinos é a omnisciência. Deus conhece tudo, Deus vê tudo. Nada há encoberto diante dos Seus olhos. As portas podem estar fechadas, as luzes apagadas; não importa, Ele sabe tudo. Os registos celestiais são fidedignos em anotar os nossos actos.
Este facto traz-nos à mente duas coisas muito importantes. A primeira deve animar-nos, e a segunda deve levar-nos a pensar profundamente. Deus acompanha com interesse paternal a vida de cada um de nós. Isaías 59:1 diz que "a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar." Deus acompanha a nossa vida e está sempre pronto a estender-nos a Sua mão em toda e qualquer circunstância em que d'Ele necessitarmos. O que acontece é que muitas vezes nós é que não estendemos a mão para Ele.
O segundo pensamento é o que lemos em Eclesiastes 12:14 - "Deus há-de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer sejam boas quer sejam más." Este facto torna-se preocupante para os que não tiveram os seus pecados perdoados, mas os que estão em Cristo permanecem tranquilos e confiantes na Sua graça e misericórdia.
Hoje a mão de Deus está estendida para salvar. Aproveitemos esse acto de amor. Em breve Ele estará no Seu trono para nos julgar.

domingo, 13 de março de 2011

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO

13 de Março

"Pelo que David louvou ao Senhor perante a congregação e disse: Bendito és Tu, Senhor, Deus de Israel, nosso Pai de eternidade em eternidade." I Coríntios 29:10

Continuamos hoje a analogia entre a oração de David e a oração modelo de Jesus. David iniciou a sua prece reconhecendo a eternidade de Deus; Jesus culminou o Seu modelo de comunicação com o Pai nosso, que está no Céu, também enaltecendo a eternidade divina: "Pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém." A oração é um diálogo com Deus. No momento em que confessamos a Deus que reconhecemos que o Seu reino, o Seu poder e a Sua glória duram para sempre, estamos a dizer que aceitamos a Sua eternidade.
Humildemente tomamos o nosso lugar de pecadores que precisam da Sua aceitação, do Seu perdão; e sendo aceites no Seu reino, como filhos, podemos também ter acesso à vida eterna.
Todos os seres humanos anseiam ter mais vida. Os cientistas e médicos têm procurado fazer tudo para prolongar o máximo possível o período de existência do ser humano. Embora, nessa questão, algumas boas conquistas tenham sido conseguidas e a média da duração da vida tenha sido aumentada em muitos povos, o facto é que chegámos a um ponto em que os recursos se limitam. A morte é certa e inexorável.
Entretanto, a eternidade de Deus e o Seu plano redentor para a raça humana enchem o nosso coração de esperança. O próprio Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10.
Em resumo, as nossas considerações sobre a oração do Pai Nosso ensinam-nos o seguinte: Deus é o nosso Pai, que nos ouve, nos aceita e nos perdoa. Ele quer dar-nos a libertação dos pecados e conceder-nos vida eterna. Falemos com Ele livremente, como o fazemos com o nosso pai carnal ou um amigo íntimo, mas façamo-lo com todo o respeito, reverência e dignidade que Ele merece. Que assim sejam as nossas preces públicas ou particulares.

sábado, 12 de março de 2011

PORQUE TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA

12 de Março

"Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque Teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, Senhor, é o reino, e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos." I Crónicas 29:11

O texto da meditação de hoje faz parte da oração proferida pelo rei David, por ocasião da cerimónia em que ele fez a entrega das plantas do templo que o seu filho Salomão deveria construir em Jerusalém. Há uma grande semelhança entre as palavras de David e as expressões usadas por Jesus na conclusão da oração modelo: "Porque Teu é o reino, o poder e a glória para sempre." David necessitou de muitas palavras para dizer aquilo que Jesus sintetizou de forma simples e objectiva. Entretanto, a simplicidade da oração do Senhor mantém muita profundidade e amplitude. Vejamos:
'Teu é o reino.' Quando enunciamos essas palavras com plena consciência, estamos a dizer a Deus: "Senhor, Tu és o Rei e Soberano de todo o Universo. Sei que um dia os nossos primeiros pais foram enganados e também se rebelaram contra a Tua liderança e o Teu reino. Porém, conscientemente reconheço que temos errado. Tu és o dono de tudo e de todos. Assim, pois, integra-me e aceita-me como súbdito do Teu reino. Quero ser um defensor do Teu reino. Quero ser um observador atento das leis morais e físicas do Teu reino. Sei que momentaneamente ainda estamos a viver num mundo sob o domínio do pecado, mas desde agora e mesmo aqui, quero já ser do Teu reino. Dá-me a força do Teu Espírito Santo para viver a Tua vontade."
Essa declaração de amor e fidelidade é acompanhada da plena certeza de aceitação e resposta. Porquê? Porque de Deus é o reino e também o poder. Sim, Ele é Todo-Poderoso. Deus não tem limitações para executar os Seus desejos e vontades. Visto que Ele é amor e que só deseja o bem dos Seus filhos, a Sua forte e poderosa mão estará sempre estendida para nos apoiar e ajudar.
Que diremos sobre a 'glória' de Deus? Ela é a soma de todos os atributos divinos - amor, bondade, benignidade, poder, majestade, fidelidade, justiça, misericórdia, eternidade, verdade, etc. São esses maravilhosos atributos que O tornam glorioso. É por isso que o esplendor do Seu carácter brilha de maneira inconfundível em todo o Universo como sendo o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Que o Seu fulgor brilhe no nosso coração!

sexta-feira, 11 de março de 2011

LIVRA-NOS DO MAL

11 de Março

"Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." Mateus 10:28

Desde a entrada do pecado no mundo, a humanidade tem vivido no meio das amargas consequências do pecado. E quem é que não se quer ver livre dos males que nos cercam neste mundo, como acidentes, doenças, assaltos, catástrofes como enchentes, furações e incêndios? Mas seriam estes os males aos quais Jesus Se quis referir na oração modelo quando disse 'livra-nos do mal?' E quando o salmista David escreveu as belas e confortadoras palavras do Salmo 34:7: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem o os livra", será que se referia aos males que mencionámos?
Pensemos um pouco. Porque é que esses males existem? Eles são unicamente o resultado do pecado existente no mundo e no coração do homem. É muito claro que Deus pode, sem dúvida alguma, livrar-nos de doenças, de acidentes, de pessoas más, de assassinos, de catástrofes. Por isso devemos sempre orar pedindo que Ele nos livre desses males. Entretanto, o maior desejo divino é que nos livremos do causador desses males, que é o pecado. É por isso que a solicitação para Deus nos livrar do mal está ligada ao pedido anterior: "Não nos deixes cair em tentação."
Com Cristo no nosso coração seremos vitoriosos na luta contra a tentação. Consequentemente, não nos deixaremos dominar pelo mal, mas vencê-lo-emos com o bem.
Os problemas sociais, materiais e físicos que agora enfrentamos são passageiros. Embora eles possam incomodar-nos muito, chegando até a levar-nos à morte, a certeza que temos é que se estivermos ligados a Cristo, pela fé, a vida eterna nos está assegurada. Foi por isso que Jesus disse: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." Mateus 10:28.
Jesus preocupa-se muito com todo o nosso bem-estar, mas a Sua preocupação maior connosco é de carácter espiritual. Por isso Ele está disposto a interceder por nós. Ore com fé: "Livra-nos do mal, livra-nos de pecar."

quinta-feira, 10 de março de 2011

E NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO

10 de Março

"Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." I Coríntios 10:13

Há dias atrás, ao analisarmos uma das primeiras frases do 'Pai Nosso', mencionámos que Deus não nos fez como criaturas mecânicas. Dotou-nos de liberdade de escolha, que se chama, livre arbítrio. Só que cada escolha que fazemos tem sempre um efeito correspondente. Adão e Eva cederam à tentação de Satanás e optaram por conhecer o mal. O resultado não foi nada bom. Vieram os cardos, os espinhos, as doenças e a morte.
O amor de Deus, entretanto, não poderia permanecer estático vendo todo o sofrimento da humanidade. Ele executou o plano da salvação da raça humana através de Jesus Cristo, Seu Filho. Assim, a liberdade de escolha continua. Precisamos de ter a mente aberta a fim de ver todas as armadilhas propostas pelo inimigo de Deus, que é Satanás. Ele é subtil, reveste o mal de cores e luzes atraentes. Pinta perspectivas fulgurantes para convencer os incautos de que o erro e o pecado são bons. Mostra, por exemplo, as vantagens e as alegrias que vêm de um relacionamento sexual fora do matrimónio. Mas não mostra as tristezas e os infortúnios de doenças sexualmente transmissíveis ou de famílias esfaceladas e filhos a crescer sem a segurança de um lar que os acolha com carinho e amor. As tentações que nos impelem para o mal existem. Elas podem vir das maneiras mais variadas e das formas mais subtis. Temos de estar alerta e a vigiar. Aliás, o apóstolo Pedro diz: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar." I Pedro 5:8
Como não está ao nosso alcance eliminar as tentações, temos que ter a força moral, de que tanto necessitamos, a fim de não cedermos. É por isso que Jesus nos ensinou a orar: "Não nos deixes cair em tentação." Deus não permitirá que venham sobre nós provas e tentações que estejam além da nossa possibilidade de as vencer. Por maiores e mais difíceis que sejam as provas que enfrentamos, não temos desculpas para cair em pecado porque o poder divino está sempre à nossa disposição. Basta pedirmos com fé a Sua ajuda.

quarta-feira, 9 de março de 2011

PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS

9 de Março

"E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas."

No trecho da oração do Senhor que vamos analisar hoje, Jesus fala-nos do perdão - ser perdoado e perdoar. Esta é uma das questões mais importantes no que diz respeito à paz que todos tanto queremos.
Dever dinheiro e favores não é nada agradável. Porém, estar em débito com alguém por termos causado alguma ofensa através de gestos, palavras ou até acções impróprias, é algo bem diferente. Como é difícil acertar essas questões pendentes. Se porventura devemos dinheiro, podemos conseguir a importância necessária e efectuar o pagamento. Pronto! Estamos livres daquela culpa que pesava sobre o coração. Mas quando a dívida é moral, motivada por palavras mal ditas, por actos de traição ou por acções geralmente não confessáveis, cometidas às escondidas, aí a coisa é diferente! Para a corrigir exige-se o poder da graça de Cristo agindo num coração convertido.
O perdão é o ponto final de um processso que se inicia com o reconhecimento da falta praticada, e passa depois pelo acto heróico da confissão. Normalmente nós, seres humanos, costumamos racionalizar o problema: "Será que vale a pena confessar? Terei alguma vantagem nisso?" O cristão não pode agir assim. O seu desejo é fazer a vontade de Deus, estar em paz com os seus semelhantes e com a sua consciência. Pode haver algo mais precioso do que ter a consciência limpa, pura e isenta de qualquer culpa?
Agora, permita-me falar directamente ao seu coração. Desejo fazer-lhe um apelo sincero em favor do seu próprio bem-estar e da sua paz. Se tem alguma coisa pendente com o seu marido ou esposa, filhos ou pais; com o seu vizinho; com aquela pessoa a quem dedicava grande amizade; se tem alguma coisa pendente com o seu Deus, primeiro reconheça a sua falta, o seu erro, a sua dívida. Depois, confesse a falta. Faça isso sem rodeios. Seja humilde, peça perdão.
Vai ficar surpreendido. As nuvens escuras que enegrecem o horizonte da sua vida dissipar-se-ão. O sol voltará a brilhar e a paz voltará à sua consciência. Então, com convicção, poderá orar: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores".

terça-feira, 8 de março de 2011

O PÃO NOSSO DE CADA DIA

8 de Março

"Fui moço e agora sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão." Salmo 37:25

No Salmo 37 David recomenda-nos que não nos preocupemos com os injustos que, por vezes, ostentam sucesso nas coisas materiais. Ele convida-nos a confiar no Senhor, pois é Ele que nos mantém com a Sua poderosa mão. Os justos podem passar por provas, mas a sua manutenção está assegurada pelo Seu amor.
As coisas materiais, e mesmo a nossa alimentação, não devem ser a primeira preocupação da nossa vida. Creio que foi por isso que Jesus colocou esta frase no meio da oração modelo: "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje."
O pão é o alimento mais universal que existe. Talvez apenas alguns pouquíssimos e pequenos povos aborígenes não o utilizam como um dos seus alimentos básicos. Assim, o pão é símbolo universal do alimento e, consequentemente, da nossa manutenção e vida.
Quando oramos, "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje", estamos como que dizendo a Deus: "Senhor, a minha vida está nas Tuas mãos. Tu que fazes a semente brotar, a planta crescer e produzir. Tu, que com carinho e amor, providencias todas essas coisas, a fim de que eu tenha, em cada dia, tudo o que necessito para poder viver uma vida saudável e feliz. Confio em ti."
Lembremo-nos, no entanto, de que Jesus colocou o pedido pelo pão exactamente no meio da oração. Nós também temos que atentar para a primeira parte da oração modelo, antes de fazermos os nossos pedidos.
Precisamos de reconhecer e honrar a Deus como o nosso supremo Pai e reconhecer todos os seres humanos como nossos irmãos, pois Deus é 'Pai Nosso'. Precisamos de tratar Deus com respeito e reverência, pois Ele é Santo. E como súbditos do reino divino, por livre escolha, executaremos a vontade do Pai, obedecendo às Suas recomendações morais, espirituais e até físicas, que são para o bem da nossa saúde. Fazemos tudo isso, não para sermos aceites no Seu reino, mas sim porque O amamos. Obedecer-Lhe é para nós um acto de reciprocidade. Ele ama-nos, nós O amamos. Ele dá-nos tudo. Nós também Lhe retribuímos com obediência.
Como é bom poder orar com confiança: "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje." Os que são do reino de Deus têm essa segurança.

segunda-feira, 7 de março de 2011

FAÇA-SE A TUA VONTADE

7 de Março

"De facto, a vontade de Meu Pai é que todo o homem que vir o Filho e n'Ele crer tenha a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:40

Durante várias meditações temos analisado a 'Oração do Senhor', a que também costumamos chamar o 'Pai Nosso'. Hoje vamos avançar mais um pouco. Chegamos à frase: "Faça-se a Tua vontade." Nesta súplica de que seja feita a vontade de Deus, logicamente está implícito o desejo da pessoa que ora, de realizar a vontade de Deus na sua própria vida e experiência pessoal.
Imediatamente, tenho a certeza, muitos já começaram a fazer algumas conjecturas sobre qual seria a vontade de Deus. Alguns, talvez, estejam a pensar em boas obras como: caridade, obediência, ir à igreja, dar ofertas, dizimar ou até ser baptizado em alguma igreja. Entretanto, se formos procurar na Bíblia qual é a vontade de Deus, notaremos que em várias ocasiões até Jesus declarou que a Sua missão era realizar a vontade de Meu Pai. Mas, qual é a vontade divina? Jesus esclarece-nos: "A vontade de Meu pai é que todo o que vir o Filho e n'Ele crer tenha a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:40.
A vontade de Deus é fortemente fundamentada no Seu grande amor por nós. Ao criar-nos, Ele desejava que vivêssemos eternamente num ambiente de plena saúde, paz e felicidade. Entretanto, o pecado afastou-nos de tudo isso quando nos separámos de Deus. Ora, nenhum pai deseja ver um dos seus filhos distante de casa por causa da rebeldia e da desobediência. É por isso que o nosso Pai do Céu deseja que voltemos aos Seus braços de amor.
Assim, a grande vontade de Deus para cada um de nós não diz respeito a nenhuma pequena ou grande obra, mas a algo muito simples, porém maravilhoso! Deus deseja que creiamos no Seu filho Jesus como o único Salvador. Se tivermos fé em Jesus Cristo, mesmo que um dia venhamos a ser levados pela morte, temos a segurança de que seremos ressuscitados por ocasião da Sua vinda.
Vale a pena fazer a vontade de Deus. Vale a pena crer em Jesus e tê-l'O como Salvador. Que se faça a vontade de Deus na nossa vida assim como ela é realizada no Céu.

domingo, 6 de março de 2011

O REINO DE DEUS

6 de Março

"Nos Céus, estabelece o Senhor o Seu trono, e o Seu reino domina sobre tudo." Salmo 103:19

O reino de Deus foi estabelecido por ocasião da criação de todas as coisas. A Bíblia Sagrada, de maneira simples e objectiva, diz que em seis dias Deus criou a Terra, os astros, as estrelas, as árvores, as ervas, as aves, os animais e, como coroa da criação aqui na Terra, o ser humano. Era desejo de Deus que a raça humana se multiplicasse até povoar toda a Terra. Assim, Deus estendeu aos homens o privilégio da co-participação nos Seus desígnios de ver o globo terrestre ocupado.
O objectivo divino era que a parte do Seu reino aqui na Terra fosse composta por seres humanos que vivessem em perfeita sintonia com o seu Criador, em harmonia consigo mesmos e com toda a Natureza ao seu redor. Essa harmonia com a Natureza seria aquilo a que hoje chamamos, equilíbrio ecológico. O homem, no topo da escala dos seres criados, administrando com sabedoria a fauna e a flora e convivendo harmoniosamente com elas.
Mas Deus não criou o homem como um robô. Dotou-o de livre arbítrio. Assim, ser e estar no reino de Deus era uma questão de decisão e de escolha. É claro que a escolha implicaria a aceitação da liderança divina e a obediência aos ditames e normas do Seu reino. Foi nesse ponto que surgiu o problema com a raça humana. Os nossos primeiros pais optaram por estar sob o domínio de outro reino. Satanás tinha-se insurgido contra o reino de Deus e neste mundo tentou e conseguiu estabelecer as bases da sua insurreição.
No Seu reino Deus oferecia paz, segurança e vida eterna. Satanás disse que os homens haveriam de conhecer o bem e o mal. O que ele não revelou é que os seres humanos experimentariam na sua própria pele esse mal, com doenças, misérias, dores e, por fim, a morte.
Para nossa felicidade, Deus não nos abandonou no meio dessa triste situação. Através do Seu filho Jesus, proporcionou-nos a oportunidade de estarmos no Seu reino. Hoje já podemos estar no Seu reino da graça. Na volta de Jesus, ele nos introduzirá no Seu reino da glória.
Quando oramos 'venha o Teu reino', está implícito: "Senhor, estou cansado do domínio do pecado, aceito o Teu reino e a Tua liderança para a minha vida."

sábado, 5 de março de 2011

O NOME SANTO DE DEUS

5 de Março

"Santificai o Meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanaste no meio delas; as nações saberão que Eu sou o Senhor, diz o Senhor Deus, quando Eu for santificado aos seus olhos." Ezequiel 36:23

No texto da meditação de hoje, Ezequiel relata o descontentamento divino pelo facto do Seu nome ter sido profanado diante das nações. A parte triste dessa história é que Deus responsabiliza o Seu povo escolhido, que deveria ser o exemplo de respeito e reverência para com o Seu nome, por essa profanação entre as nações. A advertência divina foi muito solene: "Santificai o Meu grande nome, que foi profanado entre as nações."
Quando Moisés recebeu as orientações para construir o santuário e o estabelecimento das cerimónias que n'Ele teriam lugar, tudo deveria contribuir para que o povo entendesse que onde Deus se manisfestava deveria haver respeito e estrita reverência. A expressão 'Santidade ao Senhor' era destaque nas vestes sacerdotais, na mobília e nos rituais do santuário.
Aliás, quando pensamos na santidade do nome de Deus, logo nos lembramos do terceiro mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão." Êxodo 20:7.
Este mandamento traz-nos à lembrança que, de vez em quando, precisaríamos de reavaliar alguns costumes que aos poucos vão sendo assimilados por algumas pessoas. Um deles é a utilização da expressão: 'Se Deus quiser'. De forma consciente ou inconsciente, ao se referirem a coisas banais, compromissos claramente contra a vontade divina, há quem esteja a tomar o nome de Deus em vão e, consequentemente, cometendo um erro.
Para pensar: Não profanamos o nome de Deus quando criamos bonitas letras religiosas e as colocamos em composições musicais com nítida tendência secular? Será que Deus Se agrada quando misturamos coisas religiosas com profanas? E o 'Oh! Meu Deus!' e outras frases semelhantes utilizadas vulgarmente e frequentemente em novelas, filmes e peças teatrais?
Que ao orarmos ao Senhor: "Santificado seja o Teu nome", possamos fazê-lo com a consciência de uma vida voltada para o respeito e a honra que Deus merece.

sexta-feira, 4 de março de 2011

HÁ UM DEUS NO CÉU

4 de Março

"Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei; mas há um Deus nos Céus, o qual revela os segredos." Daniel 2:27 e 28.

Os sábios da corte babilónica seriam mortos porque nenhum deles tinha sido capaz de dizer qual o sonho que o rei Nabucodonosor tivera, e muito menos a sua interpretação. Daniel também era considerado como um dos sábios. E, ao ser introduzido na presença do rei, fez questão de falar, sem rodeios, da sua crença num Deus real que está no Céu.
Segundo a Bíblia Sagrada há 3 céus bem distintos. O primeiro é o céu atmosférico. É o que contém o ar que respiramos, o lugar em que os passarinhos e até os aviões voam. O segundo céu é o astral. É a vastidão infinita do espaço sideral, na qual os seus milhares de estrelas e astros, seguindo as suas órbitas e os seus movimentos, se mantêm em equilíbrio graças à lei da gravitação universal. O terceiro céu é um lugar do espaço universal em que está o trono de Deus. Ali estão também os Seus anjos que, segundo a Bíblia Sagrada, não apenas louvam a Deus, mas são também espíritos ministradores que, sob as ordens divinas, servem os seres humanos nas suas necessidades e lutas contra o mal. O que nos maravilha e enche o coração de alegria e gratidão para com o nosso Deus é o facto de que sendo Ele tão grande em poder, tão santo e sendo tão alta e honrada a Sua posição no Universo, Se digne olhar com simpatia e amor para cada um de nós. Ele sabe quem somos, onde moramos e conhece até as nossas necessidades mais corriqueiras. Jesus chegou a dizer: "Até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois!" Mateus 10:30 e 31. E agora, veja como são animadoras as palavras de Isaías 57:15 - "Habita no alto e santo lugar, mas também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos." Deus esteve com Daniel e os seus companheiros na corte babilónica, livrando-os de angústias e dando-lhes sabedoria. É muito bom saber que hoje também o Pai nosso que está nos Céus é um Deus bem próximo de cada um de nós. Ele está sempre pronto a ouvir-nos e a atender as nossas necessidades.

quinta-feira, 3 de março de 2011

NOSSO DEUS

3 de Março

"A casa que edificarei há-de ser grande, porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses." II Crónicas 2:5

Salomão desejava construir o templo de Jerusalém e queria fazê-lo da melhor maneira possível. Necessitando de bons materiais de construção e da mais qualificada mão-de-obra, foi procurá-los noutros países. No texto de hoje, Salomão está a dirigir-se a Hirão, rei de Tiro, para solicitar essa ajuda. Das suas palavras quero destacar a expressão que ele usou para Deus: 'o nosso Deus'. Interessante que Salomão utilizou a mesma forma que Jesus nos ensinou para nos dirigirmos a Deus em oração: 'Pai nosso'. A segunda palavra da oração modelo é o pronome possessivo que está na primeira pessoa do plural: nosso.
A grande lição de vida que nos vem da expressão 'Pai nosso', é que Deus não é só o meu Pai, mas é o Pai de todos nós. Ora, no momento em que aceito esta verdade no meu coração, automaticamente reconheço que sou irmão de todas as pessoas que estão à minha volta.
Assim, reconheço que tanto os ricos como os pobres, tanto os doentes como os sadios, tanto os 'com abrigo' como os 'sem abrigo', tanto os 'com terra' como os 'sem terra', tanto os grandes como os pequenos, todos somos irmãos. Não posso pedir alguma coisa para mim em detrimento do meu irmão. Não posso fazer negócios e trabalhos tendo como objectivo vantagens unicamente da minha parte. Compreendo que negócios e trabalhos só são bons quando satisfazem ambas as partes.
Noutras palavras, quando Jesus nos ensinou a orar 'Pai Nosso', queria que nos desprendêssemos totalmente das nossas vaidades pessoais e do nosso egoísmo.
Já pensou como o nosso mundo seria diferente se esse princípio de igualdade e de amor fosse aplicado por todos? Os patrões e empregados seriam diferentes. Muitos políticos e banqueiros mudariam as suas atitudes. Alguns comerciantes alterariam radicalmente os seus números e os seus cálculos de ganhos. Enfim, o mundo seria diferente, pois cada um, além de pensar em si mesmo, pensaria também no seu próximo, no seu irmão.

quarta-feira, 2 de março de 2011

TU ÉS MEU PAI

2 de Março

"Ele Me invocará, dizendo: Tu és meu Pai, meu Deus e a rocha da minha salvação." Salmo 89:26

'Pai' é a primeira palavra da oração que Jesus ensinou aos Seus discípulos. Esta pequena palavra de apenas três letras traz consigo um significado simples e, ao mesmo tempo, muito profundo. Jesus deseja que as nossas preces sejam dirigidas Àquele que foi o criador da nossa vida, isto é, o nosso Criador. Muito nos comove o coração, o facto de saber que somos o fruto de um amor muito especial da parte de Deus.
Nos primeiros capítulos do livro de Génesis vemos que há uma marcante diferença entre a criação do homem e das demais coisas. Em cada dia da criação Deus apenas ordenou e, pela Sua palavra, foram criados os céus, a terra, as plantas, os animais, as aves, etc. No entanto, o homem foi criado pela própria mão do Criador. O relato bíblico diz: "Então, formou o Senhor Deus o homem do pó da terra..." Génesis 2:7. É interessante notar que o verbo 'formar' no original hebraico é Yatsar, que quer dizer 'modelar'. Isto dá-nos a entender que fomos feitos pelas próprias mãos do Criador, e enternece o nosso coração perceber a atenção e o carinho com que fomos distinguidos. Por isso, Deus merece da nossa parte a máxima admiração e gratidão, que devem ser exteriorizadas através do respeito e da honra.
Por outro lado, chamar a Deus 'Pai' permite-nos expressar os nossos sentimentos de reconhecimento, respeito e honra, para com Ele, de forma familiar e amiga. Que privilégio!
Pai é aquele que está sempre muito próximo do filho, tanto nas horas alegres como nos momentos tristes, mesmo que geograficamente distante. O pai está sempre de mão estendida, pronto para ajudar, animar e fortalecer o filho. Pai é aquele que, mesmo tendo sido desprezado pelo filho que magoou profundamente o seu coração e abandonou o lar, distanciando-se pelo mundo, está sempre à espreita na porta da casa ou na beira do caminho, esperando a volta do filho. Pai é aquele que recebe de braços abertos o filho, não importando a sua situação, e lhe dá todo o apoio para o início de uma nova vida.
É a esse Pai, criador, mantenedor, misericordioso, bondoso e que é todo amor, que Jesus nos ensinou a nos dirigirmos em oração: "Pai nosso que estás nos Céus." Aproximemo-nos com confiança desse Pai amigo e bondoso. Ele tem toda a disponibilidade para nos ouvir e atender.

terça-feira, 1 de março de 2011

ORAR OU REZAR

1 de Março

"E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos." Mateus 6:7

Há muitos anos, ao estudar a Bíblia com um grupo de interessados, perguntaram-me qual era a diferença entre orar e rezar. Respondi-lhes que, na realidade, não deveria existir diferença de significado entre as duas palavras. Entretanto, ao longo dos anos, elas passaram a ser usadas de formas diferentes.
O verbo rezar passou a ter o significado de uma oração ou frase previamente estabelecida, que deveria ser repetida tantas vezes quantas desejadas ou ordenadas. Com isso, conseguir-se-ia alcançar alguma graça. Esse costume levou à prática das ladaínhas, ou seja, das rezas simplesmente mecânicas.
Pode ser até que o costume de rezar tenha surgido inicialmente do facto de Jesus ter ensinado aos Seus discípulos a oração modelo, o "Pai Nosso". No entanto, temos de levar em conta que foi justamente antes de lhes propor a oração modelo que o Mestre os advertiu, dizendo: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos." Mateus 6:7.
E a oração? A oração é o acto de uma pessoa se dirigir a Deus em comunhão com Ele, para Lhe apresentar louvor e gratidão, bem como necessidades e pedidos. Ellen White, com palavras simples, porém apropriadas, escreveu que "a oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo." Gosto muito desta definição. A oração é a áurea oportunidade que Deus nos dá de conversar e manter com Ele um relacionamento pessoal de amizade. Não existe nenhum conflito entre o conselho de Jesus para não usarmos de vãs repetições, e a oração modelo. A lição foi bem clara. Não é por muito falar que seremos ouvidos. Deus olha para a sinceridade e a fé que temos.
Todavia, cabe agora uma reflexão. Não estarão incorrendo em erro semelhante os que rezam mecanicamente, ao orarem à mesa para as refeições, ao lado da cama para dormir, ou mesmo nas orações públicas? Se fossem gravadas essas orações e fossem ouvidas, não seria surpreendente também constactar-se muitas repetições mecânicas? Pensemos seriamente nisto!