segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SONHOS E VISÕES

31 de Outubro

"E acontecerá, depois, que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões." Joel 2:28

Em geral temos dois tipos de sonhos: Os bons e agradáveis, nos quais passamos por momentos felizes. E os maus sonhos, a que também chamamos pesadelos. Nestes, sofremos e por vezes até suamos, como se realmente estivéssemos a viver aquelas experiências.
Os que estudam os sonhos dizem que normalmente as pessoas sonham com as coisas comuns do quotidiano. Na Bíblia há registos de muitos casos interessantes em que Deus Se valeu de sonhos e visões para comunicar às pessoas, ou ao Seu povo, alguma mensagem importante. O profeta Joel, ao referir-se aos dias especiais do fim dos tempos, menciona que os filhos de Deus seriam agraciados com orientações através de sonhos e visões (Joel 2:28). Esta é uma preciosa promessa para os nossos dias.
Ao longo dos meus anos de experiência pastoral, tenho encontrado pessoas que, através de um ou mais sonhos, receberam de Deus orientações precisas, que lhes valeram a decisão para abraçarem a fé em Jesus e receberem um dia a vida eterna. Por outro lado, tenho também conhecido pessoas que querem dar interpretação a todo e qualquer sonho, como se todos eles fossem orientações divinas para eles ou para os outros. Lembro-me de um caso em que, com muito amor, recomendei a um bondoso senhor que deixasse de se alimentar com comida pesada antes de ir para a cama para evitar ter sonhos e pesadelos. Creio que a recomendação valeu, pois nunca mais me procurou para contar os seus sonhos e as suas mirabolantes interpretações.
Há uma pequena regra simples que nos ajuda a distinguir se o sonho é uma orientação divina ou não. Antes de tudo, vamos ver se ele condiz com toda a mensagem e orientações já reveladas na Palavra de Deus, pois Deus nunca se contradiz. Depois, temos que levar em conta se há propósitos definidos e se nos traz orientações úteis e edificantes.
Bom mesmo é ter a certeza de estar a percorrer o caminho por onde Deus quer que andemos. Bom é ser obediente à Palavra de Deus e viver uma vida sóbria, equilibrada. Bom é sonhar com o dia em que haveremos de nos encontrar com o nosso Salvador Jesus para vivermos eternamente com Ele.

domingo, 30 de outubro de 2011

QUEM TEM O FILHO TEM A VIDA

30 de Outubro

"Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida." I João 5:12

Desde que os nossos primeiros pais caíram em pecado, o sofrimento tem sido um companheiro constante da humanidade. Nascemos a chorar e morremos a gemer. É claro que ao longo da vida temos inúmeros momentos de alegria e bem-estar. Entretanto, o facto inexorável e a coisa mais certa que temos, é aquela palavra que nos horroriza e a que chamamos morte.
Dor, sofrimento e morte, eis aí coisas que gostaríamos de descartar da nossa experiência. Mas, na actual contingência em que vivemos, não temos forma de o fazer. Assim, se a nossa vida é limitada e se no tempo em que vivemos ainda estamos sujeitos aos sofrimentos e tristezas, alguns questionam: "Então, porquê viver?"
Permita-me dizer-lhe que, em quaisquer circunstâncias, compensa e é bom viver. A vida que aqui vivemos, embora curta e cheia de obstáculos, deve ser encarada como sendo a grande e única oportunidade de conseguirmos a garantia de uma outra vida. Não uma vida efémera marcada por tristezas, dores e infelicidade, não! Refiro-me a uma vida eterna. Uma vida em que a eterna juventude, cercada de completa saúde e plena felicidade, será companheira constante de toda a humanidade.
Os seres humanos, quando envolvidos nos seus próprios raciocínios e encastelados nas suas filosofias, são levados, muitas vezes, a desprezar Deus e a menosprezar o sacrifício que Jesus fez no Calvário. Colocam-se num pedestal, pensando ser importante ter algum poder. Entretanto, quando perante uma doença alguém se vê forçado a permanecer numa cama de hospital, vendo que os limites da sua esperança são as paredes e o tecto do seu quarto, então, pelos olhos da fé, pode descobrir que só há um Salvador que pode dar-nos a esperança de uma nova vida.
Como é bom saber que a nossa esperança não é fugaz e efémera como as bolas de sabão. Embora sustentada pela fé, que alguns pensam ser uma coisa abstracta, ela é firme e inabalável como uma rocha, pois é garantida pelo Deus criador de todo o Universo. Por isso, o apóstolo João diz: "Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida." I João 5:12. Alegremo-nos e confiemos em Jesus, Ele é a nossa certeza de vida eterna!

sábado, 29 de outubro de 2011

OS AMIGOS DE JESUS TAMBÉM SOFREM

29 de Outubro

"Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas." João 11:3

A experiência vivida pela família de Lázaro é uma clara ilustração de tudo o que envolve tanto o nosso amor para com Jesus, como o Seu amor para connosco. Na meditação de hoje desejamos apenas apontar para algumas avenidas de entendimento desse assunto, certos de que, tanto estas como outras mais, poderão ser exploradas com mais profundidade.
Muitos há que se enganam ao estabelecerem para esta vida terrena o alvo da bênção de ter Jesus como o nosso Amigo e Salvador. Confundem a vida presente, que é problemática e passageira, com a futura, que será eterna e feliz através de Jesus.
Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, não recebemos nenhuma apólice de seguro de sauúe e de protecção contra os resultados do pecado neste mundo. Por isso, todos os cristãos também estão sujeitos, aos acidentes, às doenças e até à morte. Todavia, é gratificante notificar que, ao aceitarmos Cristo e n'Ele permanecermos, Deus nos concede a apólice de seguro da vida eterna, com todas as garantias. Essa apólice vem autenticada pelo sangue do próprio Autor da Vida, Jesus Cristo. Foi Ele quem afirmou: "Quem crê em Mim tem a vida eterna." João 6:47.
Lázaro e as suas irmãs, Maria e Marta, moravam em Betânia, pequena cidade perto de Jerusalém. Vários acontecimentos relatados nos Evangelhos evidenciam que eles eram amigos de Jesus e que Ele tinha muita alegria em desfrutar essa amizade e com eles estar em sua casa. A dura experiência pela qual passaram, com a doença e a morte de Lázaro mostra-nos que os amigos de Jesus também sofrem e podem passar difíceis provações.
Nos curtos diálogos mantidos com Jesus na Sua chegada a Betânia, Maria e Marta mostraram que elas criam em dois pontos muito importantes da fé cristã. Marta demonstrou que cria na ressurreição: "Declarou-lhe Jesus: 'Teu irmão há-de ressurgir'. 'Eu sei, replicou Marta, que há-de ressurgir na ressurreição, no último dia.'" João 11:23, 24.
E, "quando Maria chegou ao lugar em que estava Jesus, ao vê-l'O, lançou-se-Lhe aos pés, dizendo: 'Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.'" Verso 32.
Maria cria que quando temos problemas podemos solicitar a ajuda de Jesus; e o atender ou não fica sob a Sua vontade, que sempre sabe o que é melhor para nós.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CONHECE O SEU CORAÇÃO?

28 de Outubro

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno." Salmo 139:23, 24

Conhece o seu coração? Conhece mesmo? Tem conhecimento pleno de como age e reage nas situações mais variadas do seu dia-a-dia? Refiro-me também às nossas acções e reacções, de maneira muito especial, com as pessoas com quem convivemos com total liberdade. Sabemos que, com os estranhos e no trabalho, costumamos ser formais, corteses e bem-educados. No entanto, é no relacionamento informal, especialmente no lar com o cônjuge e com os filhos, que nos despimos da nossa capa de formalidade e da cortesia de verniz, para sermos quem realmente somos.
Conhece o seu coração?
A primeira coisa que precisaríamos de fazer antes de responder a essa pergunta seria dar um mergulho fundo no poço da nossa própria consciência, e tirar dali a lembrança das acções e reacções que tivemos nos últimos dias no relacionamento com os nossos familiares mais próximos. Pegaríamos nos factos ocorridos e iríamos analisá-los, colocando-nos sempre na posição da outra pessoa, para ver se teríamos a capacidade de sentir o que ela sentiu e perceber se agimos da melhor maneira.
Nesta altura sei que deve estar a pensar e a dizer: "Fazer isso não é fácil!" Concordo plenamente que fazer essa auto-análise é difícil. Por natureza somos propensos a cercarmo-nos de justificativas e comiserações.
Tendemos sempre a pensar que somos os certos, os justos e os únicos que estão com a razão. É o velho e conhecido egoísmo que emerge a todo o instante lá do fundo do coração. O profeta Jeremias reconheceu esse problema que dominou a raça humana desde que entrou o pecado no mundo, e com palavras bem precisas disse: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" Jeremias 17:9.
Mas o certo mesmo é despirmo-nos de toda a vaidade humana e, como o salmista David, clamar a Deus: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GUARDA NOS LÁBIOS

27 de Outubro

"Senhor, a Ti clamo, dá-te pressa em me acudir; inclina os Teus ouvidos à minha voz quando Te invoco. .... Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios." Salmo 141:1, 3

Na versão bíblica que estamos a usar, o Salmo 141 tem o título de "Oração Vespertina por Santificação e Protecção", e a ilustração empregue por David é bastante forte. Traz à lembrança ambientes em que há perversidade e violência. Em face do perigo que campeia, torna-se necessário que aqueles que desejam viver em paz e protegidos mantenham um forte sistema de segurança à porta da casa ou do estabelecimento.
Os guardas na porta de uma casa, banco ou qualquer estabelecimento, têm como responsabilidade vigiar a chegada das pessoas e seleccionar aquelas que poderão entrar. Deverão também detectar os que, porventura, vierem com más intenções, às vezes até armados.
Mas o pedido do salmista David aparece de forma invertida. O perigo não vem de fora, mas pode sair de dentro. Por isso, ele pede a protecção divina para que a sua boca e os seus lábios sejam vigiados.
Convenhamos, o salmista David tinha razão ao solicitar ajuda divina para o controlo das suas palavras. Aliás, essa questão é também válida para qualquer um de nós em todos os ambientes em que estivermos. No lar, no trabalho e na amizade é muito importante termos o controlo das nossas palavras.
Falar é muito fácil. Difícil é falar com propriedade e coerência. Falar com nobreza, distinção e altruísmo, tendo em vista a harmonia, a paz, a edificação, o crescimento e o entendimento das pessoas, isto sim é uma arte!
Esta questão é tão importante que Jesus chegou a dizer que o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai (Mateus 15:11). Claro que Jesus não Se está a referir aqui aos alimentos, mas às palavras, àquilo que procede do coração. De uma fonte pura emana água pura. De um coração limpo procedem palavras boas.
Quão bom seria adoptarmos o costume de pedir a ajuda de Deus para termos um coração puro e bons guardas nos lábios, para só proferirmos palavras nobres, edificantes e que promovam a paz e o entendimento!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O MEL

26 de Outubro

"Filho meu, saboreia o mel, porque é saudável, e o favo, porque é doce ao teu paladar." Provérbios 24:13

Um dos maravilhosos produtos da Natureza é o mel. Desde tempos imemoriais que o homem tem usado esse produto como alimento. O mel é mencionado muitas vezes na Bíblia, e está ligado à história da vida de alguns dos seus importantes personagens, como David e João Baptista. Todas as vezes que o mel é mencionado vem com a conotação de um bom alimento e de agradável paladar. Por certo, pode até existir alguém que não goste de mel; no entanto, não me recordo de ter conhecido uma única pessoa que tenha dito não gostar desse agradável produto das abelhas.
É interessante notar que o mel, além das suas qualidades alimentícias, ainda é popularmente utilizado como auxiliar no tratamento de diversas doenças respiratórias. Foi por isso que o sábio Salomão nos deixou estas paternais palavras, que hoje escolhemos para a nossa meditação: "Filho saboreia o mel, porque é saudável, e o favo, porque é doce ao teu paladar."
O salmista David, ao compreender tudo o que o mel representa para nós, tanto no seu sabor como na sua utilidade, compara-o muito, a propósito, à Palavra de Deus: "Quão doces são as Tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca." Salmo 119:103.
A Palavra de Deus é como o mel. Só não gostam dela aqueles que não a experimentaram. A Bíblia é o mais precioso alimento para a nossa alma - nutre a nossa fé, fortalece a nossa esperança e robustece os nossos músculos espirituais para termos forças na luta renhida contra as potências do mal.
Assim como o mel tende a expelir do seu meio as impurezas, que porventura nele caírem, assim também a Palavra de Deus expulsa do coração humano o pecado, e é um remédio poderoso para ajudar a cura e cicatrização das suas feridas. Por isso, o salmista exclamou: "Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti." Salmo 119:11.
Para ser agradável e bom para a saúde, o mel precisa de ser usado com sabedoria e equilíbrio, senão pode tornar-se enjoativo. Delicie-se bem na leitura da Palavra de Deus com equilíbrio e sensatez, jamais com fanatismo. Revigore a sua alma cada dia com dosagens agradáveis da Bíblia, e a sua alma ficará satisfeita e forte!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A ARMADURA DO CRISTÃO

25 de Outubro

"Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo." Efésios 6:10, 11

Há algum tempo, ao visitar a cidade de Londres, tive o privilégio de conhecer a famosa Torre de Londres, localizada na margem do Tamisa. Na realidade, a Torre de Londres hoje não é mais do que um museu onde se preserva uma parte significativa da história do Império Britânico. Embora tenha visto ali muitas coisas interessantes, hoje menciono unicamente o sector onde estavam expostas as antigas armaduras usadas pelos soldados.
Eram peças pesadas que serviam para proteger os seus corpos nas lutas. O elmo ou capacete protegia a cabeça; a couraça que o soldado usava sobre o peito protegia o coração. Havia ainda as peças que protegiam os braços, as pernas, e até sapatos especiais de metal eram feitos para os pés. Mas tudo aquilo ainda não era suficiente para um soldado. Os guerreiros destros ostentavam no braço esquerdo um escudo usado para rebater os dardos lançados pelos seus inimigos. Assim, tinham a mão direita livre para manejar a espada ou a lança, peças muito importantes que serviam tanto como arma de defesa como de ataque.
Foram essas antigas armaduras que serviram de inspiração para o apóstolo Paulo fazer uma comparação sobre a armadura que o cristão precisa de ter para se defender e ser vitorioso na luta contra o mal. É em Efésios 6:10-18 que ele faz esse registo. Paulo inicia dizendo que o cristão se deve cingir com a verdade. Não existe nada melhor para combater o erro e o mal do que a verdade. E então ele recomenda a justiça como couraça protectora. Justiça que nos leva à prática de actos em inteira conformidade com a vontade d'Aquele que é justo por excelência.
Paulo menciona que o evangelho da paz deve ser levado pelos pés do soldado de Cristo, e que o seu escudo deve ser a fé que intercepta e apaga os dardos inflamados do inimigo. A ideia da salvação é o que deve levado na cabeça em todos os momentos. E a arma de defesa e de ataque é a espada do Espírito - a Palavra de Deus. Por fim, Paulo apresenta a oração como uma importantíssima arma na luta contra o mal. Toda essa armadura está à nossa inteira disposição: verdade, justiça, fé e oração.
Valha-se delas e ... o sucesso será seu!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

COMO ACHAR O CONHECIMENTO DE DEUS

24 de Outubro

"E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus." Provérbios 2:3-5

Há certas coisas comuns na vida que acabam por despertar na nossa mente ideias e lições preciosas e inesquecíveis. Um dia destes, estava a pôr em ordem os livros e papéis na minha pasta, e quando já parecia que estava totalmente cheia, lembrei-me de que ali deveria também pôr o telemóvel. Mas onde colocá-lo? Só havia um pequeno espaço em cima da Bíblia. Foi quando me recordei de que tinha aprendido com os meus pais que, por respeito, nunca deveria pôr nada em cima da Bíblia.
Então veio à minha mente a lembrança de que o telefone da fé é a oração, através da qual nos comunicamos com Deus. O telemóvel colocado naquele cantinho em cima da Bíblia e bem no alto da pasta dizia-me que ao pegar na Bíblia, antes de a ler, deveria fazer uso do telefone da fé, para pedir a Deus orientação para a leitura.
Ah! Como isto é importante! Quando tomamos a Bíblia nas nossas mãos e a lemos de forma ligeira, comportamo-nos como um garimpeiro que, na escuridão das profundezas de um rio, vai procurar as pedras preciosas no meio dos cascalhos. Ele pode chegar até a ter grandes e muitas pepitas nas mãos, mas não vai poder discerni-las, pois não vai vê-las. De nada adianta o garimpeiro criticar a escuridão, a profundidade das águas, etc... Sem luz não vai encontrar nada. Sem medo de errar, diria que esse é o problema de milhares de pessoas que têm a Bíblia à mão e que a lêem, mas não conseguem encontrar nela as jóias preciosas da verdade e da salvação. Falta-lhes a luz da orientação divina.
Para sermos guiados e orientados por Deus na leitura da Bíblia, precisamos primeiro de abrir o coração diante de Deus em oração e pedir-Lhe que nos dê sabedoria e entendimento. Vamos deixar que Ele nos fale, sem desejar forçar a Bíblia a dizer aquilo que nós queremos. A Bíblia contém as jóias preciosas do plano de Deus. Vamos abrir o coração e deixar que Deus fale à nossa alma e nos mostre a grandeza do Seu amor, e nos oriente quanto ao caminho que devemos seguir. Depois, é só obedecer e encontrar a paz que Ele oferece aos que andam na Sua luz.

domingo, 23 de outubro de 2011

A HARMONIA UNIVERSAL

23 de Outubro

"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite." Salmo 19:1, 2

O Salmo 19, escrito pelo rei, poeta e cantor David, está dividido em duas partes bem distintas, que são interligadas por um pensamento central a que poderíamos chamar 'A Harmonia Universal'.
Na primeira parte, que são os seis versos iniciais, o salmista expressa com palavras apropriadas a sua admiração pela harmonia e beleza existentes em todo o cosmos, com os seus astros, estrelas, planetas e cometas, criados por Deus. Todos esses corpos celestes seguem as leis físicas e em especial a lei da gravitação universal, que os mantém a todos nas suas rotas, que são seguidas com rigorosa precisão.
O salmista vê nisso a exaltação do nome do Criador, quando diz: "Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a Sua voz, e as Suas palavras, até aos confins do mundo." Versos 3 e 4.
A mão de Deus é reconhecida na beleza e na harmonia dos corpos celestes que obedecem às leis divinas com extrema precisão.
Na segunda parte do Salmo 19, David celebra a beleza e a perfeição da lei moral revelada por Deus ao Seu povo, e diz no verso 7: "A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma", e continua a dizer no verso 8: "Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração."
Não existe maior alegria no coração de um ser humano, nem sentimento mais profundo de bem-estar e de autêntica liberdade, do que o sentimento de se estar a viver e a agir em sintonia e harmonia com a vontade de Deus. Como a vontade de Deus está expressa nos Dez Mandamentos, ao obedecer-lhes, pelo poder que a graça de Cristo nos dá, nós, que antes estávamos desgarrados por causa do pecado, voltamos a sentir como é bom e agradável reencontrar a harmonia universal.
Descendo os olhos dos céus e olhando para nós mesmos, vemos que somos fracos e débeis na nossa força de vontade para obedecer à lei moral dos Dez Mandamentos, na sua integridade. Mas, com a graça de Cristo no nosso coração e com o poder do Espírito Santo, podemos encontrar a verdadeira paz e a alegria que só Deus pode conceder.

sábado, 22 de outubro de 2011

A LÍNGUA É FOGO

22 de Outubro

"Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo." Tiago 3:5, 6

Muito cedo na vida constatei a veracidade destas palavras de Tiago. Tinha os meus catorze anos e andava a estudar no IASP, onde, embora distante do lar, a vida era intensa e agradável. Certo dia, no meio das actividades normais da tarde, ouvimos um grito desesperado clamando por socorro: "Fogo! Fogo! Fogo!"
Alguém, distraidamente, tinha despejado um pouco de cinza junto à relva perto da cozinha do colégio. Porém, no meio da cinza havia brasas ainda vivas. Foi tudo uma questão de minutos. A brisa que soprava avivou as brasas; estas transformaram-se em chamas na erva seca e, num instante, o fogo alastrou.
Com o calor do fogo, o ar movimentava-se fazendo com que as chamas ganhassem cada vez mais velocidade para queimar a erva e até as árvores. Munimo-nos de galhos com folhas verdes para abafar o fogo; porém, achávamo-nos totalmente impotentes. Foi quando um professor disse: vamos deixar o fogo arder. Ali na frente aquela pequena estrada vai segurar o fogo." Assim, todos concordámos em parar os esforços.
Ficámos a contemplar o terrível espectáculo à distância. Mas quando o fogo chegou na estrada tivémos uma grande decepção. O vento soprava de forma irregular, de um lado para o outro, e, de repente, formou um redemoinho que levantou um grande monte de erva em chamas, atirando-a para o outro lado da estrada. Então agimos rapidamente e sufocámos o fogo que não mais se alastrou.
É exactamente isto que acontece quando as pessoas usam a língua de forma inadequada. Ateiam fogo em ambientes com mexericos e maledicências, perturbam a sociedade e, às vezes, causam prejuízos irreparáveis ao destruírem vidas. Mesmo a alegação de que estão a dizer a verdade não justifica o facto de se espalharem más notícias. Esta acção é sempre inspirada e motivada pelo inimigo que deseja estragar vidas, perturbar ambientes e distorcer a imagem que o homem deveria ter de Deus. Cuidemos, pois, para não sermos úteis a essa causa tão inglória!
É muito sábio o conselho dado por Tiago: "Todo o homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." Tiago 1:19. Que Deus nos ajude a usarmos o dom da comunicação unicamente para edificar e salvar.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

QUERO, FICA LIMPO

21 de Outubro

"Ora, descendo Ele do monte, grandes multidões O seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-O, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra." Mateus 8:1-3

Este relato simples e objectivo, traz-nos uma pequena história com uma grande lição. Nos dias de Jesus, os judeus consideravam o mal de Hansen, a lepra, como o juízo de Deus para os pecadores. Por isso era também chamada: "o açoite" ou "o dedo de Deus".
Como naquele tempo a lepra era praticamente incurável, levando as pessoas a sofrerem até à morte, passou a ser o símbolo do pecado. Por isso, os leprosos eram declarados imundos. Ninguém poderia tocar-lhes, e tudo o que porventura viessem a tocar seria considerado imundo.
O leproso era separado da família e da sociedade. Era condenado a passar o resto da vida a conviver unicamente com outros que sofriam do mesmo mal.
Longe dos parentes e amigos, o leproso ainda carregava sobre os ombros uma terrível responsabilidade. Se alguém se aproximasse dele, era obrigado a fazer soar o alarme da advertência: "Impuro, Impuro!" Agora, você pode entender um pouco o turbilhão de pensamentos que invadiu o coração daquele leproso quando teve a oportunidade de estar próximo de Jesus. Primeiro adorou-O, demonstrando reconhecer ser Ele o Filho de Deus. Depois, sem nenhum rodeio, apresentou-Lhe o pedido: "Senhor, se quiseres podes purificar-me." A resposta veio pronta e imediatamente. Jesus disse-lhe: "Quero, fica limpo." E, imediatamente, ele ficou purificado da lepra.
Quão bom é sabermos que Jesus tem essa tão amável disposição para nos ouvir nas nossas angústias.
Pode acontecer que quando pedirmos bençãos materiais e físicas, nem sempre as recebamos como pedimos, porque Deus sabe sempre o que é melhor para cada um de nós. Mas quando, em agonia, Lhe pedimos que nos livre da lepra do pecado, Ele imediatamente nos atende. Essa foi a missão que Deus, o Pai, Lhe confiou e que Ele desempenha com muito amor. É a vontade de Jesus limpar-nos do pecado e tornar-nos Seus filhos, habilitando-nos a viver na nossa comunidade uma vida limpa.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A ALEGRIA DA VITÓRIA NA PROVAÇÃO

20 de Outubro

"Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que O amam." Tiago 1:12


Tiago diz que os que são tentados, ou provados, são bem-aventurados, felizes. Isto não quer dizer que o cristão é um masoquista que tem prazer e alegria no sofrimento. O que ele quer dizer é que o cristão que passa incólume pela experiência das provas e tentações, sendo um vitorioso, tem a sua fé robustecida e revitalizada. É a experiência da vitória e não a tentação que lhe traz alegria e bem-estar.
Uma ilustração muito apropriada é a alegria que nos traz o brilho fulgurante do Sol após uma terrível tempestade. As nuvens escureceram o céu, os ventos sopraram, os trovões soaram forte, os ameaçadores raios cruzaram o céu, a chuva foi torrencial; mas, depois de tudo isso, voltaram a calma e a paz. O brilho do Sol trouxe de volta a segurança, o bem-estar e a alegria.
Há um detalhe curioso que Tiago apresenta no verso 14: "Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz."
O tentador faz tudo para nos induzir à tentação exactamente através dos pontos mais fracos e vulneráveis que temos. Ele induz-nos à tentação através daquilo que nos atrai, ou seja, de acordo com a preferência de cada um. O tentador prepara pratos especiais conforme o gosto da pessoa que é o alvo da tentação. E como ele diversifica o seu cardápio! Para uma pessoa é a vaidade; para outra é o sensualismo, para outra são os bens ou o dinheiro. Então a lista pode ser acrescida por coisas como o orgulho, os desportos apaixonantes, os jogos de azar, as bebidas alcoólicas, as drogas; e a lista poderia ser estendida muito mais ainda.
Como nos alegra o coração a certeza que nos chega do apóstolo Paulo, quando, referindo-se à união íntima que devemos manter com Cristo, ele diz em Romanos 8:35 e 37: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?" E, então, Paulo dá-nos a fórmula da vitória: "Em todas estas coisas, porém, somos mais do que vencedores, por meio d'Aquele que nos amou."
Sozinhos não temos condições para enfrentar as provações, mas com Jesus temos forças para as suportar e vencer. Essa é a nossa alegria!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DO POUCO JESUS FAZ MUITO

19 de Outubro

"Tomando Ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes." Marcos 6:41

Aquela ávida multidão de milhares de pessoas ouvia Jesus com atenção. Quando solicitado a despedir o povo, para cada um procurar o seu alimento, Jesus disse aos Seus discípulos: "Dai-lhes vós de comer."
Não tendo dinheiro suficiente para comprar pão para todos, os discípulos saíram à procura de alguma coisa de comer. André apresentou-se diante de Jesus e disse: 'Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?' Jesus ordenou que os mesmos Lhe fossem trazidos. Pediu então aos discípulos que mandassem o povo sentar-se na relva, em grupos de cinquenta ou de cem, para manter a ordem, e todos poderem ver o que Ele estava para realizar. Feito isto, Jesus pegou nos alimentos, "e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos Seus discípulos para os porem diante da multidão.' E comeram todos, e ficaram fartos, e levantaram doze cestos de pedaços de pão e de peixe.'" - O Desejado de Todas as Nações, pág. 365.
O primeiro ponto desta história que salta aos nossos olhos é que, quando nos envolvemos fazendo a nossa parte para ajudar os outros, o pouco que temos ou fazemos, Jesus pode transformar em muito. Ele providencia não só o suficiente, mas também faz sobejar. Tenho notado isto em muitas experiências vividas e acompanhadas na vida de outros.
A segunda lição que aprendemos é a da ordem. Que quadro bonito! Todos sentados em grupos de cem ou cinquenta, aguardando o peixe. Jesus partia e repartia o alimento, dava-o aos discípulos, e estes distribuíam para todos. Assim, todos participaram e se envolveram.
Jesus ensinou outra memorável lição quando todos já estavam fartos. Ele disse: "Recolhei os pedaços que sobejaram para que nada se perca." Essas palavras significam mais do que pôr o pão nos cestos. A lição era dupla. Coisa alguma se deve perder. Não devemos deixar escapar nenhuma vantagem temporal. Não devemos negligenciar nada que possa beneficiar um ser humano." - Ibidem, pág. 368.
Com que alegria tantas famílias necessitadas puderam levar consigo um pouco daquele alimento, e ao dá-lo aos seus queridos em casa, puderam dizer: "Esta comida foi abençoada por Jesus."

terça-feira, 18 de outubro de 2011

DAI-LHES VÓS DE COMER

18 de Outubro

"Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e padeceu-Se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas." Marcos 6:34

A cena foi demasiado impressionante. O relato bíblico diz que quando Jesus contemplou a multidão, a Sua primeira reacção foi mover-Se de íntima compaixao. Viu-os como se fossem ovelhas que não têm pastor. Essa expressão traz consigo uma conotação muito profunda. A figura do pastor era muito comum e familiar para eles. O pastor representava tudo para o rebanho. Protegia as ovelhas dos ataques dos animais bravios; conduzia o rebanho para as pastagens verdejantes e às fontes de águas cristalinas. E nas horas diurnas ou nocturnas mantinha o rebanho unido e em segurança para o descanso.
E quando Jesus disse que via aquele povo como ovelhas sem pastor, tanto queria dizer que lhes faltava uma firme e boa liderança religiosa, como também uma equilibrada e honesta liderança civil.
Viviam sob o domínio romano. As autoridades civis dos próprios israelitas aproveitavam-se dos seus postos para enriquecerem à custa dos impostos e contribuições do seu povo, sem se preocuparem em retribuir com benefícios sociais. Por outro lado, no terreno religioso, os levitas, sacerdotes e doutores da lei transformaram a religião, que deveria ser para eles uma fonte de felicidade e alegria, em pesadíssimos fardos de múltiplas exigências.
Aqueles que deveriam ser o auxílio e apoio para a população, tornaram-se os seus exactores. Colocavam-lhes fardos e tributos e nenhuma orientação segura de vida. Por isso Jesus disse que eram ovelhas sem pastor. Eram tão ávidos de conhecimento que, embevecidos por receber a largos sorvos os ensinos de Jesus, não se aperceberam de que as horas se tinham passado e que precisavam de cuidar também do corpo através da alimentação. Tendo já passada a hora da refeição, os discípulos sugeriram a Jesus que despedisse a multidão, pois todos estavam com fome. Foi então que Jesus lhes disse: "Dai-lhes vós de comer."
É fácil despedir o necessitado para que se vá e resolva por conta própria o seu problema, ou dizer que as autoridades, o governo ou a igreja é que deveriam resolver essas questões sociais. Mas Jesus disse aos discípulos, e diz-nos a nós também: "Dai-lhes vós de comer!".

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A OMNISCIÊNCIA DIVINA

17 de Outubro

"Diante de Ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do Teu rosto, os nossos pecados ocultos." Salmo 90:8

A omnisciência divina talvez seja uma dessas coisas que poderíamos dizer que são das mais maravilhosas e lindas para alguns; mas ao mesmo tempo, das mais terríveis para outros. Deus conhece tudo. Conhece as nossas tristezas, dores e mágoas. Conhece os mais profundos desejos do nosso coração. Deus conhece até aquelas coisas que não ousamos sequer revelar aos nossos mais íntimos amigos, mas que acalentamos carinhosamente no fundo da alma.
E o importante é que Ele não apenas conhece tudo, mas está atento, acompanhando com muito carinho e amor todas as nossas acções. Ele tem interesse em ver se os nossos actos estão a ser coerentes com os desejos e anseios que temos proposto diante d'Ele.
Ao reconhecer esse acompanhamento carinhoso de Deus para com os Seus filhos, o salmista David diz: "Senhor, Tu tens sido o nosso refúgio e fortaleza, de geração em geração." Salmo 90:l.
Quão maravilhoso e confortador é saber e sentir que esse Deus que tudo vê e conhece é o nosso refúgio e fortaleza, não é verdade? No entanto, é no reverso da moeda que tudo se modifica. David revela-nos quando a omnisciência divina passa a ser algo preocupante e terrível para nós. Ele diz: "Diante de Ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do Teu rosto, os nossos pecados ocultos." Salmo 90:8.
Deus conhece tudo. Até as coisas que praticamos às escondidas e que pensamos que ninguém viu. Luzes apagadas e portas fechadas não são obstáculos para o escrutínio dos Seus olhos. Ele vê e conhece tudo! Mas Ele não utiliza a Sua omnisciência como se fosse um fiscal com um chicote na mão, pronto para castigar os que erram. Não! Ele é longânimo e está sempre pronto a perdoar aos que, arrependidos, suplicarem por perdão e ajuda para um novo início.
João, o discípulo do amor, escreveu: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça." I Joao 1:9. Alegremo-nos! Deus conhece tudo a nosso respeito e está desejoso de nos ajudar em todas as nossas necessidades.

domingo, 16 de outubro de 2011

O ALIMENTO IDEAL

16 de Outubro

"E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície da terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento." Génesis 1:29

Certa ocasião, ao empreender uma viagem, sentei-me ao lado de um cavalheiro com quem desenvolvi um agradável diálogo. A certa altura a conversa derivou para o campo da saúde. Então tive a oportunidade de lhe dizer como me admirava ao estudar a Bíblia, encontrar nela lições tão preciosas para o benefício da nossa saúde e do nosso físico.
Mencionei como Deus foi sábio ao estabelecer como base alimentar do ser humano, desde o princípio, as ervas e as frutas, conforme está escrito em Génesis 1:29: "E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado ervas que dão semente e se acham na superfície da terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento." Isto indica que a alimentação cárnea só teria sido permitida muito tempo depois, após o dilúvio. Entretanto, para o benefício da saúde do Seu povo, Deus recomendou que se abstivessem do uso de certos animais que Ele classificou como imundos ou impuros. (Levítico 11 e Deuteronómio 14).
Nesta altura o meu companheiro de viagem disse: "Ora, isso foi para aquele tempo antigo. Hoje essas recomendações já não valem." A observação daquele cavalheiro não foi surpresa para mim, pois, ao longo da minha vida, tenho encontrado muitas pessoas que pensam e agem dessa maneira. Pergunto: Será que as orientações de saúde vindas da parte de Deus no passado já não servem para nós nos dias de hoje?
O grande facto é que hoje a ciência médica continua a comprovar que Deus tem sempre razão. Todos os animais que não foram recomendados como apropriados para a alimentação, como é o caso do porco, dos peixes sem escamas, e mariscos, são classificados pela ciência como 'perigosos'. Por isso, os que seguem as orientações divinas nunca têm a perder, pelo contrário, só têm vantagens. Mesmo nos casos em que não haja comprovação de que este ou aquele tipo de animal poderia ser um bom alimento, é sempre melhor ficar com o que Deus pede do que questionar. Isto também é uma questão de fé e confiança n'Ele.

sábado, 15 de outubro de 2011

A CORTESIA CRISTÃ

15 de Outubro

"Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas." Mateus 7:12

Vivemos dias em que presenciamos alguns paradoxos no comportamento humano. Vejamos, por exemplo, a questão da cortesia. Creio que nunca se deu tanto valor à cortesia e, por outro lado, nunca ela foi tão aviltada como nos nossos dias. Pratica-se a cortesia formal nas empresas e no comércio como fórmula indispensável ao sucesso pessoal e aos negócios das empresas. No entanto, desrespeitam-se as mais elementares regras da cortesia quando as pessoas estão nos seus lares, andando na rua, nos transportes, no trânsito, nos lugares públicos e nos grandes eventos.
Quando as pessoas se encontram em grandes ajuntamentos, tendem a revelar o seu verdadeiro carácter. Muitos, deixando de lado os bons princípios da cortesia, agem de uma forma que jamais agiriam se estivessem a ser vistas isoladamente. Isto costuma ocorrer tanto nos grandes eventos desportivos, greves e movimentos sociais, bem como nas grandes reuniões religiosas que qualquer igreja promove.
A origem da palavra cortês, ou cortesia, é simples e bonita. Em tempos passados os camponeses, por causa da dura vida que levavam eram rudes e simples, enquanto os nobres das cortes eram requintados, finos e cerimoniosos no trato com as pessoas. Por isso, a palavra cortesia, como diz o dicionário, passou a significar: Educação; propriedade do que é cortês; maneiras do homem cortês; delicadeza; nobreza; urbanidade.
Levando em conta a origem da palavra cortesia, podemos inferir que nos dias actuais as pessoas de carácter nobre continuam a praticá-la. E fazem-no não apenas para o crescimento profissional, mas por uma questão de formação de carácter; carácter que rege a sua conduta nos seus relacionamentos, no lar, no trabalho, na igreja ou em qualquer lugar.
O autêntico cristão não precisa de ter sangue azul para ser cortês e educado. Vive a cortesia porque o sangue de Jesus transformou a sua vida, e a regra áurea proposta e ensinada pelo seu Mestre é um lema constante na sua conduta. Assim, todas as boas acções que ele espera receber da parte dos outros, ele mesmo as pratica em favor daqueles com quem entra em contacto. O cristão é cortês e educado sempre e em todos os lugares.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SINCERIDADE

14 de Outubro

"Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo." Efésios 6:5

Muitas vezes tenho-me detido a meditar sobre a recomendação feita por Paulo aos servos que se tinham convertido ao cristianismo na cidade de Éfeso: obedecer aos senhores, com sinceridade, como a Cristo.
A sua recomendação não foi no sentido de que lutassem por transformações sociais, para que todos desfrutassem dos seus direitos de cidadania. Paulo inspirado por Deus, recomendou a obediência sincera, pois cria que a verdadeira mudança social só vem da sincera mudança de coração, dos servos como dos senhores, dos patrões e dos empregados.
Lembro-me do tempo de estudante quando ouvi pela primeira vez uma explicação sobre o significado da palavra 'sincero'. Ela provém das palavras latinas 'sin cera' - isto é, sem cera. Nos tempos antigos as máscaras eram feitas com cera. A pessoa cujas acções eram transparentes era considerada 'sem máscara', sincera.
Assim, sinceridade passou a ter o significado que hoje conhecemos muito bem - autenticidade, lisura, boa fé e lealdade.
No entanto, embora se possa pensar que a sinceridade é sempre uma virtude temos que tomar muito cuidado. Pois, informações e conhecimentos errados e distorcidos podem tornar as pessoas 'sinceramente' erradas, levando-as a caminhos perigosos que poderão comprometer não apenas esta vida como a vida eterna.
Um exemplo dessa questão é a história da vida do apóstolo Paulo. Sincero e zeloso na sua fé, transformou-se num atroz perseguidor dos cristãos. Mas, assim que lhe foi despertada a consciência para a realidade, reconheceu que estava sinceramente errado e, destemidamente posicionou-se ao lado da verdade. Isto custou-lhe sofrimentos, perseguições e problemas de toda a espécie. No entanto, varonilmente postou-se ao lado da verdade e da justiça de Cristo. Na vida de Paulo reconhecemos um princípio da verdadeira sinceridade. Ela é dinâmica e não estática. Como escreveu Salomão: "A justiça do íntegro [sincero, noutra versão) endireita o seu caminho." Provérbios 11:5

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PACIÊNCIA, GUILHERME!

13 de Outubro

"Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio; melhor é o paciente do que o arrogante." Eclesiastes 7:8

Sejamos francos em admitir que muito do que acontece no lar, no trabalho, no supermercado, no trânsito, na condução, tende a conspirar para que sejamos impacientes. E não é fácil praticar a paciência no meio da agitação da vida moderna.
Lembro-me da história daquele pai e do filho que estavam à espera do transporte. O garoto era irrequieto e muito traquina. Metia-se com uma pessoa aqui e com outra ali. De vez em quando, o pai advertia-o e depois dizia em voz alta: "Paciência, Guilherme." Aquilo foi incomodando as pessoas que presenciavam a cena. A certa altura um cavalheiro dirigiu-se ao pai e disse:
- Desculpe-me, nós estamos a ver o senhor repreender o seu filho dizendo: "Paciência, Guilherme." O senhor não acha que ele está a precisar de uma repreensão mais severa?
Ao que o pai respondeu:
- Meu amigo, concordo plenamente com o senhor. Saiba, no entanto, que quando eu digo "Paciência, Guilherme", estou a pedir paciência para mim mesmo. O Guilherme sou eu.
Não é nada fácil exercitar a paciência valendo-nos apenas da nossa própria força de vontade. Quão fácil nos é permitir que as emoções tomem o lugar da razão. Quão fácil é ter respostas prontas, furiosas. Não é fácil deixar a cabeça arrefecer para depois, com calma, o juízo no devido lugar e palavras sóbrias construtivas, ter respostas que contribuam para solucionar o problema, em vez de o aumentar.
Paciência, eis a a virtude que Deus espera que todos tenhamos. Aliás, Deus pode pedir de nós essa virtude, porque Ele mesmo a tem tido de sobra para connosco. Somos pecadores e indignos. Não merecemos nenhuma atenção da Sua parte. No entanto, Ele tem sido demasiado paciente connosco. Tem suportado insolências, incompreensões; e mesmo assim, com paciência, tem esperado pelo nosso regresso aos Seus braços de amor. Está sempre pronto a perdoar e a aceitar o regresso dos Seus filhos.
Se Deus tem sido paciente connosco, porque não sermos pacientes com os nossos semelhantes? As pessoas pacientes comprovam por experiência própria que Salomão tinha razão ao dizer que o fim das coisas é sempre melhor que o seu princípio.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A FORMAÇÃO DO CARÁCTER DOS FILHOS

12 de Outubro

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." Provérbios 22:6

Foi na década de sessenta que a minha mulher e eu tivémos o privilégio de receber como presente de Deus os nossos três filhos. Lembro-me de que naquele tempo estava no auge o movimento dos 'hippies'. A filosofia da educação permissiva era divulgada e aceite por muitos. A ideia era que não se deveria criar traumas na mente em formação das crianças, para não crescerem inibidas e complexadas. Assim, tudo lhes era permitido e nada lhes devia restringir a vontade e o desejo.
No entanto, as crianças dessa geração que cresceram e se formaram com liberdade total, hoje são pais e mães, e eles têm chegado à conclusão de que aquela liberdade, acompanhada da irresponsabilidade característica das crianças, não os ajudou em nada na formação moral, espiritual, bem como na preparação para enfrentarem a vida.
Hoje são eles que advogam a ideia de que é necessário ter disciplina, e que tanto o 'sim' como o 'não' devem ser estabelecidos com precisão para que as crianças cresçam e formem o carácter, compreendendo os limites existentes entre o bem e o mal, o certo e o errado.
Para os que estudam a Bíblia e aceitam os seus ensinos, o método de educação e orientação dos filhos para a vida é o mesmo desde o princípio. Foi Moisés quem perpetuou, através da escrita, como os pais em Israel deveriam ensinar os seus filhos. Ele sintetizou: "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal em tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas." Deut. 6:6-9.
A síntese do método divino da educação que realmente forma um bom carácter é: Os bons princípios que os pais desejarem ensinar aos filhos, primeiro eles devem tê-los no seu próprio coração. É o ensino através do exemplo. O restante é a orientação e acompanhamento diário dos filhos em todas as suas actividades e em todos os lugares; até que, tendo já o carácter formado, levantem o voo da vida seguindo sempre o caminho da verdade.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

DEIXE O ÓLEO ENTRAR

11 de Outubro

"Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber-se controlar do que conquistar cidades inteiras." Provérbios 16:32 (BLH)

Houve um tempo no passado em que se dava muito valor à produtividade e à inteligência das pessoas, mesmo quando o aparente sucesso era conseguido à custa de espezinhar e amargurar os que se encontravam no caminho. Os fins pareciam justificar os meios adoptados para os alcançar. Hoje as coisas mudaram bastante na maneira de ver essa questão. A inteligência e o devido preparo para a realização de tarefas bem específicas continua a ter o seu valor, só que com isso dá-se agora, também, um peso considerável à capacidade que as pessoas têm de controlar as emoções e de se relacionar bem.
Sabemos que uma única pessoa que não consegue ter o devido controlo das emoções - seja no lar, na indústria, no comércio, no escritório ou na igreja - mesmo que seja muito talentosa e capacitada, pode tornar o ambiente insuportável e comprometer a estabilidade e a capacidade de entendimento e progresso.
Controlar as emoções e cultivar o hábito de se relacionar bem com todos é dever de todo o bom cristão que, com humildade e fé, se deixa dirigir pelas sábias orientações do Espírito Santo. Expressões e desculpas como estas: "Meu pai era assim e eu não posso mudar", ou ainda: "Sou assim mesmo, e se quiserem o meu talento têm que me suportar tal como sou", são inaceitáveis para os verdadeiros seguidores de Jesus.
Não existe pessoa com mau feitio que Deus não possa transformar. João, o discípulo de Jesus, era conhecido como 'filho do trovão'. O seu controlo emocional era precário, as suas acções eram rudes e a sua fama era demasiado negativa. Entretanto, a influência de Jesus na sua vida transformou completamente o seu carácter. Resultado: hoje lembramo-nos dele como sendo o discípulo do amor. Por mais iracunda e controlada que seja uma pessoa, o Espírito de Deus pode transformá-la.
Aliás, o Espírito Santo está ansioso por auxiliar os que abrirem o coração à Sua amável influência. Se por um lado Ele é o fogo que queima os nossos maus hábitos, por outro lado é o precioso óleo com o aroma do amor celestial que suaviza a nossa vida, tornando-a agradável, bela e de boa fragrância. Deixe o Óleo entrar no seu coração e veja a diferença!

BLH = A Bíblia na Linguagem Moderna

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

MÁGOAS, DECEPÇÕES E PERDÃO

10 de Outubro

"Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34

Um dos sentimentos mais amargos e difíceis de suportar é a decepção. A mágoa e a amargura que nos vem da decepção podem ser de maior ou menor grau, dependendo da questão envolvida. Há decepções que podem atingir-nos desenhando contornos amplos e profundos, difíceis de serem assimilados, deixando no coração feridas de demorada cura e cicatrização. Acompanhe comigo esta história:
O jovem casal parecia que se amava muito. No afã de se preparar para o futuro, ela dedicava-se com todo o carinho a preparar o enxoval do ansiado lar. Ao esperar pelo dia do casamento, cada semana lhe parecia uma eternidade. Projectos e sonhos de felicidade povoavam a mente da jovem que já se via vestida de noiva, a entrar no corredor central da igreja e a ser admirada por todos.
No entanto, o lindo castelo que carinhosamente estava a ser construído na sua mente desmoronou-se numa tremenda e amarga decepção naquele fatídico dia. Ele simplesmente disse: "Não sei porquê, mas parece-me que o que sinto por ti não é aquele amor que nos deveria levar ao casamento. Desculpa dizer-te isto só agora. Sei que te roubei o tempo e os sentimentos, mas esta é a realidade. Não podemos continuar com o nosso relacionamento". Nesse caso, concordamos, a decepção é muito dura de ser suportada. A ferida é grande e profunda, e a sua cura e cicatrização, às vezes, pode ser bem demorada.
A minha palavra amiga, de hoje, é para si que porventura carrega no fundo da alma a culpa de alguma mágoa ocasionada a alguém. O assunto, o quando e o porquê não importam. Procure essa pessoa, peça-lhe perdão e repare o seu erro. Isso vai-lhe fazer muito bem e igualmente à outra pessoa.
Por outro lado, se foi decepcionado por alguém, também não importa o motivo, assente no seu coração dar-lhe o perdão. O exemplo de Jesus ao perdoar aos que O crucificaram é o modelo máximo de misericórdia, amor e espírito de perdão. Tenha pena e misericórdia de quem o decepcionou e verá que imediatamente vai sentir uma doce paz a inundar o seu coração. Experimente, Jesus vai ajudá-lo a perdoar!

domingo, 9 de outubro de 2011

HUMILDADE

9 de Outubro

"Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará." Tiago 4:10

Éramos um grupo de amigos. Conversávamos sobre a humildade quando alguém, em tom de brincadeira, disse: "A única coisa de que me orgulho nesta vida é da minha humildade." É claro que todos rimos, pois aquele amigo, embora brincando, tinha acabado de dizer uma grande incoerência, pois a humildade não se coaduna com nenhum orgulho.
Aliás, o que sabemos é que a humildade talvez seja a única coisa que perdemos quando sabemos que a temos.
A humildade é uma linda virtude que de maneira natural deve aflorar na vida do cristão. Ela deve ser o seu estilo de vida e deve estar em todos os seus actos. A humildade não combina, nem um pouquinho, com o orgulho e com a vaidade; pois, tanto a vaidade como o orgulho são manchas na formação do carácter de qualquer pessoa. Manchas que a levam a deixar que a idolatria do 'eu' tome o lugar que apenas Deus deve ter no coração.
O culto ao egoísmo e à vaidade tem sido o responsável pela derrota espiritual de inúmeras pessoas. E o sintoma número um dos que se acham envolvidos pelas garras dessas doenças espirituais evidencia-se quando surgem os conhecidos argumentos: "Sei o que estou a fazer." "Ninguém tem nada a ver com isso." "O dinheiro é meu e eu faço o que quero." "Eu acho isto, eu acho aquilo." Eu, eu, eu ...
Ser humilde não exige que andemos deselegantemente ou em desalinho, e que sejamos espezinhados pelos outros. Deus é o criador e amante do belo, do conforto, e Ele também Se alegra quando os Seus filhos se cercam de beleza e bem-estar material. No entanto, o que Ele deseja é que não demos mais importância a nós mesmos, com os nossos desejos e caprichos, do que devemos dedicar em honra e glória a Ele.
Um pouco antes do verso que escolhemos para a nossa meditação de hoje, Tiago diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." Tiago 4:6. E, visto que o orgulho, o egoísmo e a vaidade são obras do inimigo de Deus, Tiago completa a sua mensagem acrescentando: "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Verso 7. Vale a pena sujeitarmo-nos a Deus e praticar a humildade!

sábado, 8 de outubro de 2011

A ORAÇÃO QUE É ATENDIDA

8 de Outubro

"Chegue à Tua presença a minha oração, inclina os ouvidos ao meu clamor." Salmo 88:2

Orar é muito mais do que simplesmente pronunciar algumas palavras dirigidas a Deus, expor-Lhe pedidos e apresentar-Lhe gratidão ou contar-Lhe algumas coisas. A oração envolve algo muito importante que se chama fé. E fé é mais do que crença, pois implica confiança e também certeza.
Fé é a certeza de que, quando ora, Deus ouve e está atento a tudo o que diz. É claro que isto não quer dizer que de imediato irá receber tudo o que pedir. Deus não é como o proprietário de uma pizzaria para onde se telefona e depois de vinte minutos a campainha da sua casa está a tocar, e ali está, à sua porta, a pizza ainda quentinha.
Precisamos de saber que tudo o que pedirmos em oração tem que obedecer a dois elementos muito importantes. Primeiro: nunca deveríamos pedir qualquer coisa que, de antemão, já sabemos que não é do agrado de Deus. E, em segundo lugar, mesmo solicitando coisas justas, leais e boas, deveríamos deixar o atender, ou não, à vontade divina. Aliás, foi exactamente essa a orientação que Jesus deu na oração modelo que ensinou aos Seus discípulos.
Além disso, há um outro factor decisivo para que as nossas orações sejam atendidas por Deus. É o que foi registado na Bíblia em Salmo 66:18: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido." Outras versões reflectem o mesmo pensamento em linguagem diferente, vejamos: "Mas, se eu tivesse guardado maus pensamentos no coração, o Senhor não me teria ouvido" (BLH). E a versão Almeida Revista e Corrigida diz: "Se eu atender à iniquidade no meu coração... "
Trocando essas palavras por uma linguagem bem simples, diria: 'Se eu estiver a praticar o pecado e a guardá-lo no meu coração, o Senhor não me ouvirá.' Foi por isso que o profeta Isaías disse: "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus." Isaías 59:2.
Se porventura as suas orações não têm encontrado o eco da resposta divina, examine a sua vida e a sua maneira de orar. Saiba que há uma oração que Deus nunca deixa de atender: é quando oramos por perdão e pela Sua ajuda e força para não pecar.

BLH = A Bíblia na Linguagem de Hoje

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

QUE RELIGIÃO SEGUIR?

7 de Outubro

"Ensina-me, Senhor, o Teu caminho, e andarei na Tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o Teu nome." Salmo 86:11

Ao conversar com uma pessoa que encontrei, rapidamente o nosso assunto passou a girar em torno de fé, religião e relacionamento com Deus. Ao olhar para o semblante daquele homem, percebi que as suas preocupações eram o retrato fiel de inúmeras outras pessoas. Então, olhando para baixo e com a testa franzida, ele começou a dizer:
"O senhor sabe que eu me sinto tremendamente confuso? Por vezes tenho vontade de orar e seguir alguma religião. A minha família, os meus filhos precisam de ter uma religião. Mas aí vem a dúvida. Qual religião? Cada uma, à sua maneira, oferece algum atractivo; e se perguntamos aos seus membros, cada um acha que está com a verdade. Que devo fazer? Confesso que perante todo esse emaranhado de crenças e fé, às vezes sinto-me com vontade de deixar tudo de lado e viver a vida de acordo com a minha consciência, sem ligar a nada mais. O que é que o senhor acha?"
Respondi dizendo-lhe que tudo quanto tenho lido na Bíblia Sagrada me ajuda a crer que Deus tem a Sua Igreja na Terra, que é a congregação daqueles que O amam e O aceitam como Deus e Senhor da sua vida. Disse-lhe que seria bom que ele soubesse que a igreja não salva pessoa alguma. A Bíblia diz: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Actos 4:12. Quem salva, portanto, é Jesus.
Disse-lhe ainda: "As Escrituras Sagradas também me ensinam que é através delas que encontramos o caminho da verdade." Falando aos discípulos e aos judeus, Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna", e acrescentou: "e são elas mesmas que testificam de Mim." João 5:39.
Então completei: "Se o senhor vai fazer compras, não vai voltar para casa com as mãos vazias, porque havia bastante variedade de alimentos nas prateleiras do supermercado. Vai escolher o melhor que encontrar. Vai evitar levar alimentos sujos e contaminados com pesticidas. Assim deve proceder no campo da fé e das religiões. Tome a Bíblia Sagrada nas suas mãos e, com oração e fé, procure encontrar o alimento para nutrir o seu coração e o da sua família. É só aceitar e obedecer! A igreja de Deus é composta pelos que aceitam e vivem todas as verdades bíblicas."

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A BÊNÇÃO DE SER RECONHECIDO

6 de Outubro

"Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a Ele aos filhos dos homens. ... Nós, porém, bendiremos o Senhor, desde agora e para sempre. Aleluia!" Salmo 115:16 e 18

Ao trocar ideias com um grupo de amigos, fomos unânimes em concordar que todo o ser humano que se deixa dominar pelo egoísmo acaba nutrindo sentimentos que o levam a nunca estar contente com o que tem e com o que ganha. Se recebe quinhentos euros de salário, tem necessidade de oitocentos. Se recebe cinco mil, arranja necessidades para oito mil. Se possui uma casa razoavelmente boa, deseja ter uma mansão. Enfim, o desejo e as aspirações são indomáveis se não forem norteados pelo equilíbrio, pela sensatez e pelo amor que devemos dedicar a Deus e ao próximo.
Os que têm realmente esse amor, antes de pensarem somente em si, vão lembrar-se de algumas outras coisas que são fundamentais. Vão recordar-se que nada somos neste mundo. A vida que temos é um dom precioso que Deus nos concede. O nosso corpo, essa máquina fantástica, além de possuir funções físicas e mecânicas que propiciam os movimentos e as acções maravilhosas que conseguimos desempenhar, é também um miraculoso laboratório químico que transforma alimentos em energia, dando-nos forças para vivermos e agirmos no físico e na mente.
Os que amam Deus ainda reconhecem que toda a Natureza, incluindo os peixes, as aves, os animais, as florestas, os campos, a chuva, o sol, as estrelas, enfim, tudo aquilo que nos cerca, foi criado por Deus para nos alegrar e para nos proporcionar tudo aquilo de que necessitamos para vivermos em harmonia e sermos felizes.
Estes reconhecem que Deus Se ofereceu para ser seu sócio, numa das sociedades mais lucrativas que podemos imaginar. Deus diz: Eu dou-vos tudo. Dou-vos a vida, o ar, a água, o solo, etc. e vocês devolvem-Me apenas dez por cento dos vossos lucros; isto é, vocês devem dar-Me apenas o dízimo. E quando nos desprendemos de qualquer egoísmo, acabamos por entender essa realidade: 'Deus sempre tem provado que nove décimos valem mais do que dez décimos.'
Ao sermos fiéis na sociedade com Deus e liberais ao atender às necessidades da igreja e do próximo, veremos que "a alma generosa prosperará" Provérbios 11:25.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O ESFORÇO E O SUCESSO

5 de Outubro

"Não to mandei Eu? Esforça-te e tem bom ânimo, não pasmes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares." Josué 1:9

Hoje, todos temos consciência de que sem a devida preparação cultural e profissional não é fácil ter sucesso ao disputar o competitivo mercado de trabalho. Aliás, a desenfreada competição já se apresenta aos jovens no acesso aos cursos de nível superior. A concorrência em geral não é nada fácil e até os familiares se envolvem nas emoções e agonias da preparação, dos exames e da espera dos resultados.
E é bom que os jovens saibam que o sucesso na vida pende muito mais para os que se esforçam do que para os inteligentes. No entanto, os que têm sucesso garantido são os inteligentes e esforçados. Mas, estes, infelizmente, são poucos.
Com a morte de Moisés, Josué foi escolhido para ser o novo líder do povo de Deus. Vejamos com que insistência Deus aconselhou Josué para que se esforçasse a fim de ser bem sucedido na sua nobre e importante responsabilidade. O relato está no livro de Josué, no capítulo primeiro:
Verso 6: "Esforça-te e tem bom ânimo".
Verso 7: "Tão somente esforça-te e tem bom ânimo".
Verso 9: "Não to mandei Eu? Esforça-te e tem bom ânimo, não pasmes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares."
Não é apenas para o desenvolvimento físico que é válido o refrão de que 'a força vem pelo esforço'. Ele tem sido uma realidade na vida de inúmeras pessoas e em áreas bem diferentes. Alguns tiveram dificuldades financeiras, outros depararam-se com as barreiras de deficiências no ensino básico, outros com as reais dificuldades intelectuais; entretanto, visto não se terem amedrontado diante das dificuldades e aplicando-se com entusiasmo e esforço ao estudo, sobrepujaram os problemas e tornaram-se bons profissionais.
No entanto, pode dar-se o caso de alguns se terem aplicado com todas as forças ao estudo e sentirem que ainda lhes falta algo. Para estes, tenho uma preciosa e importante sugestão, que nos vem de Tiago 1:5 e 6: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." E o mais importante vem a seguir: "Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte."

terça-feira, 4 de outubro de 2011

OS ÚLTIMOS DIAS

4 de Outubro

"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis. ... Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados." II Timóteo 3: 1 e 13

O tempo escoa-se rapidamente. O mundo em que vivemos propicia ambiente para que todos se envolvam em tudo aquilo de bom e de mau que acontece em qualquer canto do globo terrestre. Os meios de comunicação - destacando-se a televisão, na corrida desenfreada em busca de audiências - tem explorado as piores e as mais vis e degradantes notícias levando-nos a ter o coração sobrecarregado de angústia e aflição.
O mundo, como um todo, não vai bem, e quando somos inundados , por notícias de acontecimentos negativos, isto tem um tremendo efeito sobre toda a sociedade. Vivemos com medo da violência, das doenças, dos movimentos sociais e das guerras. E por isso temos a tendência de desconfiar de tudo e de todos. O facto é que as profecias bíblicas já previam esses acontecimentos.
Os dois versos da meditação de hoje foram escolhidos estrategicamente, pois estão localizados no início e no fim das advertências quanto ao que estaria a ocorrer no ambiente social do mundo justamente antes da volta de Jesus. Paulo cita pelo menos vinte elementos diferentes que deveriam caracterizar o comportamento de muitos no tempo do fim. Vamos destacar apenas alguns: egoísmo, blasfémia, desobediência aos pais, calúnia, mais afeição aos prazeres do que a Deus, crueldade, traição e falsa piedade. E quando nos recordamos de que Jesus também alertou que no tempo do fim ouviríamos falar de guerras, rumores de guerras, fomes, terramotos, percebemos que essa é uma descrição fiel dos dias em que vivemos.
Se por um lado os acontecimentos políticos, sociais, religiosos e físicos do mundo nos afectam, pois estamos também no mundo, por outro lado, fortalecem a nossa confiança nas Escrituras Sagradas, revitalizam a nossa fé, revigoram a nossa esperança e motivam-nos a ser activos participantes da propagação do evangelho como a única esperança para todo o ser humano. Aliás, este último ponto é o que Jesus está a aguardar da parte de todos os que n'Ele crêem para poder vir buscar-nos: "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas nações. Então, virá o fim." Mateus 24:14.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

AS MONTANHAS

3 de Outubro

"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra." Salmo 121:1 e 2

As montanhas ocupam cerca de um quinto da superfície do mundo. Elas existem em todos os continentes e em todos os lugares e são símbolos de força e estabilidade. Muitas vezes me tenho dedicado a contemplar demoradamente as montanhas do meu país e de algumas outras partes do mundo, como os Alpes, na Europa Central, e os Andes, aqui na América do Sul. São montanhas majestosas e altaneiras, uma inspiração e um desafio para os que as contemplam.
A história está repleta de narrativas dos que fugiram para as montanhas em busca de protecção e segurança. Por outro lado, lembro-me de que o antigo Israel, seguindo o exemplo dos pagãos, construiu altares nas montanhas ao redor de Jerusalém e noutros lugares para ali terem os seus cultos idólatras. Por isso o salmista David, conhecedor da existência dessas práticas corruptoras, embora entendendo que as montanhas representem firmeza, perenidade e segurança, diz que o auxílio, o amparo e a verdadeira protecção vem unicamente do Senhor que fez as montanhas.
Na verdade, Deus, o Criador e Senhor de todo o Universo, é infinitamente maior e mais forte do que todas as montanhas juntas. Por nada nos adiantará escondermo-nos no alto das montanhas das riquezas e dos bens; de nada nos adiantará escondermo-nos nas montanhas da cultura e do conhecimento das ciências e das filosofias humanas; tão pouco estaremos seguros no alto das posições, dos cargos ou do poder político ou eclesiástico. Temos que elevar os nossos olhos acima de todas estas coisas e contemplar Aquele que é o único que nos pode valer, com segurança absoluta, em todas as circunstâncias.
Em resumo: se por um lado as montanhas simbolizam protecção e amparo, por outro lado podem também significar obstáculos e problemas. Assim também as riquezas, os bens, a cultura, os conhecimentos, a posição e o poder podem ser uma bênção, se direccionados para o bem ou um obstáculo para a nossa vida espiritual se nos deixarmos iludir pelo egoísmo, pela vaidade e pela falsa segurança. Tudo dependerá de onde estivermos focalizando a nossa atenção: se nas 'montanhas' ou se no "Senhor que fez o céu e a terra". Que Deus nos ajude a sermos contados entre os que olham com fé para além das montanhas!

domingo, 2 de outubro de 2011

ÂNIMO E PERSEVERANÇA

2 de Outubro

"Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apocalipse 14:12

Certo escritor conta que numa ocasião se viu obrigado a refugiar-se num antigo edifício em ruínas, onde teve de permanecer sentado várias horas. Desejando desviar os seus pensamentos dos problemas que o afligiam, fixou a atenção numa formiga que tentava subir por uma parede. Ela transportava um grão de trigo maior do que ela. Com paciência ele observou os esforços que a formiga despendeu para conseguir o seu intento. O grão caiu no chão sessenta e nove vezes, mas o insecto perseverou. Por fim, na septuagésima vez, conseguiu chegar até ao alto.
O escritor conta que isto o animou e confortou muito. Não poderia permanecer ali sentado à espera que a solução dos seus problemas lhe caísse de mão beijada do céu. Levantou-se, e cheio de entusiasmo e perseverança pôs-se a lutar para também ser um vitorioso.
Há uma frase muito simples, mas que encerra uma verdade muito profunda: "Nada podemos fazer sem ânimo e perseverança." - A Ciência do Bom Viver, pág. 196. Ânimo e perseverança são tão importantes na vida que poderíamos chamar-lhes 'a dobradinha do sucesso'. Sem medo de errar diria que tanto na vida espiritual, como em qualquer carreira profissional, eles são elementos indispensáveis.
Valho-me ainda de mais este desafiador pensamento: "A vida cristã é mais importante do que muitos crêem. Não consiste somente em delicadeza, paciência, doçura e bondade. São essenciais estas graças; mas há também necessidade de coragem, força, energia e perseverança. O caminho que Cristo nos traça é um caminho estreito e exige abnegação. Para entrar nesse caminho, e passar pelas dificuldades e desânimos, requerem-se homens fortes." - A Ciência do Bom Viver, pág. 497.
Tem problemas? A vida está difícil? À sua frente a estrada parece terminar numa enorme parede ou num profundo precipício? Tenha fé em Deus. Lembre-se de que a perseverança é uma das características do povo de Deus nestes dias finais. Persevere na oração, na fé, no testemunho. Tenha ânimo porque "aquele que perseverar até ao fim será salvo". Mateus 24:13. Então, toda a nuvem negra será dissipada e um novo amanhã raiará trazendo paz, felicidade e vida eterna.

sábado, 1 de outubro de 2011

RECONCILIAÇÃO

1 de Outubro

"Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação." II Coríntios 5:18

No estado de pecado em que nos encontramos, e em face do egoísmo e dos caprichos pessoais que costumamos acariciar, estamos sujeitos a enfrentar os problemas que vêem de contendas, lutas, disputas e competições. Estas coisas podem resultar em desentendimentos, brigas e separações. Diria que, sob certo aspecto, e guardadas as proporções desses desentendimentos, isto é até natural nos nossos relacionamentos, visto que o homem, sujeito ao pecado, tem essa propensão.
O que não é normal é que o ser humano, dotado de raciocínio e inteligência, continue indeterminadamente a sofrer os terríveis efeitos desses desentendimentos. Não precisamos de carregar sobre os ombros os terríveis fardos de tristezas, mágoas e rancores vindos de acontecimentos que roubaram a paz à nossa alma. Esta situação tem solução!
A solução é a misericórdia e o amor. Não existe nada que possa fazer melhor à alma do que olhar com misericórdia, amor e espírito de perdão para os que nos ofenderam.
Perguntei certa ocasião a um auditório composto por casais: "Quando o marido e a mulher estão zangados, quem deve dar o primeiro passo para a reconciliação?" O auditório dividiu-se na resposta como era esperado. Mas todos ficaram surpreendidos quando respondi que o que mais ama deve tomar a atitude inicial para a reconciliação. Aliás, essa foi a atitude de Deus, pois "amou-nos quando ainda éramos pecadores".
A cerimónia que precede a Ceia do Senhor - o lava-pés ou cerimónia da humildade - é a oportunidade para se reafirmarem os actos anteriores de reconciliação. Por isso, é interessante realizar essa cerimónia, de vez em quando e onde houver condições, pelas famílias em separado.
"A reconciliação mútua dos crentes é a obra para que foi estabelecido o rito do lava-pés. Pelo exemplo do nosso Senhor e Mestre esta cerimónia de humilhação foi convertida numa ordenança sagrada. Quando quer que seja celebrada, Cristo está presente através do Seu Santo Espírito. Esse Espírito é que produz convicção nos corações.» E. White.