quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CRER E CONFIAR

30 de Novembro

"Será que para o Deus Eterno há alguma coisa impossível?" Génesis 18:14

Certo dia, Abraão e Sara, tendo recebido na sua tenda três visitantes divinos, tiveram com eles o diálogo registado em Génesis 18:9-14 (TIC):
"Então eles perguntaram:
- Onde está a tua mulher, Sara?
E ele respondeu:
- Está ali na tenda.
Então um deles disse:
- Para o ano voltarei a tua casa e, na devida altura, a tua mulher, Sara, terá um filho. ...
Abraão e Sara eram bastante idosos, e Sara já não estava em idade de ter filhos. Então Sara sorriu...
O Senhor disse a Abraão: - Porque é que a Sara sorriu pensando que já não pode ter um filho nesta idade? Será que para Deus isso é uma coisa tão difícil?"
Que mensagem importante nos vem através da experiência de Abraão e de Sara. Mesmo contra todas as leis normais da Natureza, Deus agiu para cumprir a Sua promessa e deu-lhes um filho, Isaque. "Será que para Deus isso é uma coisa tão difícil?"
Na realidade nada é impossível para Deus. Ele é o Criador e Senhor de todas as coisas que existem. É o Legislador e Autor de todas as leis conhecidas e das que ainda não foram desvendadas pelo conhecimento humano. Ele sabe sempre como e com que propósito agir.
Lembro-me muito bem de certa ocasião em que estava no hospital com um amigo, também pastor, dando assistência a uma parente dele muito doente. Ela estava internada há vários dias e, tendo piorado o seu estado, o médico reuniu os parentes e disse: "Já utilizámos todos os recursos da medicina. Agora só restam a fé e a vontade de Deus."
Antes, os parentes não crentes ofereciam resistência a que oficiássemos a unção da nossa irmã. Agora, pediram que realizássemos a cerimónia.
Assim, com fé e oração ungimo-la e entregámos o seu caso aos cuidados divinos. Na manhã seguinte, a minha mulher telefonou para o hospital para saber como estava aquela irmã. A ligação foi transferida para o seu quarto, e... surpresa: ela mesma atendeu o telefone e disse que estava a sentir-se muito bem, a tomar o pequeno-almoço. "Para o Deus Eterno há alguma coisa impossível?"

TIC = Tradução Inter-Confessional

terça-feira, 29 de novembro de 2011

DEFINIÇÃO BRILHANTE DE CRISTIANISMO

29 de Novembro

"Ora, Aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça; enriquecendo-vos, em tudo, para toda a generosidade." II Coríntios 9:10, 11

Certa ocasião um pastor tinha-se dirigido aos membros da sua igreja apelando para que contribuíssem liberalmente em favor de um projecto. Após o serviço religioso, um certo senhor procurou-o em particular e disse-lhe: "O senhor não acha que isto é uma vergonha para nós? Na igreja fala-se tanto em dar, dar, dar?"
O pastor baixou a cabeça durante alguns instantes e depois, com um olhar radiante, disse ao seu interlocutor: "Meu irmão, estou muito grato pela brilhante definição de cristianismo que acaba de me dar: Ser cristão é realmente dar, dar, dar!
Sabe porque é assim? Porque Jesus amou-nos de tal maneira que deu a Sua própria vida por nós. Se Ele nos deu o que tinha de mais precioso, porque não lhe dar tudo o que pudermos?"
A mensagem de Paulo aos irmãos da igreja de Corinto foi muito preciosa. Deus estará sempre de mãos abertas para apoiar os que não têm mãos fechadas. Acompanhemos um pouco mais as suas palavras:
"Com efeito, quem pouco semeia pouco poderá colher. Mas quem semear muito há-de recolher muito. Que cada um dê conforme julgar bem na sua consciência. E não chorem aquilo que dão, nem dêem de má vontade. Pois quem dá com alegria agrada a Deus. Deus pode recompensar com abundância todo o bem que fizerem, para terem sempre o que precisam e poderem fazer bem aos outros.
"É como diz a Escritura Sagrada: Ele deu generosamente aos pobres. A sua bondade permanece para sempre.
"Deus, que dá a semente ao semeador e o pão para comer, também há-de multiplicar a semente das boas acções que vocês praticarem e há-de fazer crescer os frutos da vossa bondade." II Coríntios 9:6-10 (TIC).
Veja este texto inspirado de Ellen white "Foi-me mostrado que o anjo relator faz um registo fiel de toda a oferta feita a Deus, e posta no tesouro, bem como dos resultados finais dos meios assim doados. Os olhos do Senhor tomam conhecimento de toda a moedinha consagrada à Sua causa, e da boa vontade ou relutância do doador. O motivo por que se dá, também é registado. As pessoas abnegadas e consagradas que devolvem a Deus o que Lhe pertence, como Ele requer, serão recompensadas segundo as suas obras." - Serviço Cristão, pág. 221.

TIC = Tradução Inter-Confessional

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PALÁCIOS DE DEUS

28 de Novembro

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmo 127:1

O Salmo 127 traz uma mensagem sobre a qual devemos meditar. Quando nos preocupamos em construir a nossa casa colocando nela apenas tijolos, areia, cimento e os demais materiais de construção, sem procurar ter um envolvimento pessoal com Deus, essa casa muito provavelmente não se transformará num autêntico lar. Dificilmente haverá paz, felicidade e amor. Poderá ser uma casa sólida, bem construída; poderá ter lindos móveis, ricos adornos, com valiosos e famosos quadros de arte nas paredes. Mas o coração das pessoas estará frio, vazio e carente do calor do amor que só Deus pode oferecer.
Sem a presença do suave e doce amor de Jesus no coração, lindas e ricas mansões podem parecer casebres destituídos de conforto e beleza. A falta de harmonia, de fé e de compreensão rouba a beleza e a paz do ambiente. Por outro lado, casas humildes e simples, decoradas pela presença de Jesus no coração, transformam-se em palácios de paz e amor.
É bom cercarmo-nos de conforto e beleza. Aliás, o nosso Deus é o Senhor da beleza, do conforto e de toda a glória. Ele sente-Se feliz quando nós, Suas criaturas, também temos tudo isso.
No entanto, quando a nossa atenção e os nossos esforços estão voltados unicamente para essas coisas, tornamo-nos enfraquecidos. Sem Deus, o muito é pouco, e tudo o que venhamos a possuir não vale nada.
Creio que foi por ponderar as coisas dessa forma que Jesus disse: "Buscai, pois, em primeiro lugar o Seu reino [de Deus] e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6:33.
Todo o cristão sincero sabe que, por ser fiel, pode até ser impedido de possuir alguma coisa que seria de mais conforto para si e para a sua família, mas consola-se com a promessa de que muito em breve todas essas e muitas outras coisas lhe serão acrescentadas.
Que o amor de Jesus esteja connosco para dar graça, beleza e paz ao nosso coração e aos nossos lares!

domingo, 27 de novembro de 2011

A SÁBIA ADMINISTRAÇÃO DO DINHEIRO

27 de Novembro

"De que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento?" Provérbios 17:16

Na correria do dia-a-dia são poucas as pessoas que conseguem escutar o gorjeio de um pássaro ou o arrulhar de uma pomba nas grandes cidades. No entanto, atire uma moeda para o chão e imediatamente o seu tilintar chamará a atenção das pessoas.
O emprego das moedas foi introduzido nas regiões bíblicas cerca de 700 anos antes de Jesus. Antes, e mesmo depois, era utilizado o sistema das trocas. Nas transacções mercantis, o ouro, a prata e o cobre, eram 'as moedas correntes'. Durante o exílio em Babilónia, os judeus conheceram a moeda na qual a efígie de Dario I, rei da Pérsia, aparecia.
Nos dias de Jesus circulavam na Palestina três moedas. A moeda dos judeus era o shekel; a grega, a dracma; e a romana, o denário.
Hoje, as moedas, e de maneira mais ampla o dinheiro, passaram a ter na nossa sociedade um significado muito grande. Pois sem elas, é praticamente impossível viver. O dinheiro representa alimentação, saúde, moradia, transporte, educação, lazer e recreação, comunicação e quase tudo o que se possa imaginar.
É por isso tudo que o tilintar de uma moeda ou um pedaço de papel com a impressão de uma nota, chamam tanto a atenção das pessoas.
No entanto, quão lastimável é vermos pessoas a gastar a saúde e a vida na busca desenfreada de amealharem para si o máximo de dinheiro. Pior do que tudo isso é que alguns, nessa ânsia doentia, atropelam princípios éticos, morais e espirituais. Pensam estar a ganhar e a facturar, como dizem, mas na realidade estão a perder a saúde, a vida presente e a eternidade.
Quando a Bíblia diz que o "amor do dinheiro é a raiz de todos os males" (I Timóteo 6:10), está a dizer uma grande verdade. Quantos e quantos se têm desviado do caminho de Deus por causa da corrida atrás do vil metal!
Saibamos usufruir das bençãos que o dinheiro, ganho honestamente, nos pode dar; que nos utilizemos dele com sabedoria e que não procedamos como tolos, permitindo que ele nos escravize.

sábado, 26 de novembro de 2011

ADORAR SÓ A DEUS

26 de Novembro

"Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto." Mateus 4:10

Na língua portuguesa, assim como em qualquer outra língua, existe uma dinâmica que ao longo dos anos vai transformando o significado de muitas palavras. O estudo desse fenómeno chama-se semântica.
Nos últimos tempos, face à onda de liberdade que tem tomado conta dos países e da sociedade, percebe-se que, misturado com tudo o que de bom isso trouxe, alguns vão ao extremo ao aplicarem de forma errada essa liberdade, utilizando indevidamente algumas palavras, fugindo completamente do seu significado real.
Tem-me preocupado o uso do verbo 'Adorar', que tem como significado render culto, reverenciar e venerar. No entanto, o que se ouve a todo o instante? São pessoas dizendo: "Ah! Como eu adoro fulano", ou ainda: "Eu adoro o gelado de maracujá". Pode ser que alguns estejam expressando os seus verdadeiros sentimentos ao colocarem a adoração de qualquer coisa comum no lugar de Deus.
Todavia, sabemos que a maior parte das pessoas usam o verbo adorar com o sentido de'gostar': "Eu gosto de fulano"; "Eu gosto de gelado", etc. Acredito sinceramente que nós, quando cremos nos ensinos da Palavra de Deus, temos o dever de colocar todas as coisas nos seus devidos lugares. A Bíblia Sagrada é clara ao orientar-nos dizendo que o nosso culto, e a nossa adoração, devem ser voltados unicamente para Deus.
Aliás, isso não é apenas o que Deus espera, mas o que Ele pede de nós. E está expresso de forma bem clara no segundo mandamento da lei divina, em Êxodo 20, e confirmado por Jesus. Ao ser tentado por Satanás, Ele respondeu: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto." Mateus 4:10.
Cremos que a maior parte dos que usam o verbo adorar indevidamente o fazem ingenuamente, sem perceber. No entanto, devemos fazer um esforço a fim de que nós, e a nossa família, sejamos esclarecidos e usemos o verbo adorar unicamente quando nos referimos à adoração que devemos prestar ao nosso Deus e Criador. Lembre-se de que restabelecer a verdadeira adoração a Deus é uma das missões do povo remanescente:
"E adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:7.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O QUE MAIS ALEGRA O SEU CORAÇÃO?

25 de Novembro

"Não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus." Lucas 10:20

Os discípulos de Jesus tinham voltado de uma missão que lhes tinha sido designada. Estavam eufóricos. A sua alegria fazia-se sentir não apenas no radiante semblante que traziam, mas também nas suas palavras. Dirigindo-se a Jesus disseram: "Senhor, os próprios demónios se nos submetem pelo Teu nome!" Lucas 10:17.
E assim participaram a Jesus todas as maravilhas que tinham operado em nome do Senhor. Pensavam que receberiam da parte de Jesus palavras de elogio e aprovação pela bonita obra que tinham realizado. Mas, não. O Mestre simplesmente fez com que eles soubessem do devido valor das coisas quando lhes disse:
"Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, mas sim porque o vosso nome está arrolado nos Céus." Lucas 10:20.
Como nós seres humanos muitas vezes nos comportamos exactamente como crianças! Se encontramos ao longo do caminho coisas bonitas, atractivas, invulgares, ou qualquer entretenimento, acabamos por nos distrair e desviar os olhos do foco, do alvo principal, do motivo que nos levou a escolher e a andar por aquele caminho.
Por outras palavras, Jesus teria dito aos Seus discípulos: "Realizar grandes obras e operar maravilhas tem o seu lugar no ministério evangélico. Mas vocês nunca deverão esquecer-se de que o mais importante é que os vossos nomes estejam escritos no livro da vida. É isto que vos deve levar a estarem alegres e felizes. Realizar boas obras é coisa importante. Porém, o mais importante é terem a todo o instante a plena certeza de que estão em ligação com a Fonte da Salvação e da Vida."
Pensemos agora em nós mesmos. O que é que mais nos alegra e faz o nosso coração pulsar com mais emoção? Seriam as conquistas materiais: uma casa nova, um novo carro? Seriam as vitórias profissionais: um novo cargo, um novo aumento de salário? Seriam porventura até os milagres sentidos na nossa própria vida ou vistos na vida dos outros? Ou cada dia nos alegramos e agradecemos, porque o nosso nome está escrito no livro da vida?

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CONSTRUIR NO LUGAR CERTO

24 de Novembro

"Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será Tua, outra para Moisés, outra para Elias." Mateus 17:4

O dia fora estafante para Jesus. Ele necessitava de descanso. Convidou Pedro, Tiago e João, e juntos tomaram o rumo da montanha. A escalada deu-se quando os últimos raios do sol iluminavam a trilha pedregosa por onde subiam.
Ao chegarem exaustos ao topo do monte, só pensavam em descansar. Jesus ausenta-Se um pouco dos discípulos e põe-Se a orar. O peso da Sua responsabilidade é demasiado grande e Ele precisa de manter constante comunhão com o Pai para obter forças espirituais, físicas e psicológicas.
Uma das Suas maiores preocupações era a incompreensão dos Seus discípulos quanto à Sua origem divina e ao Seu ministério e missão. Então, pede ao Pai para que a Sua glória lhes seja revelada.
Deus acha por bem atender ao pedido do Filho. Decide-Se a ajudá-l'O e também a anima-l'O na continuação da Sua missão, trazendo ao monte dois troféus antecipados da Sua vitória sobre o mal: Moisés e Elias.
Moisés, simbolizando os que passaram pela experiência da morte e que serão ressuscitados e glorificados ao receberem a vida eterna por ocasião da volta de Jesus; e Elias, que tendo sido arrebatado vivo para o Céu, representava os salvos por Jesus que estiverem vivos na Sua vinda à Terra e que, transformados e glorificados, serão levados com Jesus para o Céu.
Os discípulos, ao verem a cena tão fulgurante, não vacilaram. Pedro disse a Jesus: "Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será Tua, outra para Moisés, outra para Elias." Mateus 17:4.
O que é que acha? Moisés e Elias gostariam de deixar o Céu para morar em cabanas no alto de um monte pedregoso? Embora a glória fulgurante estivesse naquele lugar, os discípulos estavam a pensar em construir num lugar errado! Pense nisto: Deus tem-nos revelado as belezas do Céu e da Nova Terra, mas onde estamos a construir ou a pensar construir? Na Terra ou no Céu?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SEDE COMPASSIVOS

23 de Novembro

"Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou." Efésios 4:32

A palavra compaixao tem uma sonoridade que agrada aos meus ouvidos. Soa de maneira suave e profunda.
Entretanto, é no seu significado que a palavra compaixão deve penetrar fundo na nossa alma. Ela quer dizer: sentimento de pesar, dor que se sente pelo mal alheio, comiseração, dó.
O mundo dos nossos dias, em face do tremendo desenvolvimento dos meios de comunicação, trouxe-nos, juntamente com as grandes vantagens, um grande problema. A todo o instante os nossos olhos e ouvidos são bombardeados por notícias, que em geral são das coisas más que acontecem em qualquer ponto do globo terrestre. São guerras, fomes, enchentes, desmoronamentos, acidentes aéreos, terrestres e marítimos, e, ultimamente, o terrorismo. O sofrimento humano é apresentado da forma mais nítida e das maneiras mais variadas que se possa imaginar.
O triste é que nos vamos acostumando, com o decorrer do tempo, a ver a miséria e a dor dos outros. E, visto estarmos à distância e nada podermos fazer, passamos a praticar a compaixão estática. Temos dó, sentimos tristeza pela dor dos outros, mas nada fazemos.
O pior de tudo isso é que a compaixão estática, inoperante, passou a ser adoptada por muitos quando enfrentam a miséria e a dor ao vivo, diante dos seus olhos. Têm também dó, entristecem-se, mas nada fazem.
Que fazemos com os pedintes que batem à nossa porta? Que fazemos com os bêbados caídos na sarjeta? Que fazemos com os acidentados caídos na rua? Que fazemos quando há enchentes ou outras calamidades? Achamos que é o governo que tem que atender aos necessitados? Achamos que devolver os dízimos e ofertas a Deus é tudo o que podemos fazer?
A verdadeira compaixão é o amor de mangas arregaçadas. É você ver a dor, a tristeza, a miséria, e agir para minorar o sofrimento do próximo. Que atentemos para a recomendação de Paulo: "Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos." Efésios 4:32.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

FIDELIDADE

22 de Novembro

"Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." Apocalipse 2:10

Na União Sul-Brasileira da Igreja Adventista de 7ª Dia, onde tive o privilégio de trabalhar durante quinze anos, recebíamos semanalmente uma mensagem que o consultor e antropólogo Dr. Luiz Marins nos enviava. Certo dia, surpreendi-me ao ler a sua mensagem, pois tratava da relação que existe entre sucesso e fidelidade.
Vou extrair alguns trechos dos seus pensamentos: "Numa análise antropológica que fizemos, chegámos a uma constatação simples - um dos grandes factores do sucesso de pessoas e empresas é a fidelidade. E fidelidade a tudo. A empresa de sucesso é aquela que tem e demonstra fidelidade ao seu cliente. Uma real e visível fidelidade de total envolvimento com o sucesso do seu cliente. Os funcionários melhor avaliados são aqueles que possuem e demonstram total fidelidade à marca dos produtos que a sua empresa tem, às políticas, directrizes, missão, foco e visão da empresa em que trabalham."
É interessante que o Dr. Marins concluíu a sua mensagem semanal fazendo um louvor à fidelidade, e um apelo. Ele disse: "Esta semana, pense nisto: É 'fiel' à sua empresa, à sua liderança, aos seus amigos? É visto como alguém 'fiel'? O seu comportamento consegue demonstrar a sua fidelidade a pessoas e à sua empresa, à sua marca?"
Como é bom ver pessoas do mundo empresarial, do comércio, da indústria, da política, também preocupadas em divulgar a necessidade de fidelidade.
Bem sabemos que a prática da fidelidade, para ser genuína e válida, tem que brotar de um coração que vibre e se apaixone por ela. A fidelidade não pode ser interesseira. Tem que ser espontânea e pura. Senão, será como o caso do porquinho que era mantido limpo, perfumado e com uma linda fitinha vermelha no pescoço. Todos se admiravam e diziam: "Ele é tão bonitinho e limpo que nem parece porco!" No entanto, no primeiro instante em que se viu livre, e tendo diante de si a lama, chafurdou logo nela. Voltou a ser verdadeiramente o que era - um porco.
A fidelidade que Deus espera que vivamos é a que vem do fundo da alma. Ela é natural e despretensiosa. Para os que vivem essa fidelidade, voltada para os princípios divinos, Deus diz: "Dar-te-ei a coroa da vida".

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

REFLECTINDO A GLÓRIA OU A VAIDADE?

21 de Novembro

"Ó homens, até quando tornareis a Minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?" Salmo 4:2

Não é pecado algum o cristão esmerar-se na sua aparência pessoal. Mas o pecado pode residir numa coisa que é muito perigosa. É a egolatria; ou seja, colocar o 'eu' no lugar de Deus.
Normalmente, quando essa doença espiritual toma conta do lugar em que Deus deveria estar entronizado, muitas coisas acontecem. Os bens que Deus tão generosamente coloca nas nossas mãos são usados de maneira imprópria; e o tempo, esse dom tão precioso que está à nossa disposição, por vezes é despendido em grandes quantidades no cuidado com a aparência pessoal. Depois não se encontra tempo para a leitura meditativa da Bíblia Sagrada e para a oração.
Equilíbrio e sensatez são dois belos predicados da vida do cristão. No entanto, desleixo, descuido pessoal e ferrenho fanatismo numa extremidade, e vaidade e ostentação na outra, são testemunhas tristes que em nada colaboram para divulgar o nome de Cristo. É nesse contexto que se encaixam perfeitamente bem as modas, compreendendo o vestuário e adornos, bem como as demais coisas.
Houve um tempo em que a preocupação com toda essa questão estava voltada unicamente para o sexo feminino. Entretanto, hoje já se apercebe que é cada vez maior o número de homens que, dando vazão à vaidade, também frequentam casas especializadas, que oferecem tudo o que eles pensam que satisfaz os desejos de uma melhor aparência.
O sábio Salomão, depois de ter desfrutado de luxo, ostentação e prazeres, chegou à conclusão de que tudo isso era não apenas vaidade, mas por vezes até mentira. Muito aprecio as palavras sensatas e equilibradas de Pedro, quando recomenda o melhor adorno para o cristão: "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como o frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus." I Pedro 3:3, 4.
Que Deus nos ajude a sermos sensatos e equilibrados em toda a nossa forma de proceder. Que o mundo veja em nós o reflexo da humildade, da santidade e da beleza do carácter de Jesus.

domingo, 20 de novembro de 2011

AS BÊNÇÃOS DA PODA

20 de Novembro

"Jesus disse: Eu sou a videira verdadeira, e o Meu Pai é o lavrador. Ele corta todos os galhos que não dão uvas, embora eles estejam em Mim. Mas Ele poda os galhos que dão uvas para que fiquem limpos e dêem mais uvas ainda." João 15:1 e 2 (BLR)

O pensador francês Michel Quoist, em apenas algumas frases simples, disse uma grande verdade: "Quer colher frutos saborosos? Faça uma poda na árvore. Deseja apanhar lindas flores? Sacrifique alguns botões." Muito antes dele, Jesus já tinha dito essa verdade. Na aparência, entretanto, as coisas parecem ser ao contrário. Para o tolo, o agricultor de tesoura de podar na mão, cortando galhos muito pequenos de uma árvore que viceja com brotos por todos os lados, parece uma brutal incoerência. Isto parece-lhe como um castigo para a planta. Cerceia-lhe a liberdade de crescer e de se expandir. Traz-lhe sofrimentos e perdas, pois após a poda vem o 'chorar da planta', que derrama as suas lágrimas através da seiva a escorrer.
E no caso das flores, porque não deixar que todos os botões cresçam e vicejem produzindo em abundância? Não é isto melhor e mais lucrativo?
Há bem mais sabedoria na poda do que muitos imaginam! É verdade que há aqueles que pensam que aproveitar a vida, desfrutando o máximo possível de tudo aquilo que lhe aparecer pela frente, é o melhor. Querem viver a liberdade. Querem crescer e expandir-se para todos os lados e em todas as coisas, e não desejam ser impedidos na sua liberdade de crescer.
No entanto, é a poda que traz a verdadeira produtividade e qualidade aos frutos e às flores. De igual maneira, na nossa vida, e em especial na vida espiritual, precisamos de ter um alvo e um objectivo em tudo o que fizermos. Jamais nos deveríamos lamentar ao passar pela tesoura de podar da disciplina no lar ou na igreja, pois a poda é uma bênção.
Se quisermos ser bem sucedidos na vida, muitas vezes teremos que 'podar' coisas ao longo do caminho. Para alguns isto parece ser como uma perda de privilégios e de liberdade. Mas o tempo mostrará a diferença. A produtividade e a qualidade são o galardão daqueles que aprenderam a arte de se controlar, limitar e aceitar a disciplina.

sábado, 19 de novembro de 2011

MEMORIAL DA CRIAÇÃO

19 de Novembro

"Respondeu-lhes ele: Isto é o que diz o Senhor: amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte." Êxodo 16:23

A lição da santidade do Sábado, ministrada por Deus ao povo de Israel por ocasião da sua jornada pelo deserto, foi impressionante. Na Sexta-feira o maná caía em dobro, mas no Sábado não havia maná pela manhã. Na Sexta-feira deveriam fazer todos os preparativos para ter o Sábado como dia de real descanso, em obediência ao quarto mandamento.
O quarto mandamento é único num aspecto: traz consigo uma ordem dupla. Pede que descansemos todas as semanas no sétimo dia, isto é, no Sábado, e adverte a que trabalhemos nos outros seis dias.
Descansar no sétimo dia não é apenas um preceito de reflexos físicos. Há propósitos que vão além do repouso simplesmente físico e, até mental, para a recuperação do organismo perante os embates da vida. O repouso no Sábado tem como característica fundamental o reconhecimento da criatura para com o seu Criador, aceitando-O como o Soberano de todo o Universo e prestando-Lhe culto nesse dia determinado por Ele.
Embora o Sábado, na aparência, seja igual aos outros seis dias, na realidade é um dia singular. É um dia diferente não por vontade de homens, mas pela ordem e decreto do Criador. Ele fez desse dia um Feriado Semanal, como Memorial da Criação. Além de o separar para o nosso descanso, Deus achou por bem abençoar e santificar o dia de Sábado.
Qualquer pessoa pode receber as vantagens físicas do descanso semanal feito em qualquer um dos sete dias da semana. Entretanto, quando descansamos no sétimo dia, atendendo à solicitação divina, tendo a mente voltada para a adoração do Criador, só então é que entendemos porque é que o Sábado é um dia abençoado e santo. Há alegria, contentamento e um bem-estar indescritíveis, que invadem a alma quando adoramos o criador no dia que Ele designou para esse fim.
Esse descanso, que tanto bem faz, lembra-nos do bem-estar que sentiram Adão e Eva no paraíso. No dia seguinte após terem sido criados por Deus, no Sábado, adoraram o Criador agradecidos pela vida, e fizeram-no no dia em que Ele também estava a descansar, a abençoar e a santificar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

UMA BOA FILOSOFIA DE VIDA

18 de Novembro

"Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade para entender provérbios e parábolas, as palavras e os enigmas dos sábios." Provérbios 1:5 e 6

Todos nós deveríamos adoptar com sabedoria uma filosofia de vida, uma directriz de conduta que nos ajude a tomar decisões para sabermos agir e reagir em todos os momentos, em todas as circunstâncias. Isto é deveras importante, pois, de contrário, seríamos como camaleões adoptando uma postura diferente em cada situação da vida.
Há muitos anos recebi, de uma bondosa senhora, um pequeno álbum com uma colecção de poemas, histórias e coisas interessantes de ensinos morais por ela seleccionados. Revendo esse material, encontrei "Os Dez Mandamentos de Jefferson", que desejo partilhar consigo, pois nas suas palavras há muita sabedoria:
1. Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
2. Não peça auxílio para o que pode fazer sozinho.
3. Não compre objectos inúteis a pretexto de que são baratos.
4. Não seja vaidoso nem orgulhoso, pois o orgulho e a vaidade custam mais caro do que a fome e a sede.
6. Não se arrependa nunca de ter comido pouco.
7. Não gaste o seu dinheiro antes de o ter ganho.
8. Faça de boa vontade o que fizer e nunca se cansará.
9. Não tenha apreensões, por não saber o que o futuro lhe reserva. Que adianta tê-las?
9. As desgraças que mais tememos são as que quase nunca se realizam.
10. Considere todas as coisas sob um prisma favorável. Quando estiver contrariado, conte até dez antes de proferir qualquer palavra e até cem se estiver encolerizado.
Notou que, em síntese, poderíamos dizer que a filosofia de vida de Thomas Jefferson, um dos famosos presidentes norte-americanos, era: disposição para agir, controlo das finanças e das emoções, e confiança no presente e no futuro, com muito optimismo.
Nunca nos deveríamos esquecer que os cristãos vitoriosos são aqueles que adoptam sempre uma nobre e distinta filosofia de vida, com boa dose de optimismo e total confiança em Deus.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

AS 7 COISAS QUE DEUS DETESTA

17 de Novembro

"Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a Sua alma abomina." Provérbios 6:16

O livro de Provérbios, escrito por Salomão, rei de Israel, é uma fonte inesgotável de sabedoria. Aliás, foi durante o reinado de Salomão que Israel atingiu o auge do seu domínio e glória. Embora o maior empreendimento de Salomão tenha sido a construção do templo de Jerusalém, são os seus famosos provérbios que ultrapassaram os seus dias, atravessaram os séculos e chegaram até nós como mensagens contendo conselhos sábios, úteis e sempre actuais.
Vamos considerar, como ilustração do que acabo de afirmar, as palavras que se encontram em Provérbios 6:16-19. Leio na versão Linguagem de Hoje e vou colocar em destaque cada uma das sete coisas que Deus detesta, a fim de que sejam lidas pausadamente e com meditação:
"Existem sete coisas que o Deus Eterno detesta, que não pode tolerar:
O olhar orgulhoso,
A língua mentirosa,
Mãos que matam gente inocente,
A mente que faz planos perversos,
Pés que se apressam para fazer o mal,
A testemunha falsa que diz mentiras
E a pessoa que provoca brigas entre amigos."
Foi Deus quem inspirou Salomão a escrever essas palavras e também foi Ele quem as preservou ao longo dos séculos para que chegassem com toda a sua força até nós.
Deus, que é omnipotente e santo, não tolera que nós, criaturas, sejamos orgulhosos; ou que utilizemos a mentira, sejam quais forem os propósitos ou objectivos; que lancemos mão da força ou da violência contra o nosso próximo; que façamos uso indevido do dom do raciocínio para maquinar o mal; e, conforme diz a versão Almeida, Deus abomina os que "proferem mentiras e semeiam contendas entre irmãos".
Ah! Como o mundo, as nações, a sociedade, a igreja e as famílias em geral seriam bem melhores se esses sete pontos fossem observados por todos!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CONSTRUIR OU DEMOLIR?

16 de Novembro

"Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro." Provérbios 22:1

Como é bom construir! Mas construir é difícil e trabalhoso. Exige esforço, tempo, dinheiro, paciência, muita paciência! Entretanto, todo o trabalho é compensado quando se tem a obra pronta para ser utilizada.
Por outro lado, pensemos um pouco sobre como é fácil destruir. Se ao longo da história da humanidade tem sido fácil destruir, creio que hoje, mais do que nunca, isto se tornou mais fácil ainda.
Hoje, existem máquinas e engenhos que, depois de uma boa preparação, podem demolir enormes edifícios que levaram anos a ser construídos. Tornam-se escombros em questão de segundos. É fácil destruir qualquer obra. Difícil é construir.
Penso que há um paralelo muito perfeito entre construir e destruir uma casa, ou um edifício, e destruir o nome ou a reputação de uma pessoa.
Construir um bom nome e uma boa reputação não é coisa fácil. Às vezes é obra de uma vida vivida com dignidade e honradez. Exige esforço, educação e trabalho feito com dedicação e esmero.
Entretanto, para se destruir um bom nome e deixar uma menos boa reputação como os escombros de um edifício demolido, é coisa muito fácil. Bastam poucas palavras temperadas com a pimenta da maledicência, ou meias verdades proferidas com calculadas segundas intenções, e pronto! Implode-se o edifício da reputação e o bom nome desmorona. Nos dias actuais multiplicaram-se os recursos de demolição. As cartas anónimas, os telefonemas e o correio electrónico cruzam os céus de todas as partes do globo terrestre e instantaneamente podem estar ao serviço tanto do bem como do mal. A escolha é nossa.
Que sejamos nobres construtores. Que a nossa voz, o nosso telefone, o nosso computador sejam utilizados com sabedoria para ajudar a construir sólidos caracteres na sociedade. Não nos esqueçamos de que: "Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro." Provérbios 22:1.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A NOSSA ÂNCORA

15 de Novembro

"Na minha angústia clamo ao Senhor, e Ele me ouve." Salmo 120:1

Certo dia um amigo contou-me uma preocupante experiência pela qual passou. Tinha combinado com um pescador profissional ir pescar com ele à noite no alto-mar. O barco era amplo e bom, e o pescador muito experiente. Assim que chegaram ao lugar designado, começaram a apanhar bons peixes. Entretanto, quando já era bem escuro, o tempo começou a mudar. Havia prenúncios de vento e chuva. As ondas começaram a crescer. O experiente pescador disse: "Não se preocupe. Vou levar o barco para um lugar seguro para enfrentarmos a tormenta." Foi nessa altura que veio a surpresa. Ao dar a partida, o motor avariou-se e ficou travado.
"E agora, o que vamos fazer?" perguntou o meu amigo ao pescador. Mas ele respondeu com calma: "Vamos manter a âncora firme no fundo do mar. De manhã receberemos ajuda." E foi exactamente isso o que aconteceu.
Quantas vezes enfrentamos tormentas no mar da vida. Os ventos das provações sopram ameaçadores nas direcções mais variadas. São as provações materiais, com um salário insuficiente para alguns, e muito dinheiro para outros; são as provações morais que se espalham pelo mundo de hoje, com a sensualidade a ser propagada de maneira libertina por Satanás e os seus adeptos; são as más notícias, verdadeiras ou falsas, que chegam aos nossos ouvidos e que, sorrateiramente, procuram apagar a fé em Deus e destruir a nossa confiança n'Ele. As provações também podem estar dentro do lar, no trabalho, na escola.
Se desejarmos ser realmente vitoriosos, precisamos de fazer das Escrituras Sagradas a base da nossa fé. Jamais o que os outros dizem ou fazem deve ser a nossa âncora, mas sim o que "Está escrito". Mateus 4:7. Então, baseando-nos na Palavra, temos que adoptar os seus firmes e inabaláveis princípios para a vida. "A posse de firmes princípios religiosos é um inestimável tesouro. E a mais pura, mais elevada e nobre influência que os mortais possam possuir. Os que a possuem têm uma ancora." - Conselhos Sobre Saúde, pág. 288. "Lealdade para com Deus, fé no Invisível - foram a âncora de José. Nisto se encontrava o segredo do seu poder." - Educação, pág. 54.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A VARA DO BOM PASTOR

14 de Novembro

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam." Salmo 23:4

Em qualquer pesquisa que se faça, não há dúvida de que o texto preferido do Antigo Testamento, escolhido por muitos, é o Salmo 23, o salmo do Bom Pastor. Gostamos de meditar na atenção carinhosa que o Bom Pastor, Jesus, nos concede - cordeiros e ovelhas do Seu redil. É muito tranquilizador saber que Ele nos conduz aos pastos verdejantes, às aguas tranquilas e que não deixa que nada nos falte. Entretanto, nem sempre gostamos de nos demorar a pensar no significado das palavras: "O Teu bordão e o Teu cajado me consolam".
Todo o bom pastor de ovelhas tem sempre à mão uma vara ou um cajado. Esses são instrumentos muito úteis para o seu trabalho. O bordão é uma vara, que além de ser usada para defender o rebanho, afugentando os seus agressores, é também útil para advertir alguma ovelha que se esteja a desviar. Basta um leve toque, a ovelha é despertada, advertida e chamada para voltar ao convívio e à protecção do rebanho. Por outro lado, o cajado traz consigo um significado mais amplo e profundo. O cajado é também uma vara, só que tem a sua parte superior virada em forma de gancho. Por isso torna-se muito útil para o pastor segurar a ovelha que tenta fugir ou para a resgatar quando ela cai numa gruta ou precipício.
Desde que Jesus voltou aos Céus é o Espírito Santo que realiza a acção do Bom Pastor no Seu rebanho. E quando um cordeiro ou ovelha começa a desgarrar-se é o toque da vara do Espírito Santo que se faz sentir na consciência: "Meu filho, minha filha, volta para o redil. Ali é mais seguro. Se continuas a desviar-te, o inimigo vai roubar-te a vida."
Além disso, pode acontecer que uma ovelha caia em algum precipício do pecado. Então, torna-se necessária a acção do cajado para resgatar a ovelha. De início, as acções da vara e do cajado, feitas sob a orientação do Espírito de Deus, podem não ser agradáveis. Mas, no fim, trarão felicidade, alegria e... vida eterna.

domingo, 13 de novembro de 2011

ELEGÂNCIA E BELEZA

13 de Novembro

"A beleza dos jovens está na sua força, e o enfeite dos velhos são os seus cabelos brancos." Provérbios 20:29

Mesmo numa análise rápida e superficial, chegamos a conclusão de que o conceito de beleza e elegância muda muito com o decorrer dos anos. Em tempos passados, uma jovem considerada bela deveria ter o rosto e o corpo arredondados e ostentar aquilo que nos nossos dias é tão odiado, a que chamamos gordura. O belo quadro de Leonardo Da Vinci, a Monalisa, é prova disso.
Hoje, parece-nos que a obsessão de muitas mulheres jovens é ter um corpo magro, quase esquelético. É interessante que a isto alguns chamam beleza e elegância. Quão triste é vermos que tantas e tantas pessoas, no afã de conseguirem essa tão ansiada elegância, acabam por descobrir, às vezes tarde de mais, que perderam não apenas a própria elegância, mas também a saúde.
Creio sinceramente que mais importante do que andar a correr atrás das modas passageiras, é seguir o bom senso em todos os tempos.
E o que se avoluma em importância é o facto de nos lembrarmos de que o nosso corpo é considerado por Deus como sendo o "templo do Espírito Santo". Templo é um lugar sagrado, que deve ser respeitado e tratado com muito carinho.
Li algumas coisas sobre o alfaiate inglês John King Wilson, considerado o maior alfaiate do mundo. Falando sobre a elegância, ele disse: "A suprema expressão da elegância é a saúde." E quando a saúde física é acompanhada tanto pela saúde mental como pela espiritual, aflora na pessoa uma formosura que transcende a beleza de um simples rosto bonito ou de um corpo musculoso ou de curvas bem-feitas.
A beleza que emerge de um carácter bem formado pela comunhão íntima vivida com Deus, exterioriza-se em simpatia, bondade e amor. Esses são os ingredientes que emolduram a vida das pessoas mais belas e elegantes do mundo. Essa beleza resiste ao tempo aqui neste mundo e ainda vai projectar-se, com o aperfeiçoamento da glorificação, por toda a eternidade.

sábado, 12 de novembro de 2011

DESVENDA OS MEUS OLHOS

12 de Novembro

"Desvenda os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da Tua lei." Salmo 119:18

Ninguém gosta nem tem prazer em viver na escuridão. Por isso, todos estamos sempre dispostos a ajudar os deficientes visuais. Os desprovidos de visão não podem desfrutar de todas as alegrias que vêm da contemplação das belezas da Natureza criada por Deus.
Usando a comparação da visão, o salmista David fala sobre a felicidade e a alegria que sentem todos aqueles que podem ver, entender e praticar a lei de Deus. Ele diz: "Desvenda os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da Tua lei." Salmo 119:18.
Há os que, ao lerem a Bíblia Sagrada, se detêm nas palavras que foram escritas inicialmente em tábuas de pedra pelo próprio dedo de Deus. Olham, meditam e não conseguem ver na lei de Deus (Êxodo 20:3-17), alguma coisa que lhes pareça santa e maravilhosa. Pelo contrário, questionam-na, classificando-a como negativa e ultrapassada.
O meu velho e saudoso pai, na sua simplicidade, mas com muita experiência, costumava dizer que nós somos dominados pelo espírito de contradição. Eis aí uma grande verdade. Por natureza somos contra normas, princípios e leis. E Paulo, caracterizando a total fraqueza humana para a obediência afirmou: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não porém, o efectuá-lo". Romanos 7:18. Por isso, ele citou: "Não há justo, nem um sequer. .... Não há temor de Deus diante de Seus olhos." Romanos 3:10 e 18.
Entretanto, quando o milagre da graça de Cristo atinge o coração, a visão transforma-se. O complexo que tínhamos de olhar e obedecer à Lei de Deus esvai-se. A nossa alma é inundada por uma alegria e prazer indescritíveis. Uma nova disposição de amor e obediência transcende cada acto da nossa vida.
Então, como David, oramos com sinceridade: "Ó Deus Eterno, ensina-me a entender as Tuas leis, e eu as seguirei sempre. ... Guia-me pelo caminho dos Teus mandamentos, pois neles encontro felicidade." Salmo 119:33, 35 (BLH).

BLH = a Bíblia na Linguagem de Hoje

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SHALOM

11 de Novembro

"Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27

Muitas vezes temos ouvido a palavra hebraica Shalom, que é traduzida para o português, em vários lugares na Bíblia, como Paz. Lindas canções espirituais têm sido escritas e largamente difundidas por todo o mundo, tendo como inspiração essa bonita palavra, que soa de maneira tão musical aos nossos ouvidos - Shalom.
Na sua origem, Shalom tem um significado um pouco mais amplo do que simplesmente paz. É 'estar completo', 'estar são', 'estar bem em todos os sentidos', 'ser próspero e feliz'.
Assim, Shalom é o completo bem-estar. Na realidade, quando analisamos todo o seu significado, chegamos à conclusão de que Shalom é paz num sentido muito profundo e amplo.
Tanto Jesus como os Seus discípulos falavam o aramaico, língua da mesma família do hebraico. Assim, a paz que aparece no Novo Testamento é muito mais do que ausência de guerras e conflitos entre pessoas; tem também um profundo sentido espiritual e religioso, dependendo totalmente do relacionamento entre as pessoas e da comunhão com Deus. Pode procurar a verdadeira paz em tudo o que imaginar: nos amigos, nas recreações, nas viagens, nas leituras, nas novelas, e nunca a encontrará. A paz não é encontrada em coisas comuns. Só a encontramos numa pessoa: Jesus!
Pouco tempo antes da Sua crucifixão, Cristo tinha garantido aos Seus discípulos um legado de paz. "Deixo-vos a paz", disse Ele, "a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27. Esta paz não é a paz que se obtém mediante a conformação com o mundo. Cristo jamais comprou a paz condescendendo com o mal. A paz que Cristo deixou aos Seus discípulos é mais interna do que externa, e devia permanecer sempre com as Suas testemunhas nas lutas e contendas." - Actos dos Apóstolos, pág. 84.
"Pois quem quer amar a vida e ter dias felizes ... aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la." I Ped. 3:10, 11.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ORAR É FALAR E ESCUTAR

10 de Novembro

"E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava Ele, só." Mateus 14:23

Há várias maneiras de orar e vários tipos de oração, como a pública e a individual, da qual Jesus nos legou o Seu exemplo.
A primeira, a pública, é generalizada. Deve ser relativamente curta e objectiva. Já a oração individual, que é realizada em particular, pode ser despreocupada com o tempo, pois é o extravasar da alma ou o abrir do coração diante de Deus.
Há também a oração em forma de cântico e de poema. O maior exemplo desse tipo de oração é o livro dos Salmos, escrito na sua maior parte por David. Ali encontramos dentre os 150 salmos, 100 que expressam preocupações, angústias e ansiedades dos seus autores, enquanto que os outros 50 são de louvor e gratidão a Deus.
Orar é um acto de profunda amizade, amor mesmo, para com Deus.
No relacionamento matrimonial, quanto mais marido e mulher se amam, mais diálogo e intimidade têm entre si. Com o nosso relacionamento com Deus dá-se o mesmo.
Quanto mais O amamos, mais tempo passamos com Ele em agradáveis momentos de oração e comunhão. É por isso que costumo dizer que muitas vezes aborrecemos Deus com as nossas orações, quando apenas repetimos as mesmas coisas, numa ladainha cansativa, como se Ele fosse surdo. Não fazemos isso com os amigos! Orar não é apenas falar com Deus, é ter comunhão com Ele. É falar e ouvir.
Talvez seja nesse ponto que mais tenhamos a aprender. Ter disposição de falar para pedir é fácil, mas ter disposição para ouvir o que Deus tem para nos dizer é mais difícil. Na meditação anterior mencionámos o pensamento de Ellen White, em que ela diz que "a oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo". Mas, em continuação, ela diz: "A oração não faz Deus baixar até nós, mas eleva-nos até Ele."
Ainda hoje, quando orar, experimente deixar um tempo para Deus falar ao seu coração. Diga-Lhe mais ou menos assim: "Querido Deus, já Te disse tudo. Agora quero que também digas tudo o que quiseres, ao meu coração".

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

SINTONIA COM DEUS

11 de Novembro

"Tu, porém, quando quiseres fazer oração, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai que está presente sem ser visto. E o teu Pai, que vê o que se passa em segredo, há-de recompensar-te." Mateus 6:6

Como é agradável e como faz bem a qualquer pessoa encontrar-se com um bom amigo. Se as coisas da vida vão indo bem, é uma oportunidade de partilhar vitórias e as coisas boas que nos têm acontecido. Mas se temos passado por dissabores, ou se a nossa saúde ou de alguém que nos é querido não vai indo como gostaríamos, é a oportunidade de abrir o coração, extravasar a alma.
O amigo, o verdadeiro amigo, alegra-se sempre quando estamos alegres. E também não apenas se identifica connosco quando estamos tristes e preocupados, mas faz tudo para nos ajudar naquilo que está ao seu alcance.
A oração é exactamente igual ao encontro com um bom amigo. "A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo." E. W. Orar é entrar em sintonia com Deus.
Entretanto, vamos ser sinceros. Para nós, que vivemos num mundo tão materializado, não é fácil orar. Quando ligamos a televisão queremos ver a imagem e ouvir o som; quando fazemos uma ligação telefónica, queremos ouvir alguém do outro lado da linha. E quando fechamos os olhos e falamos em oração, com quem falamos? Quem fala connosco?
É nesse ponto que entra a fé. Na oração é preciso crer que há um Deus omnipotente e omnisciente que nos ouve atentamente e que está sempre pronto a identificar-Se com as nossas alegrias e partilhar das nossas preocupações e ansiedades. Por isso, além das orações a que poderíamos chamar formais - às refeições, na igreja e mesmo nos nossos cultos domésticos - precisamos de ter os nossos momentos de íntimo contacto com Deus. É nesses momentos que não só falamos, mas também devemos estar com o coração aberto para ouvir.
Foi por isso que Jesus recomendou: "Tu, porém, quando quiseres fazer oração, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai que está presente sem ser visto. E o teu Pai, que vê o que se passa em segredo, há-de recompensar-te." Mateus 6:6 (TIC).

TIC = Tradução Inter-Confessional

terça-feira, 8 de novembro de 2011

SANSÃO

8 de Novembro

"Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Deus, peço-Te que Te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos." Juízes 16:28

Embora nascido numa família comum do povo de Israel, Sansão tinha sido escolhido por Deus para ser uma espécie de juiz do Seu povo. Era um nazireu, ou seja, uma pessoa dedicada a Deus desde o seu nascimento. Por isso, a sua educação e alimentação foram muito especiais. Foi dotado de força física prodigiosa, o que lhe tem valido a fama de ter sido um dos homens mais fortes que o mundo já conheceu.
Entretanto, esse homem forte no físico, não se revelou tão forte no carácter e na sua vida moral e espiritual durante uma boa parte do tempo. Desviou-se do caminho do bem e seguiu exactamente em direcção oposta àquilo que Deus esperava dele.
Deus tinha-lhe dado força e prosperidade. Mas Sansão, em vez de reconhecer humildemente que tinha recebido aquela bênção dos Céus, encheu-se de orgulho e vaidade, e pensou que pelas suas próprias forças e inteligência resolveria todos os seus problemas e os do seu povo.
Por causa da sua infidelidade progressiva deixou-se dominar por vis paixões, permitindo que estas suplantassem a sua lealdade a Deus. Resultado: acabou por perder a graça divina. Perdeu a força; perdeu a liberdade; tornou-se escravo dos seus inimigos; perdeu a vista quando os seus olhos foram vazados e, por fim, perdeu toda a sua dignidade.
Mas foi na humilhação e na escuridão da sua cegueira que Sansão pôde ver que há um Deus que não nos abandona, mesmo quando nos afastamos d'Ele. Arrependido, humilhado e sem nenhuma outra esperança humana, voltou-se para Deus e Deus aceitou-o carinhosamente.
Quão lindo é lermos Hebreus 11:32. Sansão é mencionado entre os heróis da fé, juntamente com Gideão, Baraque, David, etc ... A sua experiência mostra-nos que não existe precipício moral tão profundo, nem lugar tão distante ou escuro, em que a mão amorosa de Deus não possa alcançar um pecador arrependido.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O QUE É A VERDADE

7 de Novembro

"Respondeu Jesus: ... Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz. Perguntou-Lhe Pilatos: Que é a verdade?" João 18:37, 38

De acordo com os dicionários, verdade é tudo aquilo que está em conformidade com o que é real. São as coisas exactas, certas, consistentes e fiéis. Aliás, também encontrei esta definição com palavras semelhantes, tanto nos dicionários da Bíblia de Estudo Almeida, publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil, como na Bíblia Sagrada da Editora Barsa, publicada com a autorização oficial da Igreja Católica.
Entretanto, embora esta definição esteja correcta, a Bíblia Sagrada vai muito mais além quando transforma o significado abstracto da palavra verdade num significado bem real e concreto. No livro dos Salmos muitas vezes Deus é apresentado como sendo a Verdade. E Jesus, o Filho de Deus, apresenta-Se como a personificação da Verdade quando diz: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim." João 14:6.
Para a Bíblia Sagrada, para Deus e para o Seu Filho Jesus, verdade é muito mais do que uma filosofia. Verdade é uma pessoa, e essa pessoa é Jesus, o Eu Sou, o Deus que Se tornou homem e habitou entre nós.
Comentando esse mistério da encarnação da Verdade, Ellen White escreveu assim: "Pela Sua humanidade, Cristo estava em contacto com a humanidade; pela Sua divindade, firma-Se no trono de Deus. Como Filho do homem, deu-nos um exemplo de obediência; como Filho de Deus, dá-nos poder para obedecer. Foi Cristo que, do monte Horebe, falou a Moisés, dizendo: 'EU SOU O QUE SOU. ... Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.' Êxodo 3:14.
"Foi esse o penhor da libertação de Israel. Assim, quando Ele veio 'semelhante aos homens', declarou ser o EU SOU. O Infante de Belém, o manso e humilde Salvador, é Deus manifestado 'em carne'. I Timóteo 3:16. A nós diz-nos: 'EU SOU o Bom Pastor.' João 10:11. 'EU SOU o Pão Vivo.' João 6:51. 'EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida.'" - 0 Desejado de Todas as Nações, pág. 24.
A verdade não é encontrada em doutrinas, e muito menos em filosofias. A verdade pura e cristalina é uma Pessoa: Jesus. Assim, para conhecermos bem a verdade precisamos de conhecer bem Jesus. E para conhecer bem Jesus é necessário conhecer bem a Palavra de Deus, pois Jesus disse: "São elas mesmas que testificam de Mim." João 5:39.

domingo, 6 de novembro de 2011

A POMBA DA PAZ

6 de Novembro

"Baptizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se Lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele." Mateus 3:16

Hoje vamos falar um pouco sobre essa ave simpática, considerada como símbolo de duas coisas muito importantes. Refiro-me à pomba que, pela sua docilidade e maneira de ser, representa a paz e a actuação do Espírito Santo em favor dos homens.
Há algumas características curiosas das pombas que as tornam um interessante símbolo do Espírito Santo. Os pombos-correios, por exemplo, são conhecidos pelo extraordinário sentido de orientação e por conseguirem levar mensagens importantes a lugares distantes. Assim também o Espírito Santo é o mensageiro de Deus, que fala mansamente ao nosso coração, trazendo-nos preciosas mensagens de salvação, que vêm do Céu até nós.
Outra característica da vida social das pombas é que elas se mantêm fiéis e unidas ao seu parceiro ao longo de toda a vida. Que lição preciosa para os humanos. Vivemos dias difíceis, em que a união conjugal é tratada, por vezes, com tanta leviandade! Como resultado, as uniões conjugais vão-se tornando efémeras e fugazes, num número cada vez mais acentuado.
Aquilo que há bem pouco tempo era o namoro - um período para se conhecer o carácter, o comportamento e a vida de outra pessoa - hoje passou a ser a libertação para toda e qualquer intimidade. Antes, quando o namoro não dava certo, 'desmanchava-se o namoro', como se dizia. Como resultado, ficavam apenas algumas sequelas emocionais, que o tempo rapidamente ajudava a sarar. Hoje, quando há uma separação, como consequência vêm inúmeros dissabores. Às vezes os filhos inocentes acabam por sofrer ainda mais. Têm que crescer sem um lar estável que os acolha e eduque para a vida.
Entretanto, nos lares em que o Espírito Santo é constantemente um hóspede desejado e procurado por ambos os cônjuges, há compreensão, bondade e ternura. Ali o amor de Deus está presente, pois o doce arrulhar da voz do Espírito Santo promove o espírito de perdão, de reconciliação e de amor. Convide cada dia o Espírito Santo para se manifestar na sua vida e no seu lar. Ouça sempre a Sua voz suave, preste atenção aos Seus apelos para a paz e o entendimento, e então você e o seu lar serão felizes.

sábado, 5 de novembro de 2011

NO SÁBADO NÃO CAÍA PÃO DO CÉU

5 de Novembro

"Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que Eu ponha à prova se anda na Minha lei ou não." Êxodo 16:4

Ontem abordámos um pouco o assunto dos milagres. Hoje resolvi trazer algumas considerações sobre o milagre do maná e as preciosas lições que poderemos auferir dessa experiência vivida pelo povo de Israel. Com mão forte e poderosa, operando maravilhas, Deus tinha tirado o Seu povo do cativeiro egípcio, e agora guiava-os em segurança rumo à terra prometida.
A Bíblia diz-nos que aquele povo era composto por 600 mil homens, mais as mulheres e as crianças; isto sem contar o gado que os acompanhava. Já imaginou onde arranjariam comida para todo esse povo?
Mas quando Deus nos dirige por um caminho, não temos com que nos preocupar. Ele cuida de cada um de nós como se fôssemos a única pessoa do Universo. Foi assim com o Seu povo. E enquanto precisaram, todas as manhãs os campos amanheceram cobertos do pão que caía do céu, o maná.
A outra lição que Deus levou ao Seu povo foi a da obediência. Durante o cativeiro, muitos dos Seus filhos tinham-se esquecido de reconhecer Deus como Soberano Criador de todo o Universo. Aos poucos eles foram deixando de lado a prática de descansar no dia de Sábado, conforme Deus ordenara no princípio e o confirmara na Sua lei moral. Deus então notificou o Seu povo de que na Sexta-feira todos deveriam colher o maná em dobro, pois no Sábado não haveria maná no campo.
O relato bíblico diz que uns poucos, que não atenderam à orientação divina, ficaram surpreendidos, pois no Sábado não encontraram nada no campo. Que lição para a nossa vida! Há ocasiões em que pensamos que podemos agir como queremos ou como achamos ser mais conveniente. No entanto, Deus espera unicamente que sejamos obedientes àquilo que Ele nos pede, "e o mais Ele fará". Salmo 37:5.
O maná representava a manutenção da vida para o povo de Deus. Assim, também nós precisamos todos os dias de ter Jesus, o Pão da vida, como o nosso alimento espiritual e as bençãos nos virão de obedecermos à Sua Palavra.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DEUS FAZ MARAVIHAS

4 de Novembro

"Então, disse: Eis que faço uma aliança: diante de todo o teu povo farei maravilhas que nunca se fizeram em toda a terra, nem entre nação alguma, de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor; porque coisa terrível é o que faço contigo." Êxodo 34:10

Na Bíblia, muitas vezes a palavra 'maravilha' poderia ser substituída por 'milagre'. Milagre é um acontecimento extraordinário, perceptível pelos sentidos, mas não explicável. O milagre é a manifestação do poder infinito de Deus. Ele é o Autor tanto da lei moral dos Dez Mandamentos, que é imutável, como das leis físicas. Por vezes, Ele usa recursos que vão além daquilo que conhecemos e entendemos e, por ser o Autor dessas leis naturais, não Se restringe a agir apenas segundo aquilo que vemos e sabemos.
São exemplos de milagres: a travessia do povo de Deus pelo Mar Vermelho e o maná, o pão que caía todos os dias do céu - com excepção dos Sábados - durante a caminhada do povo de Deus pelo deserto. Milagres também foram feitos por Deus para confirmar alguns dos mensageiros como Seus representantes. E o exemplo clássico, são as pragas enviadas por Deus ao Egipto através de Moisés.
Nós, seres humanos, sempre fomos curiosos por ver e acompanhar estas coisas extraordinárias. E, de maneira muito especial, a nossa atenção volta-se para os milagres de curas inexplicáveis, ou de livramentos espectaculares.
A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, tem um espaço considerável dedicado aos milagres. Porém, em todos os relatos percebe-se que sempre que Deus operou algum milagre, tinha objectivos especiais a atingir.
Certa ocasião, um senhor viúvo perguntou-me se eu cria que Deus podia operar o milagre de ressuscitar uma pessoa morta. Eu sabia que várias vezes aquele senhor tinha ido junto à sepultura da esposa para pedir que Deus a ressuscitasse. Mas sabia também que tanto ele como a sua falecida esposa tinham sido negligentes quanto aos cuidados médicos e de saúde durante a complicada gravidez dela. Por isso respondi-lhe:
"Creio que Deus pode ressuscitar alguém, mas não unicamente para satisfazer o desejo de uma pessoa. Ele só o fará se tiver em vista algum propósito mais elevado."

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A PURIFICAÇÃO DO CORPO E DA ALMA

3 de Novembro

"De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua palavra." Salmo 119:9

Ao lermos o Antigo Testamento, e especialmente o livro de Levítico, encontramos muitas recomendações, ou leis, que Deus inspirou Moisés a estabelecer para o Seu povo. Aquelas leis tinham como objectivo promover a saúde e o bem-estar das pessoas, e não eram leis religiosas, como é o caso dos Dez Mandamentos dados por Deus no monte Sinai.
Deus desejava naquele tempo, como nos nossos dias também, que os Seus filhos gozassem da melhor saúde possível e que tivessem uma boa qualidade de vida.
Através daquelas antigas orientações Deus desejava que evitassem ter epidemias e que se alimentassem com alimentos de boa qualidade. Deus queria que o Seu povo soubesse valorizar o facto de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em nós, como diz o apóstolo Paulo.
Por isso, na antiga dispensação, a impureza de uma pessoa incapacitava-o a tomar parte activa no cerimonial do templo e, por conseguinte, a entrar em comunhão com Deus. Sabemos que os antigos judeus levaram isso tão a sério que passaram a colocar a questão da contaminação física, que em geral é visível, como coisa mais importante do que a contaminação moral.
Muitos profetas condenaram esse procedimento. Jesus, que sempre respeitou os preceitos relativos à pureza ritual, deu valor especial à pureza moral. Lembra-se daquela linda bem-aventurança? "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus." Mat. 5:8.
Precisamos de entender esta questão com equilíbrio e sabedoria. Deus ainda deseja que tenhamos a melhor saúde que nos for possível. O nosso corpo continua a ser o templo do Espírito Santo. Os alimentos que em tempos passados faziam mal aos judeus continuam a não fazer bem a qualquer ser humano.
Por outro lado, não é o facto de nos abstermos de qualquer alimento que dará qualquer crédito diante de Deus para a nossa salvação. Não! Deus deseja que tenhamos um coração purificado pela presença de Cristo. E é a presença santificadora da graça de Cristo que nos dá entendimento e a força de vontade para mantermos o corpo como um templo condigno para ser a morada do Espírito Santo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NÓS SEREMOS TRANSFORMADOS

2 de Novembro

"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." I Coríntios 15:52

Este sonido de trombeta, a que Paulo aqui faz referência, é a voz Deus ecoando por toda a superfície da Terra na segunda vinda de Cristo. Nessa ocasião, ocorrerão dois dos acontecimentos mais esperados pela humanidade: a ressurreição dos santos mortos e a transformação dos santos vivos. Imagine a alegria que inundará o coração dos salvos, poderem abraçar os queridos ressuscitados, que morreram crendo em Jesus. Não mais terão o rosto macilento e triste, marcado pela doença e pela morte. Terão na face a alegria e a felicidade de uma nova vida ressurgida para a eternidade.
Paulo descreve com palavras simples o outro grande acontecimento por ocasião da volta de Jesus: "e nós seremos transformados". Aqui está a fazer referência aos fiéis seguidores de Jesus que estiverem vivos naquela ocasião e que terão o corpo transformado em corpo glorioso.
Não existe, hoje, uma única pessoa ao redor do mundo que se possa vangloriar e dizer: "Sou perfeito, não tenho nenhum problema físico". Pelo contrário, desde a concepção, cada ser humano já traz os estigmas do pecado na bagagem hereditária. Alguns têm problemas de alergia, outros deficiências cardíacas, dificuldades visuais, etc... E, à medida que os anos se sucedem, avolumam-se as debilidades físicas e as degenerações. Muitos há que, quando jovens, esbanjam saúde. Pensam que a beleza, a disposição e a vitalidade vão perdurar para sempre. Triste engano! Com o passar dos anos, vão surgindo os sinais das fraquezas humanas. Esse é o inexorável caminho do ser humano que vive sob o regime do pecado.
Entretanto, não fomos criados por Deus para vivermos assim. Esta situação terá um final feliz para aqueles que aceitarem o plano da redenção divina. Na cruz, Cristo selou o pacto da nossa redenção, com a Sua morte. Na Sua segunda vinda, completará a redenção dos salvos com a ressurreição dos justos mortos, e a transformação dos santos vivos. Isto acontecerá "num momento, num abrir e fechar de olhos". Então, "não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor".

terça-feira, 1 de novembro de 2011

TRADIÇÃO

1 de Novembro

"Ele, porém, lhes respondeu: Porque transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?" Mateus 15:3

Ao ministrar os Seus ensinamentos aos discípulos, várias vezes Jesus fez alusão à tradição dos judeus. E o que é que se entendia por tradição? Eram os ensinamentos e interpretações das Escrituras Sagradas, feitos pelos mestres aos seus discípulos e ao povo em geral. Hoje, quando falamos em tradição, pensamos logo em crenças e procedimentos que foram aceites e praticados pelos bisavós, avós e pais, e que posteriormente são aceites pelos filhos, sem nada questionar.
Seria um boa sugestão aceitar crenças e praticá-las cegamente só porque as recebemos por herança e tradição dos nossos antepassados?
Quando jovem, lembro-me de uma brincadeira que fazíamos. O coordenador escrevia uma frase num pedaço de papel e lia em segredo ao ouvido do primeiro participante da brincadeira. Este, por sua vez, deveria repetir a frase ao ouvido do segundo participante. E assim, seguia-se até ao último. Este, em voz alta, dizia a frase que tinha entendido para que todos ouvissem. Divertíamo-nos muito porque a frase inicial estava totalmente deturpada!
Há um velho ditado que diz: 'Quem conta um conto acrescenta um ponto'. Mas tratando-se de fé e prática, a questão não é como uma inocente brincadeira recreativa. É uma questão séria que implica o relacionamento que esperamos ter com Deus e também as perspectivas de vida eterna que acalentamos no coração, pois ninguém gosta de pensar que a morte é o fim de todas as coisas.
É claro que a fé dos nossos pais nos inspira. Entretanto, a vida religiosa tem que ser vivida no foro íntimo da nossa consciência. E, para ser válida, deve ser guiada pelo Espírito de Deus e não apenas pela nossa vontade ou tradição. A tradição nunca foi prova de certeza de fé e da verdade.
Assim como as grandes fortunas acumuladas por uma geração podem ser dissipadas pelos filhos e netos, cuidemos para que os nossos descendentes não dissipem as jóias preciosas da verdade, que passaram a ser património da nossa alma. Que eles, mediante pesquisa individual, também sejam enriquecidos pela Palavra de Deus.